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Estado de Minas TALENTOS DE BH

Mostra 'JUNTA' reúne 300 obras de 36 artistas na Casa Viva Lagoinha

Exposição destaca a diversidade da produção mineira e se propõe a formar público para as artes visuais, com preços a partir de R$ 50


30/04/2022 07:35 - atualizado 30/04/2022 07:39

Trabalho dos artistas plásticos Comum e Kid Azucrina mostra nota de dinheiro vermelha, com indígena empunhando facão e os dizeres Genocídio real
"Nota sobre o genocídio", trabalho de Comum e Kid Azucrina (foto: Comum/Divulgação)

A mostra independente de arte contemporânea “JUNTA” volta a ser realizada neste sábado (30/4) e domingo (1º/5), após a suspensão de dois anos por conta da pandemia. O evento reúne cerca de 300 obras de 36 artistas visuais na Casa Viva Lagoinha, que abordam as mazelas brasileiras. O objetivo é estimular a circulação de trabalhos produzidos em Minas, além de formar novos consumidores e colecionadores. Eles estarão à venda com preços a partir de R$ 50.

“O JUNTA tem o propósito de manter o motor da produção artística ligado. A gente percebe que muitos artistas não têm oportunidade de mostrar seu trabalho e acabam não dando sequência à carreira por falta de incentivo. A mostra vem suprir essa demanda, fazendo com que as obras circulem e a cena possa evoluir”, explica o artista Thiago Alvim, que assina a curadoria e a organização do evento com a professora, artista visual e produtora Flaviana Lasan e o artista visual Comum.

PLURALIDADE

O trio mapeou a produção artística de BH dos últimos dois anos para chegar aos nomes que compõem a oitava edição do evento. A curadoria pretende provocar o pensamento crítico do sistema de arte a partir da reunião de trabalhos de diferentes técnicas, vindos de autores de várias gerações e interseções sociais.

Thiago destaca a diversidade da oitava edição da mostra. “Temos artistas mais antigos até mais novos, que não tiveram a oportunidade de expor seu trabalho ainda. Entre eles estão mulheres, homens, trans e pessoas de todas as cores. Um de nossos objetivos é diversificar e não repetir artistas de edições anteriores, ainda que às vezes isso seja difícil de cumprir.”

Outro fator que confirma essa pluralidade é a reunião de diferentes linguagens. “Temos fotografia, pintura, gravura, risogravura e por aí vai. É uma diversidade gigantesca que representa bem a nossa intenção de não ser mostra de uma linguagem só. Queremos mostrar a força criativa do cenário mineiro, algo muito simbólico para nós”, explica Thiago Alvim.

Pintura de Max Motta mostra rapaz negro de olhar triste, com a camisa aberta e segurando trouxa azul na cabeça
Pintura de Max Motta (foto: Max Motta/Divulgação )
Uma característica que une os 36 artistas é o propósito político dos trabalhos. Segundo o curador, as obras reverberam questões problemáticas da realidade brasileira em esferas como a política e a economia.

“Os trabalhos são subjetivos, mas tocam nesse lugar porque são críticos às questões que estamos vivendo no Brasil. Não adianta negar. A gente sabe que estamos vivendo um período tenebroso da história, e a arte reverbera porque essa é uma de suas funções”, comenta.

LAGOINHA REVITALIZADA

A mostra ficará em cartaz neste e no próximo fim de semana, nos sete cômodos da Casa Viva Lagoinha, espaço idealizado por Felipe Thales com o objetivo de catalisar iniciativas de valorização e requalificação da região da Lagoinha. Haverá música-ambiente e bar.

Thiago Alvim reforça que esta edição representa o renascimento do JUNTA. Desde dezembro de 2021, diante do avanço da vacinação, os três curadores tentam realizá-la. Aos poucos, perceberam que precisariam de mais tempo para colocar o evento em pé. Agora comemoram a retomada.

“É como se a gente estivesse renascendo. Apesar de termos a experiência das sete edições passadas, é como começar do zero. É muito animador e revigorante ver que muitos artistas continuaram firmes na pandemia, acreditando que ainda dá produzir arte, apesar de tudo o que aconteceu e ainda acontece em nosso país em relação à cultura”, afirma o curador.

OS ARTISTAS 

Participam da mostra Andrea Azzi, Antônio Cigania, Barbara Daros, Binho Barreto, Brígida Campbell, Carol Botura, Cesarão Trome, Comum, Daniella Domingues, Dri Sant’ana, Erre Erre, Fernanda Gontijo, Fhero, Francisco Nuk, Gabriel Nast, Horacius de Jesus, Iaci, João Gabriel, Julianismo, Karina Mageste, Laura Berbert, Lume Ero, Marcel Diogo, Max Motta, Mônica Maria, Natalia Costa (Tear), Preto Matheus, Rodrigo Borges, Saulo Pico, Skap, Thiago Alvim, tttuto, Vittorio Avery, Will, Yanaki Herrera e Zé D’iNilson.

“JUNTA”

Neste sábado (30/4), domingo (1º/5), 7/5 e 8/5, às 20h. Casa Viva Lagoinha, Rua Comendador Nohme Salomão, 118, Lagoinha. Entrada franca. Informações: @junta.art (Instagram) e facebook.com/artejunta

10ª FEIRA DO MEMORIAL

Neste sábado (30/4) e domingo (1º/5), o Memorial Minas Gerais Vale recebe a 10ª Feira do Memorial, que reunirá cerca de 30 empreendedores, artistas e artesãos de BH e de outras cidades mineiras. Devido ao Dia das Mães, em 8 de maio, o evento conta com o grupo Mulheres Fortes, formado por mães, avós ou irmãs de pessoas atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte (Apae-BH). Hoje, o espaço funciona das 10h às 17h30); amanhã, das 10h às 15h30.
 
O Memorial fica na Praça da Liberdade, 640, Funcionários.
Entrada franca.
Informações: memorialvale.com.br


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