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Estado de Minas CINEMA

Robin Wright estreia como diretora de longas em Sundance

Atriz também protagoniza o drama 'Land', exibido no domingo (31/01) no festival norte-americano, que tem edição virtual neste ano, devido à pandemia


02/02/2021 04:00

Edee (Robin Wright) decide morar sozinha na gelada região do Wyoming, após sofrer uma tragédia pessoal (foto: Sundance Institute/Divulgação)
Edee (Robin Wright) decide morar sozinha na gelada região do Wyoming, após sofrer uma tragédia pessoal (foto: Sundance Institute/Divulgação)
A atriz norte-americana Robin Wright guardou durante muito tempo o desejo de atuar também atrás das câmeras. Depois de dirigir 10 capítulos da série House of cards (Netflix), em que interpreta a protagonista feminina, sentiu-se segura para a empreitada do primeiro filme. 

"Que presente foi! Se não fosse por isso, nunca teria tido a confiança necessária para mudar de rumo e fazer um longa-metragem", disse ela no último domingo (31/1), após a estreia de Land no Festival de Sundance.

O filme conta a história de Edee, interpretada por Wright, que decide morar sozinha na natureza magnífica, mas implacável, de Wyoming, após uma tragédia pessoal. 

Em uma cabana em ruínas, a quilômetros de qualquer sinal de civilização, sem telefone ou carro, Edee tenta aprender a sobreviver e caçar. Sua experiência se torna perigosa antes da chegada de um caçador local. 

"Por que este filme? Para nos lembrar de que precisamos uns dos outros", disse a diretora numa entrevista realizada por videochamada, devido à pandemia. 

"Enfrentamos a adversidade e geralmente são a compaixão e a bondade de outra pessoa o que nos ajuda a superar os momentos difíceis... Isso tem um significado para cada um de nós hoje em dia." 

Wright, que interpretava a sofisticada Claire Underwood em House of cards, viveu desafios sem precedentes na gravação de Land durante 29 dias, em uma região remota da província canadense de Alberta. "Tivemos um dia de verão e, de repente, chegou o inverno", contou. "Então, tivemos que gravar entre 10 e 15 [cenas] por dia." 

Uma cena em que Edee enfrenta um urso não pôde ser gravada na montanha por medo de que o animal adestrado encontrasse outros ursos selvagens de sua espécie, cuja presença era tão comum nos sets que um deles aparecia frequentemente para comer hambúrgueres. 

Outro dos desafios para Wright foi dirigir seu primeiro filme e protagonizá-lo ao mesmo tempo. "Você está na frente da câmera, em dois metros de neve, e não pode caminhar para ver o filme, porque deixa pegadas na neve", contou.  

O Festival de Sundance, um dos mais importantes para o cinema independente nos Estados Unidos, está sendo realizado neste ano de forma virtual e seus 72 filmes serão exibidos por streaming. O evento, cofundado por Robert Redford, termina nesta quarta-feira (3/2). (AFP)

Filmes apocalípticos marcam edição 2021

O filme de terror sobre a disseminação de um vírus  In the Earth, de Ben Wheatley, e a comédia sobre o último dia na Terra How it ends, de Zoe Lister-Jones e Cailee Spaeny – ambos concebidos, filmados e editados durante a pandemia – deram um toque apocalíptico ao festival de Sundance, realizado em formato virtual devido à pandemia do novo coronavírus. 

Os diretores de ambas as produções afirmaram ter canalizado o tédio e a ansiedade de forma criativa, ao encontrar modos de filmar com segurança durante a crise sanitária. In the Earth foi a primeira produção rodada no Reino Unido após o confinamento inicial de março passado, e é ambientada em uma remota floresta inglesa, onde cientistas fazem experimentos misteriosos enquanto um vírus arrasa as cidades. 

"Você se senta para ver um filme e tem essas cenas com multidões ou onde todas as suas preocupações eram preocupações de dois anos atrás", disse Wheatley, defendendo que “especialmente os filmes de terror, mas todos em geral, devem refletir o momento atual”.

How it ends imagina a cidade de Los Angeles no dia em que se espera que um asteroide acabe com o planeta. No filme, Liza (interpretada pela codiretora Zoe Lister-Jones) se dispõe a confrontar aqueles que a magoaram, enquanto se dirige a uma festa do fim do mundo.

Concebido nas primeiras semanas do confinamento na Califórnia, o filme foi gravado principalmente em ambientes externos: nas ruas, jardins e piscinas permanentemente ensolarados da cidade.

Os diretores se apressaram para concluir e lançar o filme "enquanto continuamos lutando com este campo minado emocional", disse Lister-Jones, descrevendo todo o processo como terapêutico.

Na sexta-feira passada, também estreou em Sundance o thriller brasileiro A nuvem rosa, estreia da gaúcha Iuli Gerbase na direção de longas. Na trama, um casal de desconhecidos é obrigado a conviver indefinidamente, quando uma nuvem tóxica se espalha pelo planeta, tornando o ar exterior mortal. (AFP)


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