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Estado de Minas AUDIOVISUAL

Abalado por escândalo, Globo de Ouro tem edição 2022 incerta

Não há transmissão garantida pela TV, tampouco se sabe se os artistas irão boicotar o prêmio, após revelação de indicações feitas mediante suborno no passado


14/12/2021 04:00 - atualizado 14/12/2021 07:32

Homens montados em cavalos, como cowboys, no filme Ataque de cães
O longa 'Ataque dos cães', de Jane Campion, produção da Netflix, teve sete indicações. Plataforma acumulou 17 no total (foto: Netflix/divulgação)

Com sete indicações cada um, os filmes “Belfast” e “Ataque dos cães” lideram a disputa pelo Globo de Ouro 2022, cuja partida foi dada nesta segunda-feira (13/12), com o anúncio dos candidatos. Entre as séries, “Succession”, da HBO, saiu na frente, com cinco indicações em drama. Duas produções da AppleTV+  – a comédia “Ted Lasso” e o drama “The morning show” – concorrem em quatro categorias cada uma. No entanto, a Netflix é que ficou com o maior número de indicações: 17 ao todo.

Todas as séries concorrentes estão disponíveis no Brasil. Os filmes, não. “Belfast”, dirigido por Kenneth Branagh, só chegará aos cinemas do país no fim de fevereiro. Baseado na infância do próprio diretor e rodado tanto em cores quanto em preto e branco, acompanha a trajetória de um menino (Jude Hill, estreante em longas) vivida na turbulenta Irlanda do Norte do final dos anos 1960. No elenco estão Judi Dench, Jamie Dornan, Caitriona Balfe e Ciarán Hinds.

 

Já “Ataque dos cães”, lançado pela Netflix, é o primeiro longa em 12 anos dirigido pela neozelandesa Jane Campion. Rodado no país natal da cineasta, embora a trama se passe no estado americano de Montana, em meados dos anos 1920, o filme é um drama travestido de faroeste. Estão em cena dois ricos irmãos fazendeiros – papéis de Benedict Cumberbatch e Jesse Plemons – que são opostos em tudo. O casamento de um deles, e a chegada do enteado do noivo à fazenda, vai trazer graves consequências para a família.

Outros destaques da lista de indicações vão para a série-fenômeno de 2021, a sul-coreana “Round 6”, que está em três categorias, e para Lady Gaga. O tão propalado longa “Casa Gucci”, de Ridley Scott, só levou uma indicação para a cantora e atriz – que já coleciona, vale dizer, dois Globos de Ouro.

Com as cartas apresentadas, a grande pergunta, que será respondida nas próximas semanas, até o dia de realização da cerimônia, em 9 de janeiro, é uma só: afinal, a quem importa um Globo de Ouro nos dias de hoje?.

CRISE 

Em sua 79ª edição, a premiação promovida pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood (HFPA) enfrenta sua maior crise. Em fevereiro passado, às vésperas da premiação, o Los Angeles Times publicou uma reportagem devastadora para a imagem da associação. 

Os dados mostravam que não havia diversidade entre os membros votantes (entre as menos de 100 pessoas que integravam a associação, não havia sequer um jornalista negro). Mais: havia casos de favorecimento a determinados filmes mediante suborno de parte dos votantes do grupo. E um ex-presidente, Phillip Berk, atacou o movimento Black Lives Matter em conversa num grupo privado.

As consequências não demoraram a aparecer. Nomes célebres em Hollywood, como os atores Scarlett Johansson e Mark Ruffalo, foram a público criticar o racismo da HFPA; Tom Cruise devolveu os três troféus que ganhou ao longo da carreira. Em maio, a rede NBC confirmou que a cerimônia, que tradicionalmente abre a temporada de premiações de Hollywood, não seria televisionada em 2022. Divertida e mais relaxada do que o Oscar, a festa era transmitida pela rede há 25 anos.

