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Estado de Minas LITERATURA

Festival Literário Internacional 2019 homenageia poeta Adão Ventura

Terceira edição do evento bienal começa nesta quarta (25) na capital mineira e prevê 50 atividades gratuitas até domingo (29)


postado em 25/09/2019 04:00 / atualizado em 24/09/2019 19:14

O escritor Adão Ventura autografa 'Abrir-se um abutre ou mesmo depois de deduzir dele o azul', ao lado do também escritor Jaime Prado Gouvea, que lançou' Areia tornando em pedra', na Livraria Modelo, em 1970 (foto: Arquivo EM)
O escritor Adão Ventura autografa 'Abrir-se um abutre ou mesmo depois de deduzir dele o azul', ao lado do também escritor Jaime Prado Gouvea, que lançou' Areia tornando em pedra', na Livraria Modelo, em 1970 (foto: Arquivo EM)
Tendo como homenageado o poeta mineiro (de Santo Antônio do Itambé) Adão Ventura, autor de A cor da pele, entre outros, o Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH) começa nesta quarta-feira (25) sua terceira edição, que prossegue até domingo (29).
 
Nesse período, serão promovidas aproximadamente 50 atrações gratuitas, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Referência da Juventude e no MIS Cine Santa Tereza. O tema do FLI 2019 é “Do livro à voz: narrativas vivas”. A poeta Nívea Sabino e a ilustradora Marilda Castanha assinam a curadoria.

A programação inclui palestras, rodas de conversa, oficinas, saraus, narrações de histórias, exposições, espaço literário, lançamento de livros e sessões de autógrafos com escritores e escritoras independentes, mostra de cinema e literatura, biblioteca e intervenções urbanas. Entre as convidadas internacionais estão a argentina Anabella López, ilustradora e escritora, a italiana Cláudia Magnani, antropóloga e professora de literatura italiana na Fundação Torino, a chilena Cláudia Manzo e a colombiana Silvia Castrillón.

A homenagem a Adão Ventura, morto em 2004, inclui uma mesa dedicada ao poeta, com participação de Júlia Elisa, idealizadora do projeto Preta Poeta, e de estudiosos da obra de Ventura. “Na concepção do festival, ele veio como primeiro nome, porque a concepção de todo o evento tem como característica centrar nas pessoas que, tradicionalmente, têm uma invisibilidade”, diz Marilda Castanha.

VISIBILIDADE 

A curadora observa que, “ao mesmo tempo, temos como norte a questão da literatura oral. Quando trazemos à tona a homenagem a Adão, a menção honrosa à poeta, ensaísta e dramaturga Leda Maria e ao escritor, ativista indígena dos direitos humanos Ailton Lrenak, temos como foco central dar essa visibilidade e, ao mesmo tempo, dizer da importância da oralidade além do livro. São narrativas que estão para além do objeto livro. Isso sem querer, de forma alguma, tirar essa importância do livro ou da literatura. Vimos acentuar essa apropriação da palavra dentro da literatura. E da palavra falada também.”

A curadora oferece outros exemplos: “Teremos uma mesa que é a dos povos pataxó e maxacali. Com isso estamos dizendo da importância de esses povos registrarem a sua cultura de forma literária. Da mesma forma, quando trazemos a paraibana Maria Valéria Rezende (pedagoga e mestre em sociologia) e o escritor, roteirista e dramaturgo paulista Marcelo Rubens Paiva damos um foco importante, ainda mais neste momento que estamos vivendo, para dizer que ainda estamos aqui, resistindo e lutando contra a opressão e o autoritarismo”.

Outra mesa de destaque é a do Slam, que promoverá um encontro entre as campeãs e os campeões de todas as edições do Campeonato Brasileiro de Poesia Falada – Slam BR, desde a sua primeira edição, em 2014. “É um movimento que não só atrai, mas que está crescendo. É a voz de muitos jovens das periferias e das grandes cidades”, aponta Marilda.

O escritor pernambucano Marcelino Freire e a publicitária e escritora mineira Anna Maria Gonçalves participam da mesa “Das oralituras aos nossos quintais: a escrita para além do livro”. O nome dessa mesa faz “uma compilação de tudo o que pensamos para o festival”, diz a curadora. “Estamos firmando esse compromisso em relação tanto à oralidade quanto à literatura, além dessa coisa do pé no chão, do terreiro, do território, enfim, de tudo que estamos ameaçados de perder ou de nos retirarem. Ou seja, de nos tirarem esse direito da palavra, do território, da liberdade, impondo formas autoritárias. Estamos querendo dizer assim: Não, nosso festival será uma voz potente contra essas injustiças. Cada mesa que a gente pensou estará ligada um pedacinho com outra”.

FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DE BH (FLI/BH)

A partir desta quarta (25), às 18h, até domingo (29), no Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Avenida Afonso Pena, 1.377, Centro. De quinta (26), 9h, a domingo (29), oficinas no Parque Municipal e no Centro de Referência da Juventude (CRJ), na Praça da Estação, s/nº, Centro, e Mostra de Cinema, no MIS Cine Santa Tereza – Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza. Toda a programação é gratuita e pode ser vista no site https://www.fli.pbh.gov.br




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