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Stranger things ganhou 'derivada' nas livrarias


14/04/2020 04:00 - atualizado 13/04/2020 21:22

Desde o ano passado, o enredo da série Stranger things extrapolou a produção televisiva da Netflix com o lançamento de uma saga literária. O primeiro livro foi Raízes do mal, de Gwenda Bond, que conta a história da mãe de Eleven (Millie Bobby Brown), Terry Ives (interpretada na na segunda temporada por Aimee Mul- lins), no fim dos anos 1960.

O segundo volume, Cidade nas trevas, saiu este ano. Escrito pelo neozelandês Adam Christopher, destrincha o passado de Hopper (David Harbour). Tudo começa quando, em dezembro de 1984, Eleven pede para que o policial, agora pai adotivo dela, compartilhe detalhes sobre uma caixa. O objeto contém arquivos de um crime ocorrido em Nova York – o caso misterioso foi investigado pelo policial na época em que a família morou na Big Apple.

O romance tem duas linhas temporais: dezembro de 1984, quando ocorre o diálogo entre Hopper e Eleven em Hawkins, meses após os acontecimentos da segunda temporada da série ocorridos no Halloween; e maio e julho de 1977, em Nova York, quando Hopper depara com um misterioso crime e um serial killer. O processo de investigação é o foco do livro, que também aborda a experiência de Hopper na guerra do Vietña, tema que surge em Raízes do mal.

O romance tem ares de drama policial com pitadas de mistério, característica da série. Antes de assumir o projeto, Adam Christopher escreveu sobre outro hit da cultura pop: Star wars. Ele participou da antologia comemorativa dos 40 anos da saga.

A ideia de Cidade nas trevas veio dos próprios criadores de Stranger things, os irmãos Duffer. “Eles queriam uma novela sobre o passado de Hopper que ocorresse nos anos 1970, em Nova York. O único pedido era que ele investigasse um serial killer. Fora isso, fiquei livre para criar a minha própria história. Foi ótimo ter tanta liberdade, porque amo o Hopper e sou grande fã da série. Já estava muito interessado em aprender mais sobre o passado dele”, afirma Christopher.

Uma das novidades é a parceira de Hopper: a detetive Delgado, a única mulher do Departamento de Homicídios de Nova York onde o futuro xerife trabalha. A incorporação da personagem mantém outra característica do seriado: a presença de personagens femininas fortes e empoderadas.

“Era importante ter um elenco diversificado. O programa de TV faz isso bem, não havia razão para que o livro não o fizesse. Ter Hopper como policial de Nova York em 1977 trouxe desafios, pois era uma época muito ruim para a cidade. A sociedade era muito diferente, a polícia de Nova York era um ambiente estranho”, comenta Christopher. “Eles só permitiram que mulheres detetives se juntassem às equipes em 1977. Foi aí que Delgado entrou. A parceira de Hopper é uma latina forte, deixá-la na NYPC me permitiu explorar muitas questões e preconceitos da época”, revela.

três perguntas para...
ADAM CHRISTOPHER
ESCRITOR
 
O que inspirou Cidade nas trevas?
Sempre fui fascinado pela história da cidade de Nova York. Usei-a como cenário de livros anteriores, mas sempre quis escrever uma história baseada no apagão de energia de 1977. Quando o projeto Stranger things chegou e trabalhei com a linha do tempo de Hopper, percebi que poderia definir o livro naquele período. Tendo o blecaute como um momento- chave na história, construí o mistério à sua volta. A outra parte importante foi a história pessoal do Hopper. Sabíamos que era um veterano do Vietnã, isso era algo que eu queria trazer à tona.

Houve a preocupação de trazer elementos da série para o livro?
Era muito importante que a história fizesse parte reconhecível do universo de Stranger things. Fãs e leitores têm uma certa expectativa, é responsabilidade do escritor garantir que não fiquem desapontados. Um dos problemas de contar uma história com Hopper em 1977 é o fato de ele não encontrar o estranho e o sobrenatural até a primeira temporada do programa de TV, mas, sem esse aspecto, o livro não se pareceria com Stranger things.

Você colaborou com outro grande fenômeno: Star wars. Como foi essa experiência?
Star wars é sempre muito divertido, é uma verdadeira honra poder contribuir para esse universo.


STRANGER THINGS:
CIDADE NAS TREVAS
. De Adam Christopher
. Editora Intrínseca
. 384 páginas
. R$ 49,90
. R$ 39,90 (e-book)


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