Sem prestígio, a HFPA está tentando apagar o incêndio desde então. Diversificou seus pares – foram convidados 21 novos integrantes, entre eles 10 mulheres, seis negros, cinco asiáticos e seis latinos, fazendo com que o número atual de votantes seja de 105. Foi anunciado um número semelhante de novos integrantes para 2022. 

Para conduzir uma série de reformulações foi contratado, recentemente, um diretor de diversidade.  As mudanças no estatuto da associação também proibiram presentes e restringiram viagens pagas – uma das denúncias apontou que um grupo de integrantes fez uma incursão de luxo pela França para acompanhar a produção da série “Emily em Paris”, que na edição passada do prêmio recebeu duas indicações, inclusive de melhor comédia.

Em carta revelada pela Variety, a presidente da HFPA, Helen Hoehne, afirmou que a cerimônia do início de 2022 será concentrada em esforços filantrópicos da associação. O formato da festa, que nesta edição ocorrerá longe dos olhos do público, ainda não foi totalmente definida. E não se sabe quem irá participar dela e se os eventuais vencedores aceitarão os troféus.

CINEMA E TV

Confira as indicações ao Globo de Ouro 2022

CINEMA
Melhor filme (drama)
"Belfast", de Kenneth Branagh
"No ritmo do coração", de Sian Heder
Casal em cena do filme Duna
(foto: Warner Bros./Divulgação)

"Duna", de Denis Villeneuve  
"King Richard: Criando campeãs", de Reinaldo Marcus Green
"Ataque dos cães", de Jane Campion

Melhor filme (comédia ou musical)
"Cyrano", de Joe Wright
"Não olhe para cima", de Adam McKay
"Licorice pizza", de Paul Thomas Anderson
"Tick, tick… boom!", de Lin-Manuel Miranda
"Amor, sublime amor", de Steven Spielberg

Melhor animação
"Encanto"
"Flee"
"Luca"
"My sunny maad"
"Raya e o último dragão"

Melhor roteiro
"Licorice pizza"
"Belfast"
"Ataque dos cães"
"Não olhe para cima"
"Being the Ricardos"

Melhor diretor
Kenneth Branagh, por "Belfast"
Jane Campion, por "Ataque dos cães"
Maggie Gyllenhaal, por "The lost daughter"
Steven Spielberg, por "Amor, sublime amor"
Denis Villeneuve, por "Duna"

Melhor trilha sonora
Homens e mulheres olham para a camera, sentados em cadeira e sofá, no filme Crônica francesa
(foto: Searchlight Picures/Divulgação)

"A crônica francesa"  
"Encanto"
"Ataque dos Cães"
"Madres Paralelas"
"Duna" 

Melhor canção original
"Be alive", de "King Richard: Criando campeãs"
"Dos oruguitas", de "Encanto"
"Down to Joy", de "Belfast"
"Here I am (singing my way home)", de "Respect: A História de Aretha Franklin"
"No time to die", de "Sem Tempo para Morrer"

Melhor ator (drama)
Mahershala Ali, por "Swan song"
Javier Bardem, por "Being the Ricardos"
Benedict Cumberbatch, por "Ataque dos cães"
Will Smith, por "King Richard: Criando campeãs"
Denzel Washington, por "The tragedy of Macbeth"

Melhor atriz (drama)
Jessica Chastain, por "Os olhos de Tammy Faye"
Olivia Colman, por "The lost daughter"
Nicole Kidman, por "Being the Ricardos"
Lady Gaga, por "Casa Gucci"
Kristen Stewart, de costas em vestido de baile, faz o papel de Lady Di no filme Spencer
(foto: Komplizen Film./Divulgação)

Kristen Stewart, por "Spencer"  

Melhor ator (musical ou comédia)
Leonardo DiCaprio, por "Não olhe para cima"
Peter Dinklage, por "Cyrano"
Andrew Garfield, por "Tick, tick… boom!"
Cooper Hoffman, por "Licorice pizza"
Anthony Ramos, por "In the heights"

