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Estado de Minas

Mostra Audiovisual de Arte do Barreiro abre espaço para novos talentos

Trabalhos selecionados pelo cineasta Cao Guimarães questionam a relação do homem com este mundo bombardeado pelas imagens. Evento será realizado no Viaduto das Artes e MIS Cine Santa Tereza


postado em 07/03/2020 04:00

O cineasta Cao Guimarães destaca a diversidade dos trabalhos inscritos na Mostra Audiovisual de Arte do Barreiro (foto: Orlando Bento/divulgação)
O cineasta Cao Guimarães destaca a diversidade dos trabalhos inscritos na Mostra Audiovisual de Arte do Barreiro (foto: Orlando Bento/divulgação)
Até 3 de abril, a 2ª Mostra Audiovisual de Arte do Barreiro (Mada) levará ao Viaduto das Artes, na Região Oeste de BH, o trabalho de oito autores de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Com curadoria do cineasta e artista plástico Cao Guimarães, o evento contou com 156 obras inscritas. A poeta Kátia Maciel, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participa como artista convidada, exibindo a videoinstalação Uma árvore.

A agenda terá duas etapas: a primeira vai deste sábado (7) a 3 de abril, no Barreiro. A segunda, de 7 a 11 de abril, ocupará o MIS Cine Santa Tereza. Ambas têm entrada franca.

Bruna Finelli, uma das organizadoras do evento, conta que o projeto surgiu da necessidade de levar a linguagem do audiovisual para o Viaduto das Artes. “O espaço recebia exposições de arte contemporânea, escultura, pintura e desenho, sem contemplar o vídeo. Eu e minha parceira Bruna Carvalho queríamos saber mais sobre o audiovisual em BH. Era curiosidade mesmo, pois somos das áreas de design e fotografia. Daí veio a proposta de realizar algo voltado para aquela linguagem”, diz.

Coube a Cao Guimarães selecionar as oito obras. “A escolha dele ficou muito interessante. Felizmente, nossa mostra foi muito procurada. Há vídeos incríveis, tanto de pessoas de BH, com uma produção bem legal, quanto de outros estados”, afirma Bruna.
Postal, videoperformance de Rafael Amorim(foto: Rafael Amorim/divulgação)
Postal, videoperformance de Rafael Amorim (foto: Rafael Amorim/divulgação)

DIVERSIDADE 
A pluralidade dos trabalhos inscritos chamou a atenção de Cao Guimarães, que gostou de tomar contato com artistas da nova geração. O cineasta destaca as obras voltadas para o questionamento da realidade, “jogando luz sobre este mundo bombardeado por imagens.”

Os trabalhos selecionados para a Mada estão conectados a inquietações contemporâneas. “Os autores discutem da relação com as redes sociais a questões mais intensas ligadas a sentimento e memória. Memória coletiva, familiar e emocional”, observa Bruna Finelli.

Foram montadas oito cabines no Viaduto das Artes. “Ali acontecerão as exibições. Se a pessoa tem interesse, entra em uma cabine e vê o vídeo”, explica a coordenadora da Mada. Já o trabalho de Kátia Maciel, que não tem som, será projetado sobre o próprio viaduto.

O evento no MIS Santa Tereza será diferente. “Como lá tem aquelas salas de cinema, separamos a programação de acordo com horários e duração de cada vídeo. Serão exibidos dois por dia. O de Kátia Maciel encerrará a mostra”, afirma Bruna.
A agenda terá também palestras gratuitas de Bruno Corrêa, Sarah Não Tem Nome, Emerson Morais e Sávio Leite.
Em Sintomas, Carolina Santana busca ressignificar as fotos de família (foto: Carolina Santana/divulgação)
Em Sintomas, Carolina Santana busca ressignificar as fotos de família (foto: Carolina Santana/divulgação)

OESTE 
Outro objetivo da Mada é incentivar a descentralização da agenda cultural de BH, concentrada na Região Centro-Sul, levando atividades para a Região Oeste, observa Bruna.

“Queremos dar às pessoas a oportunidade de pensar em uma produção artística interessante. Exemplo disso é a oficina da Sarah Não Tem Nome sobre produção de videoclipes a partir do celular. Esta atividade será realizada em 14 de março, a partir das 14h, no Viaduto das Artes. A palestra e a oficina dela, com certeza, abrirão a cabeça de muita gente”, aposta Bruna. “E as inscrições são gratuitas”, reforça.

OBRAS

>> UMA Árvore?
. De Kátia Maciel (RJ)
. Videoinstalação
. A artista investiga o imaginário próprio das imagens em suas relações com a paisagem, os objetos, a palavra e clichês amorosos

>> UNREAL
. De Luiz Will Gama (ES)
. Vídeo
. Se houvesse um aplicativo capaz de alterar a realidade durante capturas de fotos e vídeos para as redes sociais, o que seria mudado? Como saber o que é real ou não?

>> SINTOMAS
. De Carolina Santana (MG)
. Fotografia e vídeo
. A partir da apropriação do 
álbum de fotografias de uma 
família desconhecida, obra 
aborda temas como passado, esquecimento e memória

>> RESÍLIO
. De Carlosmagno Rodrigues (MG)
. Vídeo
. Compilação de imagens de arquivos pessoais remete a ícones como Trotsky, David Bowie e o revolucionário vietnamita Ho Chi Min

>> LOOPING
. De Maick Hannder Lima Porto (MG)
. Ficção
. Obra dialoga com a estética das redes sociais para falar de amor

>> AY AYPIRE
. De Melquior Brito (SP)
. Vídeo
. Crianças indígenas da etnia guarani brincam, brigam, cantam e dançam

>> ESTAMOS TODOS AQUI
. De Pedro de Filippis (MG)
. Vídeo, GIF
. Reflexão sobre a liberdade a partir do encontro do autor com um detento do presídio de Viana do Castelo, em Portugal

>> POSTAL
. De Rafael Amorim (RJ)
. Videoperformance
. Aluno da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, o autor registra seu cotidiano

>> ESTRANHO ANIMAL A  DITADURA: HOMENS SEM ASAS, PÁSSAROS SEM PÉS
. De Arthur B. Senra (MG)
. Vídeo

MADA 2020
 Até 3 de abril, no Viaduto das Artes (Avenida Olinto Meireles, 45, Barreiro). Informações: (31) 98802-5140De 7 a 11 de abril, no MIS Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza). Informações: (31) 3277-4699
. Programação completa: www.mada.art.br


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