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Estado de Minas LUTO

Cidadã honorária de BH, Elza Soares celebrava as raízes mineiras

Morta nesta quinta-feira (20/1), cantora recebeu honraria da Câmara Municipal em 2019


20/01/2022 18:55 - atualizado 20/01/2022 23:00

Elza Soares na Praça da Estação
Elza Soares na Praça da Estação, durante a Virada Cultural de BH em 2016 (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS - 07/16 )
“Minhas raízes estão aqui em Minas. Minha família é toda mineira: avós, pais, marido, há toda uma relação com o povo mineiro, que sempre me recebeu muito bem!”, afirmou Elza Soares ao receber o título de Cidadã Honorária de BH, em 2019. A cantora morreu nesta quinta-feira (20/1), aos 91 anos, de causas naturais, no Rio de Janeiro. 

Leia:
 Cantora Elza Soares morre aos 91 anos 

Ao lançar o disco “Planeta Fome”, em 2019, declarou ao Estado de Minas:  “O Brasil está resfriado e é necessário que o povo dê um xarope a ele para que a gripe passe. Tudo passa e essa gripe vai passar também. Tudo depende de nós, do povo, que não pode ficar dormindo, pois se ficarmos de braços cruzados, essa gripe acaba virando pneumonia.”

Artista engajada, atenta a problemas sociais como o racismo, o feminicídio, a violência e a exclusão social, Elza avisou: “Continuamos vivendo na fome. Nada mudou. Está tudo aí, basta só olhar. Infelizmente, a fome ainda é um fato contemporâneo e ninguém faz nada para mudar isso”.
 
Ver galeria . 9 Fotos 1967Revista O Cruzeiro
1967 (foto: Revista O Cruzeiro )
 
 
A cidadã honorária de BH afirmou, na cerimônia na Câmara Municipal de BH, ao receber o título por proposta do vereador Gilson Reis: “O Brasil é o meu lugar de fala”.

Em 2016, Elza encerrou a programação da Virada Cultural 2016 de Belo Horizonte, na Praça da Estação. A multidão a ovacionou, assim como ocorrera em show no Sesc Palladium, meses antes. “Maria da Vila Matilde”, gravada por ela em 2015, foi cantada com emoção pela artista e pela plateia: “Cadê meu celular?/ Eu vou ligar pro 180/ Vou entregar teu nome/ E explicar meu endereço/ Aqui você não entra mais/ Eu digo que não te conheço/ E jogo água fervendo/ Se você se aventurar”, diz a canção, recado visceral para os machistas, abusadores e assediadores sexuais.


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