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Estado de Minas ARTES VISUAIS

Iole de Freitas faz o aço flutuar na exposição 'O voo de Pégaso'

Centro Cultural Unimed-BH exibe 25 peças da artista plástica, que propõe experiências sensoriais a partir do diálogo entre peso, leveza e o vazio


04/04/2022 04:00 - atualizado 03/04/2022 23:10

Escultura Arruaça, de Iole de Freitas, obtém impressionante leveza com placas de aço curvas presas à parede com barras semelhantes a parafuso
'Arruaça' lembra movimentos de dança (foto: Orlando Bento/divulgação)
 
A dicotomia entre peso e leveza chama a atenção em “O voo de Pégaso”, mostra que reúne 25 peças de Iole de Freitas na galeria do Centro Cultural Unimed-BH, na capital mineira.

Há 19 anos sem expor na cidade, a belo-horizontina apresenta esculturas em metal e policarbonato que destacam a oposição entre peças de aço, intransponíveis para a luz, e obras translúcidas como membranas.

MITOLOGIA

O conceito vem do mito de Pégaso, cavalo que alça voo com destreza e delicadeza. Iole conta que enfrentou a pandemia por meio da criação dessas peças, produzidas em um galpão e no ateliê em seu apartamento, no Rio de Janeiro.
 
“Se não tivesse feito isso, não teria a oportunidade de amadurecer os projetos para essa exposição”, comenta.
 
Escultura 'Alalaô', de Iole de Freitas, tem forma circular e é vazada, como se fosse moldura redonda feita de aço
'Alalaô' estreou no calçadão do Arpoador, servindo como 'moldura' para a praia e o mar (foto: Orlando Bento/divulgação)
 
 
Um dos destaques é “Iglu barroco”, no final da galeria, que sugere um abraço de despedida no observador. “Você chega, ele está de costas para você. Ele abraça o espaço, mas se você girar, ele abraça você também”, explica Iole.
 
Já “Arruaça” traz corpos escultóricos atrelados à parede por barras semelhantes a parafusos de aço, com torções que sugerem movimentações corporais. O conjunto lembra coreografias de dança, arte que influenciou os trabalhos de Iole de Freitas.
 
“Alalaô” foi batizada com o nome do quiosque no Arpoador, no Rio de Janeiro, onde foi exibida pela primeira vez.
 
“Ele ficava na beira da calçada. Através dessa forma circular totalmente vazada, você via a areia, você via o mar, você via as Ilhas Cagarras ao fundo. Você via o céu. Parecia um Pancetti natural”, comenta Iole, referindo-se ao pintor modernista cujas paisagens se tornaram famosas.
 
A artista conta que as pessoas interagiam com a obra ao passar pelo calçadão carioca, revelando que “Alalaô” recebeu resposta do público.
 
Escultura de Iole de Freitas é arrendodada como um iglu
'Iglu barroco': redondo como o abraço (foto: Orlando Bento/divulgação)
 
 
Em cartaz até 26 de junho em BH, “O voo de Pégaso” tem o propósito de oferecer experiência sensorial diferente ao público.
 
“Deixei bastante espaço vazio para que as obras de grande porte possam interagir com esse espaço, fundindo parede, chão, teto, obra e público”, diz a artista.

 

“O VOO DE PÉGASO”

Esculturas de Iole de Freitas. Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH, no Minas Tênis Clube. Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. De terça a sexta-feira, das 10h às 20h; sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h. Entrada franca. Capacidade: 50 pessoas. Até 26 de junho.
 
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
 


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