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Estado de Minas

Orquestra de Câmara Sesiminas recebe Coladera para concerto/show

Apresentação, que tem o propósito de unir o erudito e o popular, será nesta quarta (30) e conta com outros convidados


postado em 30/10/2019 04:00 / atualizado em 29/10/2019 19:57

O português João Pires e o brasileiro Vitor Santana formam o duo Coladera, que se apresenta hoje com a Orquestra de Câmara Sesiminas (foto: Beth Freitas/divulgação)
O português João Pires e o brasileiro Vitor Santana formam o duo Coladera, que se apresenta hoje com a Orquestra de Câmara Sesiminas (foto: Beth Freitas/divulgação)

Vitor Santana e Felipe Vasconcelos são amigos de longa data que escolheram o mesmo ofício: o de músico. No entanto, seguiram caminhos opostos. Vitor se encaminhou para a música popular e Felipe, a erudita. Felipe é regente assistente da Orquestra de Câmara Sesiminas, e Vitor forma com o português João Pires (guitarra) o duo Coladera, no qual ele canta e toca violão.

“Sempre admirei o trabalho do Vitor e, desde que ele veio com esse projeto do Coladera, tive a ideia de fazer alguma coisa com eles. É um som muito original, potente e consistente”, afirma Felipe Vasconcelos.
 
A ideia sai do papel nesta quarta (30), na forma de um concerto no Teatro Sesiminas que vai reunir os 20 músicos da Orquestra de Câmara Sesiminas, o duo Coladera, as cantoras Mariana Nunes e Raquel Coutinho, o percussionista Rafael Alberto e o baixista Neto Belotto, ambos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Belotto assina os arranjos das composições do repertório, ao lado do pianista Christiano Caldas.

O maestro diz que a Orquestra de Câmara tem um histórico de ligação com a música popular e sobretudo com artistas mineiros, como Milton Nascimento, Jota Quest, Skank e Flávio Venturini. “Por isso a gente quis continuar nessa linha de prestigiar os músicos daqui, mas não apenas os consagrados. Queremos também dialogar com essa música mineira que está sendo produzida agora”, afirma.

Vitor Santana diz que o repertório vai contemplar não só canções dos discos do Coladera, principalmente o segundo, La Dôtu Lado, como também músicas que não são do grupo. “Tem parceria minha com o Flávio Henrique, parceria do João Pires com a Brisa Marques, e o Neto criou uma suíte fantasia maravilhosa, que traz trechos de músicas do Coladera e trechos que ele compôs também. A suíte abre o concerto e é para deixar qualquer um impactado”, diz.

Trabalhando pela primeira vez ao lado de uma orquestra, o músico se diz impressionado com a dimensão que os demais instrumentos dão às composições. “Os arranjos colocaram a música em outro patamar. A gente percebe a essência do Coladera, mas com outra dimensão. A cada ensaio, a gente fica fascinado. Vai ser uma noite de gala.”

Felipe Vasconcelo afirma que promover uma interação maior entre o erudito e o popular sempre foi seu objetivo. “Somos uma orquestra de cordas, que é o instrumento mais versátil que existe. E ainda haverá a participação dos demais convidados, como o Rafael e o Neto. Por isso acredito que esse show vai ser diferente de tudo o que as pessoas já viram.”

PROJEÇÕES 

Não só a música promete surpreender a plateia. Como tem acontecido com outros trabalhos do Coladera, o audiovisual tem papel importante para o duo e estará presente no palco com projeções de Eduardo Zunza e o som de André Cabelo.
 
“São imagens que dialogam com a música, com o nosso conceito de unir Brasil, Portugal e África, e também mesclando o erudito com o popular e as novas tecnologias”, diz Vitor.

O terceiro disco do Coladera está sendo produzido, mas só deve ser lançado em 2021, na forma de um videoálbum. “As pessoas não querem apenas ouvir a música, mas vê-la também. Todas as faixas desse projeto vão ter trabalho audiovisual”, conta.
 
Enquanto isso, ele e João seguem se apresentando em países da região, como Colômbia. Em maio, eles voltam à Europa. “Este ano foi muito produtivo, porque não só rodamos pelo Brasil como participamos de muitos festivais importantes na Europa, na Dinamarca, Alemanha, Holanda, Portugal e no mais importante palco da música mundial, que é o Festival de Jazz de Montreux, na Suíça. Mesmo num momento complicado para o país e a cultura, os artistas brasileiros estão conseguindo se destacar lá fora e isso é muito importante”, afirma.

ORQUESTRA DE CÂMARA SESIMINAS E COLADERA
Nesta quarta (30), às 20h30, no Teatro Sesiminas – Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia (31) 3241-7181. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda na bilheteria e pelo site Tudus.




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