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Estado de Minas LITERATURA

Angélica Hodge aborda encontros e desencontros no livro 'Era quase amor'

Jornalista se inspirou em casos reais envolvendo paixão, traição e relações abusivas para escrever contos destinados a homens e mulheres


21/03/2021 04:00 - atualizado 21/03/2021 07:53

Contos de Angélica Hodge detalham relacionamentos(foto: Divulgação)
Contos de Angélica Hodge detalham relacionamentos (foto: Divulgação)

Angélica Hodge reconta, com delicadeza e simplicidade, fatos que vivenciou e ouviu a respeito de traições, relações abusivas, divórcio, relações homoafetivas, abuso sexual e paixões. Tudo isso inspirou “Era quase amor”, livro de contos lançado pela Páginas Editora.

“Marias, Júlias, Letícias, Anas e tantas outras mulheres que existem dentro de nós vão amadurecendo ao longo do meu livro”, explica a atriz e jornalista. O prefácio é assinado pela escritora e compositora Fernanda Melo.

Os contos remetem a fatos que “levam o leitor pelos mais diversos caminhos do coração”, de acordo com a autora. Embora sejam independentes, as histórias se conectam por meio do amadurecimento feminino, que começa com uma decepção amorosa aos 14 anos e termina com a morte.

Leida Reis, diretora da Páginas Editora, diz que o objetivo da publicação é estimular o debate sobre o empoderamento feminino diante do sexo e dos relacionamentos afetivos.

“Os relatos literários da Angélica em 'Era quase amor' nos remetem a histórias necessárias. Cada um de nós se identificará com pelo menos um desses encontros ou desencontros. Quando ela chegou com a ideia, logo decidi que valia a pena publicar o livro, que acabou se tornando um dos mais bonitos da editora. O projeto gráfico é arrojado, com capa e sobrecapa diferenciadas”, diz Leida.

A literatura de Angélica se destina a homens e mulheres, mas encontra mais eco no público feminino, reforma a diretora da Páginas Editora.

A capa foi criada pelo designer Leonardo Martins Cardoso. “Ele foi o primeiro homem da minha vida. A partir de seu olhar, vivenciei todo o resto da minha vida e dos meus relacionamentos”, conta a autora.

Na verdade, são duas capas, o leitor pode escolher a preferida. “Também foi criado o ícone com base num labirinto que remete aos caminhos incertos e, muitas vezes, confusos que os relacionamentos proporcionam”, diz Angélica.

Em 25 anos de carreira como jornalista e apresentadora, ela vem observando o comportamento feminino em seu trabalho, que sempre foi voltado para as mulheres. “De uma forma geral, elas estavam perdidas em seus relacionamentos. Com relação ao amor, como se posicionar como mulher e ter desejos e vontades?”, questiona Angélica.

“Separei-me do meu ex-marido, tive outros relacionamentos e pensei: Deus do céu, está tudo perdido, vou botar isso para fora. Aproveitei a pandemia, pois estou em um período mais sabático e tranquilo. Quero ajudar as mulheres e, claro, os homens também.”

O título “Era quase amor” remete à ilusão comum tanto a elas quanto a eles. “Muitas vezes, achamos que estamos vivendo um relacionamento, um amor. Quando nos distanciamos, percebemos que aquilo não era amor. Era quase amor. Amor é outra coisa”, comenta Angélica.

O livro começa quando uma menina de 14 anos, de seu apartamento, vê um homem arremessando a mulher pela janela depois de uma briga. “Antes mesmo de experimentar amar, ela já começou a vida desiludida com relacionamentos”, diz a autora.

Sexo e paqueras de adolescência também são abordados. “Depois chegam os relacionamentos mais maduros, casamento, gravidez, filho, divórcio. Aí vêm as relações abusivas, com violência psicológica e física, além de traições”, adianta Angélica.

As histórias se baseiam em fatos vividos por pessoas conhecidas, como políticos, artistas e empresários. “Logicamente, procuro preservar o nome de todos”, diz a jornalista.

Em apenas um conto a própria Angélica se coloca em cena. “Nas outras histórias, não dá para saber o que vivi nem o que as outras pessoas viveram.” A morte ganha destaque no livro. “Certa vez, tive uma conversa com uma atriz, pouco antes de sua morte. Ela me contou que era virgem. Nunca teve um homem e lamentava isso, porque não se doou a alguém, não se entregou, não sofreu por amor e nunca amou desesperadamente”, revela.

HOMENS

 O sofrimento não é monopólio feminino. “Os homens também sofrem nas relações”, diz a autora. “Vale a pena viver, passar por elas, pois fazem parte da vida. São histórias de fácil leitura, porque meu objetivo é realmente atingir as mulheres de todas as formas. Acho que, de alguma maneira, elas vão se identificar.”

A jornalista ressalta que alguns contos trazem visão mais masculina, o que pode atrair os leitores homens. “Num deles, a traição é contada em três versões: do marido, da esposa e da amante”, conclui.

“ERA QUASE AMOR”
De Angélica Hodge
Contos
Páginas Editora
R$ 44,90
Livro pode ser adquirido em pré-venda por meio deste link.


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