(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

'Nós' é novo filme de terror inteligente do diretor de 'Corra!'

Jordan Peele volta ao gênero e ao propósito de explorar as razões mais profundas do medo, com a história de uma família perseguida por seus próprios duplos. Longa estreia nesta quinta (21)


postado em 21/03/2019 05:13

Os Wilson %u2013 Gabe (Winston Duke), Zora (Shahadi Wright Joseph), Jason (Evan Alex) e Adelaide (Lupita Nyong%u2019o) %u2013 veem suas férias se transformarem num pesadelo em Nós, que estreia nesta quinta (21) (foto: JESSICA QUINALHA/DIVULGAÇÃO)
Os Wilson %u2013 Gabe (Winston Duke), Zora (Shahadi Wright Joseph), Jason (Evan Alex) e Adelaide (Lupita Nyong%u2019o) %u2013 veem suas férias se transformarem num pesadelo em Nós, que estreia nesta quinta (21) (foto: JESSICA QUINALHA/DIVULGAÇÃO)


Ganhar um Oscar logo no primeiro longa é um reconhecimento para poucos até hoje, em 91 anos da premiação. Mais do que conquistar esse feito no ano passado – pelo roteiro de Corra! – o também diretor e produtor Jordan Peele se tornou uma esperança de renovação em Hollywood, em tempos de crise de originalidade nas produções e da representatividade negra em grandes produções. Peele foi também o primeiro negro a vencer na categoria de melhor roteiro original, o que só fez aumentarem as expectativas em torno de seu segundo longa, Nós, que estreia nesta quinta-feira (21) nos cinemas. Assim como seu antecessor, o longa segue a linha de suspense e terror, com uma história que propõe ao espectador também refletir sobre as questões por trás de seu medo.

Não faltam ao filme – que Peele também escreveu e produziu, assim como o anterior – cenas apavorantes, tanto pelos recursos de terror psicológico quanto por sequências de ação, perseguição, violência e tensão. Sem monstros, espíritos ou fantasmas, o cineasta mostra, novamente, que o próprio ser humano é o ator principal do medo. A personagem central é Adelaide Wilson, interpretada pela oscarizada Lupita Nyong’o (12 anos de escravidão). Na infância, em 1986, Adelaide passou por uma experiência traumática e misteriosa em um parque de diversões no balneário californiano de Santa Cruz, conforme é mostrado nas primeiras cenas do filme. Trinta e três anos depois, ela retorna ao local, acompanhada da família, formada pelo marido, Gabe (Winston Duke), a filha Zora (Shahadi Wright Joseph) e o caçula Jason (Evan Alex).

Porém, revisitar o local trouxe à tona um presságio de que coisas horríveis poderiam ocorrer novamente. E, de fato, elas acontecem, quando uma família fisicamente idêntica, mas de origem sombria, aparece na porta da casa de veraneio dos Wilson, com motivações aterrorizantes ligadas ao episódio passado. Os “sósias” são interpretados pelos mesmos atores, tornando as cenas ainda mais perturbadoras, especialmente pela outra personagem de Lupita, que assume nova voz e expressões.

OPOSTOS

“Elas são muito diferentes, diametralmente opostas uma à outra, mas eles também estão conectados, então tive que ir a alguns lugares escuros dentro de mim para encontrar a sósia”, disse a atriz, em entrevista concedida na semana passada a Ellen DeGeneres, no programa televisivo da apresentadora norte-americana. Ela ainda confidenciou que era necessário “tirar uma soneca” entre as gravações de cada uma e falou que “pularia de um penhasco” por Jordan Peele, por ser “loucamente apaixonada” pela mente dele.

Diferentemente do que ocorre em Corra!, as tensões raciais não estão no plano principal. No entanto, além de prender a respiração e tomar alguns sustos, também é possível pensar em questões importantes ao assistir a Nós. “Não é sobre raça. É, em vez disso, sobre algo que sinto que se tornou uma verdade inegável: o simples fato de sermos nossos piores inimigos”, disse Peele à revista The Hollywood Reporter. Apesar disso, alguns contrapontos são colocados com ironias sutis, em momentos mais cômicos, que mostram, por exemplo, a amizade que os Wilson têm com uma família branca coadjuvante, que também passa o verão no local.

Ainda que não fale diretamente sobre racismo desta vez, o cineasta não abre mão do protagonismo dado a personagens e artistas negros, em sua proposta de um terror ao mesmo tempo assustador, divertido e socialmente relevante. “Era muito importante para mim ter uma família negra no centro de um filme de terror. Eu me dediquei muito a criar uma nova mitologia de horror e um novo monstro. Acho que monstros e histórias sobre monstros são as nossas melhores maneiras de chegar às verdades mais profundas e enfrentar nossos medos como uma sociedade”, declarou Peele.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)