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Painel perdido


postado em 12/02/2019 05:08

Obra de Fernando Pacheco, que ficava instalada no aeroporto de Confins(foto: Fernando Pacheco/Divulgação )
Obra de Fernando Pacheco, que ficava instalada no aeroporto de Confins (foto: Fernando Pacheco/Divulgação )

Quem frequenta o aeroporto de Confins percebe como o espaço ficou bom depois que as obras terminaram. O novo terminal internacional começou a funcionar em janeiro de 2017 e é gratificante ver como o espaço melhorou, tanto em tamanho quanto em conforto e infraestrutura. Durante um período, a ausência de uma livraria foi sentida porque fecharam a antiga loja e demoraram bastante a assinar o contrato com uma nova empresa. O problema já foi resolvido.

Mas o que o público belo-horizontino está sentindo falta – pelo menos os mais interessados em arte – é do gigantesco painel do artista plástico Fernando Pacheco, que adornava a parede próxima ao antigo desembarque internacional. É difícil dizer a localização exata, diante de tamanha reforma sofrida no local, mas todos que circulavam por lá passavam pela obra.

Segundo o artista, o painel foi retirado durante a reforma e nunca mais foi recolocado. O mais preocupante é que Fernando Pacheco não consegue informações de onde guardaram sua obra. Quando foi feito o acordo da criação e entrega do painel, a Infraero – representante do Aeroporto Internacional Tancredo Neves – assinou um termo de doação acompanhada da empresa Zigma Serviços Aduaneiros e Pacheco, com a normas e cuidados sobre a obra e sua exposição.

O painel de 16 metros de comprimento por 1,60 metro de altura foi patrocinado pela Zigma, ou seja, a empresa pagou os custos da confecção do trabalho,  como telas, tintas e transporte, e Fernando doou para a Infraero. No termo de doação está estabelecido que a obra de arte deve ficar exposta no terminal de desembarque internacional, enquanto o aeroporto estiver em atividade, e, caso fosse necessária a remoção do painel, o artista deveria ser comunicado para, em comum acordo, definir outro local de instalação no referido aeroporto. Realmente, a BH Airport informou ao artista da retirada do painel para reforma do espaço.

Intitulada Voar, a obra de Pacheco foi inaugurada em junho de 2006. Porém, em meados de 2016, a BH Airport retirou o painel por causa da reforma do prédio e até hoje não fez sua reinstalação em local visível. Apesar de Fernando Pacheco já ter feitos inúmeros pedidos para ver sua obra, ninguém informa onde está guardado seu trabalho e nem mesmo quando retornarão a expô-lo. O artista está preocupadíssimo, e com toda razão, porque não se sabe se as telas (são oito de 2m por 1,60m), estão acondicionadas corretamente. É imperioso que digam onde está guardado o painel e levem o artista até ele.

Fernando Pacheco não teve outra saída senão acionar a Infraero judicialmente. A defesa da empresa alegou não ter mais nada a ver com isso, porque a administração do aeroporto não é mais deles. Uma resposta assim é estarrecedora. Imaginem: a empresa que controla toda a operação de aviação do país, e que detém 49% das ações do aeroporto de Confins, responder, na maior cara de pau, que não tem nada a ver com isso. É no mínimo curiosa essa defesa. Claro que o juiz não engoliu essa “conversa mole”.

Atitude como essa é no mínimo um grande descaso com a arte mineira. Nossa torcida é para que o bom senso e o respeito da concessionária falem mais alto e eles retornem com o painel. Basta acordar com Fernando Pacheco um outro local. Sabemos que lojas e restaurantes são importantes tanto para atender os usuários quanto para trazer dinheiro para os investidores, mas o que mais tem ali é espaço. Não colocaram um painel enorme com o dicionário do mineiro, que é muito legal? Então, basta querer que vão encontrar um bom lugar para arte mineira. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)


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