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Novas possibilidades artísticas da fotografia

Artista plástica mineira Rosângela Rennó destaca a importância de se manter um olhar sensível em tempos frenéticos de compartilhamento e utilização de imagens via celulares


postado em 08/07/2019 04:07

Rosangela Rennó acredita que cada um tem um jeito de lidar com os processos da fotografia(foto: Toni Hafskensheid/Divulgação Artista )
Rosangela Rennó acredita que cada um tem um jeito de lidar com os processos da fotografia (foto: Toni Hafskensheid/Divulgação Artista )

 
Com milhões de celulares equipados com câmeras por todos os lados e incontáveis possibilidades de compartilhamento e utilização das imagens, a relação com a fotografia e suas possibilidades vem sofrendo uma acelerada revolução ao longo dos últimos anos. Porém, em meio a esse fluxo voraz, ainda há espaço para o olhar mais sensível, como o da artista plástica mineira Rosângela Rennó. No fim de semana, ela voltou à sua terra natal para encontro com integrantes do Programa Bolsa Pampulha e também com o público em geral, no Museu de Arte da Pampulha, onde novas possibilidades relacionadas à arte da fotografia foram discutidas.

“Não tenho resposta nenhuma. Simplesmente tento, através das minhas práticas artísticas, me organizar para conseguir interagir e compreender o mundo com essas imagens.”  Rennó é categórica ao expor a complexidade do assunto sobre o qual falou em palestra aberta ao público ontem. Reconhecida por uma obra que explora fotografias e imagens descartadas, seja de autores anônimos ou recolhidas em arquivos, para criar narrativas conceituais, desde pelo menos duas décadas antes do boom digital, ela entende o cenário atual com múltiplas possibilidades para o exercício artístico.

“Tenho esse princípio de economia no meu trabalho há muito tempo. Nasci analógica, talvez quem nasceu digital lide de outra forma. Mas tento me manter fiel a ele e isso significa tentar me mover com aquilo que já está mais ou menos exposto. Isso que me serve para entender as coisas e cada um tem um jeito de lidar com a questão”, argumenta Rosângela. Residindo atualmente no Rio de Janeiro, a belo-horizontina já teve obras expostas em pavilhões importantes da arte nacional, como o Masp e a Bienal de São Paulo, ao longo dos últimos 30 anos.

Na palestra de ontem, cujo tema foi  “Do arquivo à circulação das imagens e de volta para o arquivo”, ela falou de pelo menos dois de seus trabalhos: a exposição Foto Cine Clube Bandeirante: Do arquivo à rede, montada no Masp, em 2015, e Good apples / bad apples, seu mais recente trabalho, montado na galeria Cristina Guerra, em Lisboa. A coleção reúne uma série de fotografias retiradas da internet, de estátuas e outras representações do líder soviético Lenin, com intervenções feitas com imagens de maçãs e algumas palavras.

Sobre o momento de conversa com o público, Rosângela ainda diz “sou artista, não sou teórica. Só posso teorizar em cima daquilo que sei fazer. Não tem muita viagem, não. Falo sobre meu trabalho”. Quando em contato com o público, a artista diz ter dois questionamentos principais: “Por que continuar fazendo arte? e “Como enxergar a arte naquilo que não se apresenta como arte”. As respostas, segundo ela, variam com a experiência de cada um.

REFLEXÕES CONTEMPORÂNEAS No sábado, Rosângela teve um encontro com os integrantes do Programa Bolsa Pampulha sobre a construção de narrativas e reflexões a respeito da fotografia contemporânea e suas possibilidades. Realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pelo JACA – Centro de Arte e Tecnologia, o programa de residência artística tem o objetivo de promover e fomentar as artes visuais em Belo Horizonte. Segundo a diretora do JACA, Francisca Caporalli, a ideia de eventos como o de ontem é “aproximar os artistas da comunidade e aproveitar o Museu da Pampulha como um espaço de encontro”.

PROGRAME-SE

Arquipélago, de Victor Galvão, e Impulsos imitativos, de Élcio Miazaki (exposições do Edital de Ocupação de Fotografia da Fundação Clóvis Salgado)
Até 14 de setembro, na CâmeraSete – 
Casa da Fotografia de Minas Gerais (Avenida Afonso Pena, 737, Centro). Horário: de terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingos, das 17h às 21h. Entrada franca.

Cidade palimpséstica
Até 4 de agosto, na Sala Experimentação da Imagem do Centro Cultural da UFMG (Avenida Santos Dumont, 174, Centro). Horário: de terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados e domingos, das 10h às 18h.
Entrada franca.

O afeto do olhar, de Carlos Wolney
Até 4 de agosto, na Sala Ana 
Horta do Centro Cultural da UFMG (Avenida Santos Dumont, 
174, Centro). Horário: de terça 
a sexta-feira, das 10h às 21h; 
sábados e domingos, das 10h às 18h. Entrada franca.


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