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Estado de Minas CULTURA DE VOLTA!

São Sebastião do Paraíso reabre museu e biblioteca

Por causa da pandemia do novo coronavírus, os dois locais estavam fechados desde março de 2020 na cidade do Sul de Minas


30/09/2021 17:09 - atualizado 30/09/2021 19:22

Biblioteca Municipal de São Sebastião do Paraíso
Na Biblioteca Municipal de São Sebastião do Paraíso, o agendamento pode ser feito pelo telefone (foto: Acervo/Asscom/PMSSP)
Fechados em razão da pandemia desde março de 2020, o Museu Municipal Napoleão Joele, localizado na Casa da Cultura Antônio Carlos Pinheiro de Alcântara, e a Biblioteca Municipal Professor Alencar de Assis, no Centro de São Sebastião do Paraíso, reabrem as portas para o público a partir de segunda-feira (4/10).
 
"Após meses de portas fechadas devido às restrições impostas pela pandemia, vamos reabrir os dois locais, respeitando os protocolos sanitários e com agendamento prévio para que as pessoas possam conhecer o acervo do museu e usufruir os títulos literários da biblioteca. Por ora, a abertura é de forma gradativa e apenas durante a semana. Esperamos, com isso, proporcionar uma opção cultural de lazer aos paraisenses", disse o chefe do Departamento de Cultura, Adriano Rosa.
 
São Sebastião do Paraíso está na “Onda Verde” do Programa Minas Consciente. A biblioteca, que costuma receber um público de 1 mil pessoas por mês, funcionará apenas para devolução e empréstimo de livros, mediante agendamento prévio. Em ambos os locais as pessoas deverão seguir os protocolos referentes à pandemia da COVID-19, como uso de máscara e álcool em gel.
 
Para agendar visitas ao museu (leia mais sobre a estrutura abaixo), o telefone de contato é o 3531-5002. Inicialmente são três horários na parte da manhã (9h, 10h e 11h) e três à tarde (14h, 15h e 16h), de terça a sexta-feira. Nos finais de semana e feriados, o local permanece fechado. As visitas serão acompanhadas por um servidor do departamento.
 

Biblioteca

 
Na Biblioteca Municipal de São Sebastião do Paraíso, o agendamento pode ser feito pelo telefone 3539-1017. Por enquanto, o acesso será das 8h às 12h, apenas para devolução ou empréstimos de livros, sem permissão para a leitura no local.
 
A Biblioteca Municipal Prof. Alencar de Assis foi criada pela Lei Municipal n.439, em 1959. Para patrono da Biblioteca Municipal, onde recebe o seu nome, procurou homenagear a memória do professor Francisco de Alencar Assis, que por mais de 40 anos trabalhou na área de educação. Ele era natural de Piracicaba-SP, veio para São Sebastião do Paraíso em 1928 para lecionar no Ginásio Paraisense (Escola Estadual Paraisense), no Colégio Paula Fracinetti e na Escola Técnica de Comércio.
 
A Biblioteca Municipal, em 2014, passou por um processo de informatização dos registros do seu acervo. Instalou-se um programa para automação de bibliotecas chamado Biblivre, que faz todo o gerencimento da Biblioteca Municipal até hoje.
 
Em 2018, foi inserido o uso do cartão do leitor com código de barras, o que facilitou o empréstimo para os leitores. Atualmente possui mais de 28.000 unidades de diversos temas, como Literatura Infantojuvenil, Literatura estangeira, Literatura brasileira, Livros em Braille, Autoajuda, Biografias, entre outros.

A estrutura possui locais para estudo em grupo e individual, dois computadores para estudo e pesquisa e wifi para os leitores. Há 5.842 leitores cadastrados de diversas faixas etárias e média de empréstimos de aproximadamente 1.000 livros mensais.
 
A Biblioteca Municipal, por meio da parceria Recode Bibliotecas e Toca Livros, foi contemplada em abril de 2021 com uma Biblioteca Digital TocaLivros, que permanecerá por 1 ano à disponibilização de e-book e audiolivro aos seus leitores. A estrutura foi premiada em 2021 pelo programa Recode Bibliotecas 2020 em segundo lugar.  
 

Museu

 
O Museu Municipal Napoleão Joele foi criado em janeiro de 1959 e, antes do fechamento pela pandemia, recebia a visita de aproximadamente 200 pessoas por mês. Apesar da criação ainda na década de 1950, a estrutura reuniu 200 peças para a instalação, de fato, do museu apenas em fevereiro de 1971.
 
museu Municipal Napoleão Joele
Atração do Museu Municipal Napoleão Joele (foto: Manoel Ribeiro dos Santos/Prefeitura de São Sebastião do Paraíso)
 

Muitas dessas valiosas peças foram doadas pelo empresário Napoleão Joele, pelo memorialista e ex-prefeito Luiz Ferreira e por paraisenses de pensamento preservacionista. Em 1979, o museu ganhou um prédio: a prefeitura promoveu adaptações no antigo edifício da Caixa D’água, uma estrutura de arquitetura sublime feita para armazenar e distribuir a água para a população antigamente.

Em 1985, pela Lei Municipal 1491, o museu foi batizado como “Museu Municipal Napoleão Joele”, uma homenagem àquele que ajudou a reunir muitas peças para o acervo. Com o aumento do acervo, o museu foi transferido para o prédio do antigo “Instituto Monsenhor Felipe” e, na sequência, para o prédio da antiga “Estação Mogiana”, onde está até hoje.
 
O prédio da antiga “Estação Mogiana”, que era ligado ao Ramal de Passos, foi inaugurado em 1914 como transporte de carga (principalmente para os cafés finos da região rumo ao Porto de Santos) e passageiros. Com o desuso do serviço ferroviário, o transporte de passageiros foi desativado em 1977.

Hoje, a prefeitura administra o prédio, tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de São Sebastião do Paraíso. Há preocupação em conservar seus aspectos arquitetônicos e sua rica história para a comunidade. O prédio se transformou num complexo cultural da Casa da Cultura "Antônio Carlos Pinheiro de Alcântara".
 
Atualmente, o museu conta com um acervo de aproximadamente 420 peças. Entre elas, um acervo bibliográfico e documental, com a “Biblioteca de Autores Paraisenses Ary de Lima”, que possui livros de valor histórico e cultural para o município. Há também um acervo científico composto por fósseis e objetos de mineralogia.
 
Mas o que mais chama atenção é o acervo histórico com peças pessoais, artísticas, etnográficas que compõem um acervo cultural e científico relevante para a cultura paraisense.
 
Entre as peças, estão:

  • uma antiga pedra de machado indígena
  • uma carta de alforria
  • apetrechos da antiga ferrovia como o quepe de um ferroviário
  • álbuns de fotografia com fotos de eventos na cidade
  • um esteio de madeira de aroeira pertencente à antiga Igreja Matriz de São Sebastião
  • objetos de cozinha antigos
  • peças utilizadas por antigos congadeiros
  • imagens da arte sacra
 
No período de pandemia em que o museu esteve fechado fisicamente ao público, foram realizadas ações visando acesso ao acervo, com respeito ao distanciamento social - como, por exemplo, a visita que compõe a 8º Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais.
 

 
 


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