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Estado de Minas

Dicas de português


postado em 14/04/2019 05:09

Recado
“A moda é linguagem instantânea.”

Miuccia Prada
De vacas e vacinas
Sai ano, entra ano, a história se repete. Todos são convocados para vacinar-se. Xô, gripe! A campanha começou na quarta. Vai até 31 de maio – tempo suficiente pra ninguém ficar de fora. A expectativa: 58 milhões de pessoas devem conjugar o verbo prevenir. Embora seja irregular, ele é mais fácil que remediar. Corramos, pois, aos postos de saúde. De quebra, uma curiosidade. O que a vacina tem a ver com a vaca? O nome. O trissílabo vem do latim vaccina. Quer dizer “da vaca”. A história é antiga. Em 1796, o médico inglês Edward Jenner clinicava em Berkeley. O danado vivia de olho nas moças que ordenhavam as vacas. No espia-espia, observou que elas contraíam varicela ou catapora. Mas não pegavam varíola. Teve uma ideia. Preparou uma cultura de varicela com o material das mãos de uma das trabalhadoras. Inoculou-a num garoto de 8 anos. Semanas depois, inoculou o vírus da varíola. O menino não pegou a doença. Viva! Estava descoberta a vacina.

Vem, imunização
Olho vivo! Para obter 100% de eficácia, uma condição se impõe. Use a preposição correta. A vacina é contra a gripe, contra a tuberculose, contra a hepatite etc. e tal.

Patinete
Quem diria! Brinquedinho dos tempos da vovó ganham as ruas de São Paulo. Adultos e crianças circulam de patinete. A moda levantou uma dúvida. A palavra é feminina ou masculina? Quem responde é o dicionário. O Aurélio diz que é feminina. O Michaelis jura que é masculina. E daí? Ambos os gêneros têm o aval do dicionário. Você escolhe: Comprou a patinete para dar de presente à filha. De quem é esta patinete? Desde pequeno, descobri o prazer que o patinete proporciona.

Mesmo time
Omelete rima com patinete. E é igual na generosidade. A palavra aceita o feminino. E não se opõe ao masculino. Com a delícia, a alternativa é acertar ou acertar: Comi uma omelete no café da manhã. Pedi um omelete para jantar.

Socorro!
Que coisa! Ver as ruas do Rio alagadas deixou os brasileiros tristes. A ex-capital do Brasil se afogou em rios formados pela água da chuva. Dez pessoas morreram. Algumas ficaram feridas. Muitas perderam casas, roupas e móveis. A tragédia foi notícia em jornais, rádios, tevês e internet. Aqui e ali ouvia-se ou lia-se a frase: “Fulano foi socorrido para o hospital mais próximo”. Ops! A regência gemia de dor. Dava-se a socorrer a regência de encaminhar. Nada feito. Um verbo é um verbo, outro verbo é outro verbo. Melhor: O fulano foi encaminhado para o hospital mais próximo. Mas foi socorrido no hospital.

Conselho
“Para quem não esqueceu as aulas de gramática do ensino fundamental, os verbos paradigmas são três: amar, vender e partir. Na vida profissional, a lição continua a mesma: amar a empresa como se fosse a única, vender o peixe com sabedoria e partir para outra no momento certo.” (Max Gehringer)

Leitor pergunta
Não gosto do eufemismo “a melhor idade”. Ele me cheira preconceito. Estou certa?
Gladys Maria, Boa Vista

Não existem palavras inocentes. Muitas sugerem mais do que dizem. Há as que machucam. As impiedosas carregam tal carga de preconceito que a simples referência a elas fere mais que punhaladas. Que tal ser gentil? Em vez de aidético, diga pessoa com HIV. Em lugar de bêbado, prefira alcoólatra ou alcoólico. Leproso e mongol? Nem pensar. Fique com pessoa com hanseníase e pessoa com síndrome de Down. Melhor idade? É preconceito. Diga idoso ou a idade: 65 anos, 80 anos, 100 anos.


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