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Teste do olhinho


postado em 13/04/2019 05:05

Essa mania de dar nomes de cores a campanhas de saúde deve ter alguma serventia, de outra forma seria uma simples e pura tolice. De qualquer forma, de câncer à cegueira, não são poucas as campanhas “coloridas”. Em abril, a cor é o marrom, que identifica a campanha nacional de combate à cegueira, movimentando a comunidade oftalmológica do país e esbarrando em um grande obstáculo: o teste do reflexo vermelho, popularmente conhecido como teste do olhinho, que só é obrigatório no Distrito Federal e em 16 estados.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, de São Paulo, o exame deve ser feito logo após o parto para checar a presença de catarata, glaucoma, retinoblastoma (tumor no olho) ou retinopatia da prematuridade em bebês prematuros. “Todas essas doenças são congênitas, ou seja, manifestam-se desde o nascimento e respondem por 70% dos casos de perda da visão na infância” afirma.

Por isso, o teste do olhinho é uma importante ferramenta de prevenção da cegueira infantil. O exame consiste em direcionar para a menina do olho do bebê um oftalmoscópio, equipamento semelhante à lanterna com lente refletora. Quando o reflexo é vermelho e contínuo, indica que todas as estruturas oculares estão íntegras. “Se o reflexo for esbranquiçado ou descontínuo, sinaliza que a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista para que possa receber o tratamento correto”, ressalta.

Queiroz Neto afirma que o teste do olhinho tem baixo custo, mas diversos projetos de lei com a proposta de estender a obrigatoriedade do exame a todo o território nacional vêm encontrando dificuldade de aprovação no Congresso Nacional. A boa notícia é que, no caso de famílias sem plano de saúde ou que moram em estados onde o exame não é obrigatório, os pais podem fotografar do olho do recém-nascido com o celular e encaminhar a um especialista do serviço oftalmológico mais próximo credenciado ao SUS. Enquanto a mãe segura a cabeça do bebê e abre as pálpebras de um olho, depois do outro, a foto pode ser tirada com flash em um quarto escurecido, posicionando-se o celular a 30 centímetros do olho. Se o reflexo da foto não for avermelhado ou apresentar algum desvio, a criança deve ser levada o quanto antes para consulta oftalmológica.

O oftalmologista afirma que a maior causa de perda da visão na infância é a catarata, opacificação do cristalino que precisa ser operada nos primeiros meses de vida, principalmente quando atinge os dois olhos simultaneamente. Algumas crianças só são diagnosticadas mais tarde e, por isso, vão passar a vida toda sem enxergar. Queiroz Neto explica que nem sempre a catarata congênita afeta os dois olhos. Está geralmente relacionada a doenças infecciosas, como toxoplasmose, rubéola ou outras contraídas pela mãe na gestação. O importante é nunca desistir de cuidar da visão.

A primeira consulta na infância deve ser feita aos 3 anos, quando os pais não usam óculos, e aos 2, quando usam. O glaucoma na infância tem as mesmas características da doença entre adultos – aumento da pressão interna do olho e lesões no nervo óptico. A maior diferença é a necessidade de operar praticamente todos os casos na infância. As causas podem ser hereditariedade ou infecções durante a gravidez.
A retinopatia da prematuridade está em ascensão na infância por causa das gestações precoces entre adolescentes. Atinge 30% dos bebês prematuros, é caracterizada pelo crescimento de vasos na retina que podem provocar seu deslocamento, é mais prevalente entre os nascidos com menos 1.500 gramas ou antes da 32ª semana de gestação. O tratamento é feito com aplicação de laser de argônio ou diodo que coagula os vasos sob anistia local.

As principais recomendações de Queiroz Neto durante a gestação para evitar as doenças congênitas no bebê são: lavar bem verduras, frutas e legumes, manter as mãos limpas, conferir a carteira de vacinas, especialmente se tomou a segunda dose da vacina de rubéola antes de engravidar, e evitar as aglomerações.


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