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Dicas de português


postado em 20/03/2019 05:06

Recado
“Duas pessoas nunca leem o mesmo livro.”
  Edmund Wilson

Mim faz e acontece?
Nãooooooooooooo!

Eu ou mim? Hum… a dificuldade não é só sua. Advogados, jornalistas, professores, todos têm dúvida. Até os charmosos galãs de novelas trocam os pronomes. E daí? O jeito é lembrar-se das velhas aulas de gramática. O professor, sério e altivo, explicava cheio de saber:  – O pronome mim detesta ficar só. Anda sempre de mãos dadas com a preposição.  O mestre (graças a Deus!) obrigava os alunos a decorar as preposições. São poucas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, tras.  Veja exemplos do mim acompanhado: Gosta de mim. Telefona para mim. Falou sobre mim. Dirigiu-se a mim. Luta contra mim. Chegou até mim. Confirmou tudo perante mim. Faz tudo por mim.     

A vez do eu     
O eu é autossuficiente. Todo-poderoso, escolheu para si a função de sujeito. Nunca abre mão dessa tarefa. Desavisados tentam enganá-lo. Aí a tragédia é total. Perdem o emprego, a namorada, pontos no concurso. Ficam sós, tristes e arrependidos.  Como evitar o dramalhão? Muito fácil. Lembre-se de que só o eu – só o eu mesmo – pode funcionar como sujeito. Veja: Este livro é para eu ler (quem lê? Eu, sujeito). Pediu para eu responder à carta (quem responde? Eu, sujeito). Deixou os filhos para eu cuidar (quem cuida? Eu, sujeito).

Dica infalível  
Se o pronome estiver seguido de verbo, não tenha dúvida. Use eu. Se não, é vez do mim. Compare: Mandou uma carta para mim. Mandou uma carta para eu responder. Sugeriu um trabalho para mim. Sugeriu um trabalho para eu fazer. Mandou a conta para mim. Mandou a conta para eu pagar. Nada existia entre mim e você. O caso de amor era entre mim e o Adalberto.     

Coisa de índio  
Viu? Mim nunca funciona como sujeito. Nunca? Só na língua dos índios: mim trabalha, mim caça, mim pesca.

Chuvas de março
Chove de norte a sul do Brasil. São as águas de março fechando o verão. Mas São Paulo está sendo especialmente castigada. Alagamentos, enxurradas, enchentes, queda de árvores e perda de vidas são constantes no quadro dramático. A repórter Cíntia Cardoso escrevia sobre o assunto. Ficou curiosa ao observar duas palavras – enxurrada e enchente. Por que uma se grafa com x e a outra com ch?
Cíntia, trata-se de uma das poucas regras de grafia. Depois de en, dê passagem ao x. Assim: enxoval, enxame, enxada, enxergar, enxaqueca, enxaguar, enxerto, enxugar, enxofre, enxurrada.
Há exceções? Não. O que existe é regra que fica acima de todas as outras. Ei-la: a família acima de tudo. Diante dela, cessa tudo o que a musa antiga canta. A palavra derivada mantém-se fiel à primitiva – sem choro nem vela: cheio (encher, enchente), charco (encharcado), chapéu (enchapelar), chocalho (enchocalhar).

Lá do Japão
Karaokê ou caraoquê? Existe a forma portuguesa caraoquê. Fique com ela. A japonesinha quer dizer espaço vazio. Trata-se de casa noturna em que os clientes podem cantar acompanhados de músicos ou gravações. A voz deles preenche o vazio do espaço.

Leitor pergunta
Pode explicar a concordância de mil, milhar e milhão? O trio sempre me confunde.

Selina Marques, São José de Ribamar   

Preste atenção à classe gramatical das palavras. Uma pertence ao time dos numerais. Duas, aos dos substantivos. Vamos lá? 1. Milhão é substantivo masculino. O numeral ou o adjetivo que o modifica deve concordar com ele: dois milhões de pessoas, duzentos milhões de estrelas, o milhão de dólares. E a concordância? Prefira a concordância do verbo com a coisa expressa, não com o número: Um milhão de pessoas estavam presentes ao comício. 2. Com milhar, outro substantivo masculino, a regra é idêntica: dois milhares de laranjas apodreceram. 3. O numeral mil, por não ser substantivo, recebe tratamento diferente: Duzentas mil pessoas acompanharam o enterro do astro. Duas mil crianças participaram do projeto do programa de alimentação escolar.


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