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Estado de Minas LITERATURA

Livros de ficção sobre a pandemia testam interesse do leitor

Leva de lançamentos sobre a crise sanitária mundial está prevista para chegar às livrarias em 2022, incluindo autores consagrados, como Margaret Atwood


25/10/2021 04:00 - atualizado 25/10/2021 07:50

Margaret Atwood
Leva de lançamentos sobre a crise sanitária mundial está prevista para chegar às livrarias em 2022, incluindo autores consagrados, como Margaret Atwood (foto: Angela Weiss/AFP)
Os leitores estão preparados para reviver a crise da COVID-19 por meio da ficção? Essa é uma das grandes questões discutidas na Feira do Livro de Frankfurt, onde foram apresentadas várias obras inspiradas na pandemia.

Dois livros com o tema foram escritos por duas das autoras de maior destaque na atualidade: a americana Jodi Picoult e a canadense Margaret Atwood, que contribuiu em um "livro colaborativo", escrito com outros autores, sobre os habitantes de Manhattan que se aproximaram durante o confinamento.

"Como membros da espécie humana, enfrentamos um período muito difícil no planeta Terra e ainda não acabou", alertou Atwood, autora de "O conto da aia", em uma mensagem de vídeo exibida na cerimônia de abertura, em Frankfurt.

Supervisionada por Atwood, a obra coletiva "Fourteen days: An unauthorised gathering" (“Quatorze dias: Uma reunião não autorizada”) está prevista para chegar às livrarias em 2022. Essa será uma das primeiras obras de ficção que trata diretamente do impacto do coronavírus na vida das pessoas.

TURISTA

Picoult, cujos livros foram traduzidos em mais de 30 idiomas, também publicará no próximo mês a história de uma turista que fica trancada longe de seu país por causa da pandemia.
Com o título "Wish you were here" (“Queria que você estivesse aqui”), este relato "tentará dar um sentido para 2020", explicou a escritora americana. 

"Os artistas devem encontrar um sentido para as coisas que não entendemos e uma pandemia mundial é uma delas", afirmou Picoult, que não compareceu à Feira de Frankfurt.
O escritor alemão John von Dueffel também fez seu relato baseado na crise sanitária. Com o título "The angry and the guilty" (“O raivoso e o culpado”), narrará a história de uma mulher que deve fazer 40 no momento em que o pai de sua família está morrendo.

Embora os primeiros livros sobre a COVID-19 estejam perto de chegar às livrarias, os profissionais do setor editorial têm dúvidas sobre o interesse dos leitores por essas histórias, em um momento em que a pandemia ainda não acabou. 

Mas alguns autores sentem uma grande necessidade de escrever sobre o coronavírus. A americana Hilma Wolitzer encontrou na escrita um efeito catártico para os fatos trágicos sofridos durante a pandemia.

A autora, de 91 anos, perdeu seu marido no ano passado por causa da COVID-19 e ela mesma também ficou internada por causa do vírus. Escrever sobre isso foi "uma forma de enfrentar esse luto, em um momento em que todos os rituais de luto, como os funerais ou a companhia da família e dos amigos, foram negados a mim", afirmou.

Esse episódio doloroso de sua vida é descrito no último capítulo de seu último livro, "Today a woman went mad in the supermarket" (“Hoje uma mulher ficou louca no supermercado”), uma coleção de pequenos relatos.


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