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Estado de Minas CINEMA

Sequência de 'Malévola' envolve disputa pelo poder de influência

Cinco anos depois do sucesso do primeiro filme, sequência gira em torno do casamento de Aurora, que se tornará nora da rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer) e sacode as relações entre os reinados


postado em 19/10/2019 04:00 / atualizado em 18/10/2019 18:22

Angelina Jolie usa humor cortante e doses de maldade na relação com a enteada no novo longa(foto: Disney/Divulgação)
Angelina Jolie usa humor cortante e doses de maldade na relação com a enteada no novo longa (foto: Disney/Divulgação)

Criada debaixo das asas da protagonista de Malévola (Angelina Jolie), a jovem e acanhada Aurora (Elle Fanning), involuntariamente, vai desencadear o choque que movimenta a trama de Malévola – Dona do mal, em cartaz desde a última quinta (17) nos cinemas.
 
O longa foi lançado cinco anos depois de o primeiro título arrecadar, em escala mundial, bilheteria superior a US$ 760 milhões (R$ 3,1 bilhões). Na continuação, a humana Aurora, ante possível casamento, ouve da futura sogra (papel de Michelle Pfeiffer) frase que ameaça colocar em colapso a política de boa vizinhança de reinados: “De agora em diante, considero Aurora como uma assumida das minhas (propriedades)”.

Sucesso nas mãos do à época diretor estreante Robert Stromberg, Malévola se tornou a oitava maior bilheteria no mercado de cinema dos Estados Unidos, em 2014. Daí a expectativa pela sequência, cuja direção desta vez ficou com o norueguês Joachim Ronning, um dos codiretores da aventura Piratas do Caribe – A vingança de Salazar (2017) e responsável por dois episódios da série Marco Polo. A rainha Ingrith (Pfeiffer) se constitui como ameaça e ainda elemento de atrito na convivência entre Aurora e Malévola, ambas sempre inseguras quanto aos laços maternais que estabeleceram.

Na nova trama, o ator Brenton Thwaites, que deu vida ao príncipe Phillip no filme de 2014, cede o personagem de galã para Harris Dickinson (do alternativo Ratos de praia). Pai do pretendente de Aurora, John (Robert Lindsay) vê, sem nenhum espanto, a conjuntura de traição armada por Ingrith. Um plano para a destruição de fadas está em curso.

Com data definida e inserido no enredo sob efeito de espécie de bomba-relógio, o casamento, a ser consumado em três dias, obriga Malévola, incapaz de ter traquejo social, ao contato com o grupo que tanto despreza: os humanos. Angelina Jolie cerca a relação com a enteada com doses de humor cortante e, claro, pontadas de maldade.

REFORÇO

O jogo de perversão e a disputa pela coroação de presença mais maquiavélica contrapõem Ingrith e Malévola. A protagonista ganhará reforço no páreo com a entrada de uma liderança de deserdados que vivem na floresta: uma entidade chamada Conall (Chiwetel Ejiofor). Muitas mudanças povoam, portanto, o filme, que vem apoiado pelo roteiro da animação da Disney de 1959 e que derivava de texto clássico assinado por Charles Perrault, criador de A bela adormecida.

Até um desfecho que acopla uma batalha épica entre reinados, o roteiro de Linda Woolverton (O Rei Leão), feito com a colaboração de Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster (Transparent), encampa temas como tolerância, as dificuldades de crescer (e consequentemente assumir as rédeas da vida), além de desenvolver um embate entre a esperança diante de situações de medo.

Malévola – Dona do mal traz na torcida pela felicidade de Aurora as presenças das fadas interpretadas por Juno Temple, Imelda Staunton e Lesley Manville, já vistas no primeiro filme. Criaturas selvagens criadas em computação gráfica também estão presentes. Uma mudança a ser sentida é a troca da figurinista veterana Anna B. Sheppard (Bastardos inglórios, A lista de Schindler) por Ellen Mirojnick (O rei do show, Minha vida com Liberace).



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