Nesses cinco anos, a australiana se tornou estrela polêmica do hip-hop dos EUA, acusada de se apropriar da cultura negra, racismo e de negligência em relação à complexa discussão de etnicidades na América. A rapper de Sydney, que se mudou para os EUA em 2006, não bombou nas paradas com seu novo trabalho. In my defense, lançado em abril, não passou do 50º lugar.
Confiante, diz que o período conturbado entre o álbum de estreia New classic (2014), que a pôs no topo do Bill Board Rap Chart, e o novo disco foi de aprendizado. “Quando algo acaba com sua confiança, você quer se levantar rapidamente e voltar a ser tão forte quanto antes. Por mais que quisesse voltar logo, fico feliz por esperar até estar pronta, até sentir que estava num lugar bom para lançar novas músicas. Tomei decisões de maneira clara, pensando em fazer um álbum de maneira mais coerente, o que provavelmente não aconteceria se tivesse apressado as coisas”, afirma.
Nesses cinco anos, ela saiu da gravadora Island Records e fundou a própria empresa, Bad Dreams, levando consigo as próprias masters. “Foi muito importante voltar a fazer um álbum de rap. Foi ali que comecei, é ali onde estão minhas raízes, é sobre isso o meu trabalho. Não quer dizer que não vá fazer música pop no futuro, porque amo. Mas é importante manter um equilíbrio”, afirma. “Gosto de misturar estilos. O que me deixa frustrada é que muitas pessoas só souberam quem eu era ouvindo minhas investidas no pop.”
Brasil
Iggy fará no Brasil sua única apresentação na América do Sul este ano. O show está marcado para 15 de dezembro, em São Paulo. Com uma parceria com Anitta (e a expectativa de que Pabllo Vittar esteja em seu próximo álbum), a rapper nega rusgas com a brasileira, apesar de rumores não confirmados pela dupla apontarem o contrário. “Não sei de onde isso veio. Nunca tive problema com ela, e realmente acho que ela nunca teve nenhum problema comigo. Foi mais uma disputa entre fãs”, alega a australiana. (Estadão Conteúdo)