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Estado de Minas AUDIOVISUAL

Registro de show de Emicida na Netflix desperta saudade de aglomerar

Histórico apresentação do rapper no Theatro Municipal de São Paulo para o lançamento de 'AmarElo' entrou no catálogo da plataforma


18/07/2021 04:00 - atualizado 18/07/2021 08:27

Emicida destacou importância da presença de representantes do Movimento Negro Unificado na plateia do teatro(foto: Netflix/Divulgação)
Emicida destacou importância da presença de representantes do Movimento Negro Unificado na plateia do teatro (foto: Netflix/Divulgação)
Em outubro de 2019, quando "AmarElo" foi lançado, o rapper Emicida talvez não conseguisse imaginar as muitas vidas que o álbum teria. Quase dois anos depois, ele segue rendendo projetos inéditos. O mais recente é a versão ao vivo do trabalho, lançada no streaming na última quinta-feira (15/07). 

O registro audiovisual do show está disponível exclusivamente no catálogo da Netflix. A apresentação também virou um álbum disponibilizado nas plataformas de música e no YouTube, via Sony Music.

"AmarElo - Ao vivo", com direção de Emicida e Fred Ouro Preto, e produção de Evandro Fióti, é fruto dos dois shows que o rapper fez no Theatro Municipal de São Paulo, em novembro de 2019. Com plateia cheia e aglomerada, cantando em coro as músicas do artista, os registro é um lembrete da vida anterior à pandemia e uma boa oportunidade para matar as saudades das apresentações ao vivo e presenciais.

SET LIST

O repertório de 20 músicas privilegia as 11 faixas de "AmarElo", mas também traz canções de outras fases da carreira de Emicida, como "Baiana", "Madagascar" e "Boa esperança", do disco "Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa..." (2015); "Alma gêmea", "Hoje cedo" e "Gueto", do álbum "O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui" (2013); além da música "Pantera negra", feita para promover o lançamento do filme da Marvel no Brasil.



Um dos pontos altos do show é a música "AmarElo", que conta com um sample do clássico "Sujeito de sorte", de Belchior (1946-2017), além da participação das cantoras Pabllo Vittar e Majur. A apresentação tem ainda convidados como a cantora MC Tha e os rappers Drik Barbosa e Jé Santiago.

Em vários momentos da gravação, Emicida destaca a importância da realização do show num local habitualmente dedicado à música erudita e frequentado pela elite paulistana. "Esse teatro é um prédio muito bonito. Muito bonito, de verdade. E eu acho que esse é o dia mais bonito da história dele", diz o rapper, no início do show.

"Para que hoje a gente esteja nesse lugar, que foi negado aos nossos ancestrais, muitas pessoas suaram e sangraram no caminho", ele afirma, em outro momento.

Em nota, o artista comemorou a chegada do registro ao catálogo da plataforma. "Quando a gente coloca naquelas cadeiras do Theatro Municipal de São Paulo o pessoal do Movimento Negro Unificado, que em 1978 estava do lado de fora, protestando contra o racismo nas escadarias porque eles não podiam acessar aquele espaço, a gente está passando a seguinte mensagem: nós somos a continuidade daqueles homens e daquelas mulheres."

“Quando escolhemos aquele palco para o lançamento de 'AmarElo', sabíamos que seria a primeira vez que muitas pessoas pisariam ali. A partir do momento em que a molecada entra no Municipal e vê aquele lugar suntuoso e inspirador, pensa assim: 'Eu tenho que ser grande que nem esse lugar'", prossegue o texto.

Com tratamento cinematográfico, "AmarElo - Ao vivo" dá ao público a chance de ver o show de uma turnê que não chegou a ser realizada, em virtude da pandemia. A apresentação reitera a importância e a inventividade de um dos principais artistas do Brasil.

"AmarElo" é o terceiro álbum de estúdio de Emicida e colocou fim a um jejum de quatro anos sem lançamentos inéditos do artista. O disco traz participações de Zeca Pagodinho, Fabiana Cozza, Marcos Valle, Larissa Luz, Dona Onete e do franco-cubano Ibeyi, além de contar com a presença de nomes incomuns nesse universo, como a atriz Fernanda Montenegro e o pastor Henrique Vieira.

O trabalho ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de rock ou de música alternativa em língua portuguesa. Ele também foi eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros de 2019 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

O disco também motivou a produção do documentário "AmarElo - É tudo pra ontem", lançado pela Netflix em dezembro de 2020, que mostra os bastidores do show no Theatro Municipal.

No início deste ano, Emicida foi indicado ao prêmio de artista internacional no BET Awars, premiação do canal norte-americano Black Entertainment Television. O prêmio foi para o nigeriano Burna Boy. Na mesma categoria estavam Aya Nakamura e Youssoupha, da França; Diamond Platnumz, da Tanzânia; Eadie e Young T & Bugsey, do Reino Unido; e Wizkid, também da Nigéria.

Atualmente um dos apresentadores do "Papo de segunda", do GNT, ao lado de Fábio Porchat, João Vicente e Chico Bosco, Emicida deve estrear em breve, no mesmo canal, uma série sobre temas contemporâneos chamada "O enigma da energia escura".

“EMICIDA: AMARELO - AO VIVO”
• Apresentação musical disponível na Netflix
(foto: Sony Music Brasil/Divulgação)
(foto: Sony Music Brasil/Divulgação)

“AMARELO - AO VIVO”
• De Emicida
• 20 faixas
• Sony Music Brasil
• Disponível nas plataformas digitais


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