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Estado de Minas MÚSICA

Confluência de talentos: o registro da união de mineiros e pernambucanos

Documentário mostra como seis artistas de Minas e do Recife conseguiram trabalhar juntos, apesar do confinamento imposto pela pandemia


30/03/2022 04:00 - atualizado 30/03/2022 08:27

Almério, Flaria Ferro e Juliano Holanda
Almério, Flaria Ferro e Juliano Holanda gravam no Recife (foto: Fotos: Flávia Mafra/divulgação)

Com o objetivo de reunir músicos mineiros e pernambucanos, o documentário “Confluências sonoras” será lançado nesta quarta-feira (30/3), às 19h, no YouTube. Dirigido por Rodrigo Piteco, o filme apresenta Julia Branco, Juliana Floriano e Sérgio Pererê, de Minas Gerais, e Juliano Holanda, Flaira Ferro e Almério, de Pernambuco.

O projeto estreita distâncias artísticas entre os dois estados, explica Juliana Floriano. Ao longo de cinco meses, os seis músicos realizaram imersão artística. Em 2020 e no primeiro semestre de 2021, os encontros se deram de forma virtual. Em meio à pandemia, o sexteto trocou experiências e compartilhou a criação de canções.

O mineiro Sérgio Pererê
O mineiro Sérgio Pererê fez o seu registro em Belo Horizonte

CRIAÇÃO 
Nosegundo semestre de 2021, eles se encontraram e as gravações ocorreram tanto em BH quanto no Recife. O documentário registra os artistas em estúdio, as conversas deles e momentos do processo de criação.

“A ideia é romper limites. A música mineira tem um trabalho de qualidade e, por outro lado, é polo de produção. Muitas coisas, com referência inclusive em Minas, como o maracatu e várias outras linhas, vêm do Recife”, comenta Juliana Floriano, que foi idealizadora do projeto e é musicista.

“Como passei a ouvir muita música nordestina, às vezes trazia para meus amigos essas referências e ninguém as conhecia, embora fossem conhecidas no resto do país. Foi assim que propusemos o intercâmbio entre mineiros e pernambucanos”, diz Juliana. Além de coordenar o projeto, ela compõe, canta e é letrista.

A pandemia impediu que mineiros fossem para Pernambuco e que pernambucanos viessem para Belo Horizonte. Também atrapalhou a realização de dois shows presenciais. “Teria essa troca. Só que não conseguimos realizar isso”, lamenta.
A opção foi cada grupo trabalhar em seu estado. “Eles fizeram as gravações lá e o pessoal daqui (de Minas) fez o mesmo. O único contato presencial ocorreu no dia da gravação, no estúdio, com Almério e Flaira no Recife e a gente aqui”, relembra.

O repertório traz 12 canções. “Trabalhamos fazendo arranjos, cantando e dividindo as letras. Cada músico forneceu uma letra para ser trabalhada e ela foi disponibilizada, assim como a harmonia: uma parte para Minas e outra para Pernambuco. O documentário é o registro das nossas gravações em estúdio, nosso único encontro presencial”, ela conta.

A ideia, agora, é disponibilizar as músicas nas plataformas digitais. “Mas temos de ver a verba e como isso vai funcionar. Estamos pensando em show presencial”, adianta Juliana Floriano. “Nossa ideia é quebrar o regionalismo, a falta de divulgação da nossa música em locais que não são os nossos.”

De acordo com a mineira, foi “muito rico” o intercâmbio de conhecimento musical, técnica, estética e estratégias de gestão de carreira desses artistas dedicados à música contemporânea nos dois estados.

O arranjador, compositor, cantor e multi-instrumentista Juliano Holanda vê muitas coisas em comum entre mineiros e pernambucanos. “Gostamos de conversar, de boteco, há uma galera que gosta de cachaça e coisas do gênero. Temos similaridades na arte. Havia uma lacuna que o projeto veio preencher, abrindo oportunidades.”

Juliano Holanda com Julia Branco
O pernambucano Juliano Holanda, na capital mineira, com Julia Branco
TITANE 
Juliano conta que os seis chegaram a compor canções. “Ao longo do processo, a gente fez algumas lives abertas no YouTube e outras fechadas. A partir daí, saíram as parcerias. Algumas até entraram no projeto, outras não, porque o repertório foi se delineando ao longo do caminho”. Ele cita como exemplo de “simbiose” a canção “Luz e lugar”, parceria dele com Julia Branco, também gravada por Titane.

O processo foi trabalhoso. Holanda veio para BH, gravou os violões ao vivo com os três mineiros e, posteriormente, gravou com os conterrâneos no Recife. “Depois isso foi editado em um vídeo. Todo mundo ficou satisfeito com o resultado. Quando vê o documentário, a pessoa entende toda a mistura”, garante.

“CONFLUÊNCIAS SONORAS”
Lançamento nesta quarta-feira (30/3), às 19h, no YouTube (https://bit.ly/3Jx0PuE). Acesso gratuito.


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