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Um filme e dois Darín

Estreia em agosto o primeiro longa em que Ricardo e Chino, pai e filho, atuam juntos. Eles produziram o filme baseados no livro La noche de la usina, de Eduardo Sacheri, autor de O segredo de seus olhos


postado em 18/04/2019 05:06 / atualizado em 18/04/2019 13:54

Ricardo Darín em Cannes, em maio passado, onde acompanhou a estreia de Todos já sabem, de Asghar Fahradi, na competição pela Palma de Ouro(foto: ALBERTO PIZZOLI/AFP)
Ricardo Darín em Cannes, em maio passado, onde acompanhou a estreia de Todos já sabem, de Asghar Fahradi, na competição pela Palma de Ouro (foto: ALBERTO PIZZOLI/AFP)



Em agosto, deve chegar aos cinemas o primeiro filme em que Ricardo e Chino Darín atuam juntos. Pai e filho hoje têm uma produtora. E se envolveram nesse projeto desde a concepção do roteiro, segundo conta Chino. A campanha de divulgação está prevista para começar em breve. E só aí serão divulgados o título e as primeiras imagens do longa.

Chino contou ao Estado de Minas que a direção é de Sebastián Borensztein, com quem Ricardo Darín trabalhou em Um conto chinês e Kóblic e que é “um grande amigo da família”. A história é baseada no premiado livro de Eduardo Sacheri La noche de la usina, sobre um grupo de amigos que se insurgem contra o confisco de dinheiro por parte do governo ocorrido em 2001 na Argentina, episódio que ganhou o nome de “corralito” e derivou na crise que derrubou Fernando de la Rúa da Presidência do país. Sacheri é autor também de O segredo de seus olhos, levado ao cinema por Juan José Campanella (2009), com Ricardo Darín e Soledad Villamil como protagonistas.

“A produção tem que necessariamente se adaptar às condições de jogo em que encontra. A situação na Argentina é instável e, às vezes, desfavorável. O importante é tentar sobreviver”, afirma Chino Darín. O ator e produtor diz que, “nesse caminho de sobrevivência, rodamos um filme numa situação econômica muito desfavorável no fim do ano passado”. A Argentina tem recorrido seguidamente ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para equilibrar suas contas e conter a crise econômica.

“Nós nos esforçamos para filmar nas melhores condições possíveis, cientes de que o momento não era amistoso nem propício. Mas isso depende também da confiança que você tem num projeto. Num contexto nada favorável, tivemos uma filmagem idílica. É o primeiro filme que meu pai e eu produzimos e no qual atuamos juntos”, diz Chino.

 

Assista a um teaser do filme, divulgadonesta quarta (17) pela Warner:

 

 

 Avaliando o panorama mundial de produção, Chino diz: “Tenho a sensação de que cada vez se produz mais no mundo. Às vezes parece que a contrapartida é que cada vez menos as pessoas vão ao cinema, o que não é verdade. Na realidade, esse mercado está cada vez mais concentrado nos grandes lançamentos e o espaço para nós, produtores independentes, fica dia a dia menor. Mas vamos lutar por ele”.

Recentemente, o ator argentino usou seu Twitter para festejar a volta às salas de cinema do longa espanhol produzido pela Netflix (e já disponível na plataforma) Durante a tormenta, no qual atua. Chino tuitou que era possível ver o filme nas salas, “como deve ser”. Questionado pela reportagem se isso significa uma tomada de posição no debate atual sobre o papel da Netflix na produção audiovisual, considerado por muitos como letal às salas de cinema, ele diz se tratar de um caso específico, não de uma opinião geral.

“A produção da Netflix é minoritária nesse projeto. Claro que foi um filme pensado para, em algum momento, chegar à plataforma de streaming, mas o plano é que ele fosse visto primeiro no cinema. É uma produção com imagens e áudio espetaculares. Houve um grande esforço para isso, e eu acho que ver um filme desses no lugar apropriado é o correto. Durante a tormenta estreou nos cinemas na Espanha em novembro passado e, por razões alheias ao filme, ficou muito poucas semanas em cartaz. Foi então para a Netflix e muita gente começou a recomendar o filme em suas redes sociais. Estreou na China e estava batendo recordes nas salas. E agora está voltando aos cinemas na Espanha. Eu achava triste que esse filme tivesse passado em brancas nuvens pelos cinemas. Meu tuíte foi um convite às pessoas para vê-lo no cinema. Não quero dizer que não se deva vê-lo na Netflix.”


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