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Estado de Minas MÚSICA

Laboratório de Regência termina com concerto gratuito na Sala Minas Gerais

Os quatro participantes da edição 2022 do projeto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais regem nesta quarta (13/4) obra 'desafiante' de Dvorák


12/04/2022 04:00 - atualizado 11/04/2022 20:11

de camisa preta, André Bachur segura baqueta e rege orquestra no palco
O paulista André Bachur foi um dos selecionados para o programa de treinamento, que dura três dias na capital mineira (foto: Heloisa Bortz/Divulgação)

Os quatro jovens maestros que participam do 13º Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresentam, nesta quarta-feira (13/4), o concerto de encerramento desta edição do projeto, na Sala Minas Gerais, às 20h30, com entrada franca, mediante retirada de ingressos via internet.

André Bachur e Fernando Mathias, ambos de São Paulo; Daniel Lima, de Belém; e Marcelo Falcão, do Rio de Janeiro, foram selecionados para participar desta edição, que tem aulas técnicas ministradas pelo maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Orquestra.

Na última segunda-feira (11/4), eles desembarcaram em Belo Horizonte para aprender, na prática, os desafios de reger uma orquestra profissional. Para tanto, os quatro participam de aulas teóricas e práticas, além de receber orientações de oito ouvintes de várias partes do Brasil.

"Praticamente, não existe experiência semelhante aqui no Brasil. Trata-se de um projeto em que regentes com uma experiência ainda pequena têm a oportunidade de aprender diante de uma orquestra profissional do nível da Filarmônica. Apenas esse motivo seria suficiente para justificar o enorme interesse que recebemos desses jovens que buscam alternativas para suas ambições de formação", afirma Mechetti.

APRENDER COM OS ERROS 

Segundo ele, o grande diferencial do projeto é dar a chance para que os regentes estejam à frente de uma orquestra profissional. "No Brasil, quem estuda para ser regente tem muito pouca oportunidade de trabalhar na prática com uma orquestra profissional. Isso é o que distingue o laboratório. É uma atividade dinâmica, na qual eles aprendem com os erros a ir melhorando", comenta o maestro.

Ao longo de três dias, eles aprendem os princípios fundamentais da regência, recebem conselhos preciosos de profissionais que já estão no universo da música sinfônica há mais tempo e desfrutam da oportunidade de trabalhar com os músicos de uma orquestra experiente e longeva.

"Embora concentrado em poucos dias de trabalho, o laboratório de regência confere aos seus participantes uma experiência única, intensa, prática, eficiente, que faz com que dezenas de jovens regentes nos procurem ano após ano", comenta Mechetti.

Nesta edição, o projeto recebeu inscrição de 40 regentes de 26 cidades brasileiras e também da Alemanha e dos Estados Unidos. A seleção levou em conta os vídeos enviados pelos interessados, em que apresentam o que sabem, além do currículo e cartas de recomendação.

PROPÓSITO 

"Acho que o grupo selecionado representa muito bem o propósito do laboratório. São artistas talentosos, mas que ainda demonstram um certo nível de inexperiência ao tratar com os músicos da orquestra, o que é bastante natural, já que isso só se desenvolve com a prática", diz o maestro.

O paulista André Bachur é graduado em regência pela Escola de Comunicação e Artes da USP, onde cursa o mestrado e desempenha a função de regente adjunto da Orquestra de Câmara. Seu conterrâneo Fernando Mathias é regente da Orquestra Contemporânea Innovare.

Já o paraense Daniel Lima é mestre em regência orquestral pela Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos. E o fluminense Marcelo Falcão é mestre em regência orquestral pelo Royal Welsh College of Music and Drama, do País de Gales, no Reino Unido.

Nesta quarta (13/4), será apresentada a “Sinfonia nº 7 em ré menor, op. 70”, do compositor tcheco Antonín Dvorák (1841-1904). Cada regente ficará responsável por um dos quatro movimentos da composição, escolhida por ser "complexa e bonita", conforme explica Fabio Mechetti.

"Existe uma série de sinfonias menos complexas, que são mais regulares. Essas não exigem muito do regente. Então, nosso objetivo foi escolher uma sinfonia que fosse desafiante para eles. Além disso, como se trata de uma composição do período Romântico, ela transmite um envolvimento emocional maior", ele afirma. 

CONCERTO DE ENCERRAMENTO DO 13º LABORATÓRIO DE REGÊNCIA DA ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Nesta quarta-feira (13/4), às 20h30, na Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto). Entrada franca, com distribuição de ingressos pelo via site da orquestra. O concerto também será transmitido ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube. Mais informações: (31) 3219-9000.


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