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"Gosto de fazer festa!"


24/02/2019 05:09



O amor de Franklin Bethônico pelos filmes está em todos os cantos da cobertura onde ele mora, na Savassi. Na sala de cinema, duas estantes guardam dezenas de DVDs com clássicos, aventuras e musicais. Na mesa de centro, outra dezena de livros. Destacam-se a coleção Cine de los 20, 30, 40 e 50, de Jurgen Muller; o livro 70 years of the Oscar – The official history of the Academy Awards, de Robert Osborne; Oscar awards, de Francisco Alves Pereira Filho; e Guia ilustrado do cinema, de Ronald Bergan. “O cinema sempre foi uma grande paixão”, derrete-se o empresário, que esta noite promove a 25ª edição de sua Festa do Oscar.

O encontro ocorrerá no Automóvel Clube, do qual o empresário é diretor social há quatro gestões. Apesar da admiração pelo clube (é sócio desde os anos 1980), Franklin acredita que será a última gestão dele antes da eleição marcada para abril de 2020.
Ao comentar a entrega do Oscar, ele tem como favorito Bohemian rhapsody, do diretor Bryan Singer. “Rami Malek ficará com a estatueta de melhor ator”, aposta. O empresário acredita que a disputa será apertada: “Todos os filmes concorrentes são muito bons.”

Apesar de torcer pela cinebiografia da banda Queen, ele diz que todos os concorrentes são importantes pela revelância dos temas que abordam. Cita Infiltrados na Klan e Green book: o guia, “sobre o preconceito racial”. e Pantera Negra, “que reúne elenco negro, e é ótimo. Roma, observa Franklin, é importante “por abrir o caminho da Netflix, rede de streaming, na busca pelo prêmio mais esperado da indústria cinematográfica”. Já Nasce uma estrela “é a nova versão de grandes filmes que tiveram como estrelas Judy Garland e Barbra Streisand. Agora, brilha com Lady Gaga.”



COM A PALAVRA Franklin Bethônico, empresário

Como surgiu seu interesse por cinema?

Minhas primeiras lembranças de uma sessão de cinema vêm da infância, no Cine Itabira, em Itabira, onde nasci. Frequentava quase todas as sessões, muitas vezes acompanhado por minha irmã, Noris, que hoje mora em Brasília. O engraçado é que em alguns filmes de faroeste, o público acompanhava o trote dos cavalos batendo os pés, com ritmo, no piso da sala. Como era de madeira, parecia que a cena acontecia por ali.

Na adolescência, você se mudou para Belo Horizonte com seus pais, Inês e Diogo Bethônico. Como a capital influenciou sua admiração pela sétima arte?

Quando tinha 14 anos, já estávamos instalados em nossa casa na Avenida Bia Fortes. Comecei a frequentar os cines Brasil e o Metrópole, onde o início das sessões era marcado pela mudança da cor da iluminação da sala. Era uma beleza. Anos mais tarde, mudei-me para a Rua Costa Rica, no Sion. Foi lá que comecei a organizar, de forma informal, as reuniões com amigos que, como eu, são fãs de cinema e adoram Oscar. Assistiamos em uma televisão, aparelho muito grande para aquela época. Gosto de fazer festa. Mas, na verdade, como a entrega da estatueta da Academia sempre ocorreu perto do meu aniversário, preferia reunir os amigos para ver a festa de Hollywood a comemorar meu aniversário.

Você, festeiro famoso, não gosta de comemorar seu aniversário?

Nunca gostei. No meu aniversário, prefiro viajar.

Quando surgiu a ideia de levar a festa do Oscar para outros lugares de Belo Horizonte?

Nossos encontros se transformaram em sucesso, atraindo pessoas interessadas em acompanhar a transmissão lá em casa. Ronaldo Brandão, um grande amigo que sempre esteve a meu lado, foi um grande incentivador. Com apoio dele, fizemos a primeira edição em um antiquário no Gutierrez. Daí em diante, não paramos. A cada ano, nossa preocupação era não repetir o endereço. Já levamos o Oscar para o Iate Tênis Clube, Museu das Artes e Ofícios, o próprio Automóvel Clube, a cobertura onde moro e para o prédio onde funcionou o Centro Mineiro de Danças Clássicas. Mas nenhuma das festas foi tão marcante quanto aquela que realizamos na Casa do Conde de Santa Marinha.

Além de preferir não repetir endereços, quais são as outras características de sua Festa do Oscar?

Sempre fiz questão de criar pequenos números musicais. Em 2000, por exemplo, o cantor Wellington Nascimento interpretou Elvis Presley; o ator Paulo Aquiles, Frank Sinatra; e o bailarino Alessandro Garcia, Gene Kelly. No ano seguinte, nossa homenagem foi para Marilyn Monroe (Ana Ester Della Croce) e Jane Russell (Carmen Bethônico). O filme Moulin Rouge serviu de inspiração para o número coreografado por Daniela Figueiredo e Eliana Batista, do Centro Artístico de Danças. Em 2011, o foco foram as canções italianas, interpretadas por Remo Peluso, e as canções espanholas, por Mercedes Recoder.

Quais serão as atrações da edição deste domingo, que volta ao Automóvel Clube?

Vamos receber a atriz Nilmara Gomes, interpretando Lady Gaga, e Johnny Klein como Fred Mercury. Dois grandes talentos. Nilmara fez o papel da grande atriz mineira Wilma Henriques na peça Espelho, de Jair Raso. E Johnny é ótimo tenor.

Há 10 anos você é diretor social do Automóvel Clube. Por quanto tempo mais pretende ficar no cargo?

Entrei a convite de Vicente Amorim. Ele havia sido eleito e, sabendo que eu gostava de festas, me chamou para um cargo que até então não existia. Como sou sócio há muitos anos do Automóvel Clube e tenho amor pelo clube, aceitei. Fizemos festas lindas, como algumas edições do baile de debutantes. A convite de Paulo Henrique Vasconcelos, sucessor de Vicente, continuei no cargo e passei também pela administração de Alberto Ramos Freitas. Agora estamos na gestão do filho dele, Alberto Ramos Freitas Filho. Esta deve ser a minha última gestão antes das próximas eleições, marcadas para abril de 2020. Acredito ter dado minha contribuição ao clube. Conseguimos nos adequar a algumas situações. O réveillon, por exemplo, que já foi um evento de porte, perdeu grande parte do público, que optou por festas no litoral ou viagens para o exterior. Os tempos mudaram, os costumes também. Ano passado, trocamos o réveillon pela confraternização de fim de ano, realizada na segunda quinzena de dezembro. Foi um sucesso, com casa cheia.

O adeus ao clube é definitivo?

Se me convidarem a ficar, fico.


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