Melhor atriz (musical ou comédia)
Marion Cotillard, por "Annette"
Alana Haim, por "Licorice pizza"
Jennifer Lawrence, por "Não olhe para cima"
Emma Stone, por "Cruella"  
Rachel Zegler, por "Amor, sublime amor"
 
Melhor ator coadjuvante
Ben Affleck, por "The Tender Bar"
Jamie Dornan, por "Belfast"
Ciarán Hinds, por "Belfast"
Troy Kotsur, por "No ritmo do coração"
Kodi Smit-McPhee, por "Ataque dos cães"

Melhor atriz coadjuvante
Caitríona Balfe, por "Belfast"
Ariana DeBose, por "Amor, sublime amor"
Kirsten Dunst, por "Ataque dos cães"
Aunjanue Ellis, por "King Richard: Criando campeãs"
Ruth Negga, por "Identidade"

Melhor filme em língua estrangeira
"Compartment No. 6", de Juho Kuosmanen (Finlândia)
"Drive my car", de Ryusuke Hamaguchi (Japão)
"A mão de deus", de Paolo Sorrentino (Itália)
"Madres paralelas", de Pedro Almodóvar (Espanha)
"A hero", de Asghar Farhadi (Irã) 
 
TELEVISÃO
Melhor série de drama
"Succession"
"Round 6"  
"Pose"
"The Morning Show"
"Lupin"

Melhor série de comédia
"The great"
"Only murders in the building"
"Ted Lasso"  
"Hacks"
"Reservation dogs"

Melhor minissérie ou filme para TV
"Dopesick"
"Impeachment: American crime story"
"Maid"
"Mare of Easttown"  
"The underground railroad"

Melhor ator (drama)
Brian Cox, por "Succession"
Lee Jung-jae, por "Round 6"
Billy Porter, por "Pose"
Jeremy Strong, por "Succession"
Omar Sy, por "Lupin"  

Melhor atriz (drama)
Uzo Aduba, por "In treatment"
Jennifer Aniston, por "The Morning Show" emc30610 Apple TV/Divulgação
Christine Baranski, por "The good fight"
Elizabeth Moss, por "The handmaid's tale"
Mj Rodriguez, por "Pose"

Melhor ator (comédia)
Anthony Anderson, por "Black-ish"
Nicholas Hoult, por "The great"
Steve Martin, por "Only murders in the building"
Martin Short, por "Only murders in the building"
Jason Sudeikis, por "Ted Lasso"

Melhor atriz (comédia)
Hannah Einbender, por "Hacks"
Elle Fanning, por "The great"
Issa Rae, por "Insecure"
Tracee Ellis Ross, por "Black-ish"
Jean Smart, por "Hacks"

Melhor ator (minissérie ou filme para a TV)
Paul Bettany, por "WandaVision"
Oscar Isaac, por "Cenas de um casamento"
Michael Keaton, por "Dopesick"
Ewan McGregor, por "Halston"
Tahar Raheem, por "O paraíso e a serpente"

Melhor atriz (minissérie ou filme para a TV)
Jessica Chastain, por "Cenas de um casamento"
Elizabeth Olsen, por "WandaVision"
Kate Winslet, por "Mare of Easttown"
Cynthia Erivo, por "Genius: Aretha"
Margaret Qualley, por "Maid"  

Melhor ator coadjuvante
Billy Crudup, por "The Morning Show"
Kieran Culkin, por "Succession"
Mark Duplass, por "The Morning Show"
Brett Goldstein, por "Ted Lasso"
Oh Yeong-su, por "Round 6"

Melhor atriz coadjuvante
Jennifer Coolidge, por "The white lotus"
Kaitlyn Dever, por "Dopesick"
Andie MacDowell, por "Maid"
Sarah Snook, por "Succession"
Hannah Waddingham, por "Ted Lasso"


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