Depois de tantos dias de troca de presentes e de desejos explícitos de felicidade, não há como guardar no peito a certeza de que a partir de agora as coisas irão mudar para melhor.
Sim. Está tudo encaminhado para dar certo na política, na evolução tecnológica e na boa convivência entre todos.
Já não era sem tempo para que essas mudanças acontecessem, porque parece que todo mundo está cansado de tantas confusões promovidas pelos humanos.
Não se pode negar que muito disso está ligado ao velho confronto entre o ter e o ser, que atravessa milênios e interfere no relacionamento das pessoas e dos países.
O fim de ano poderia muito bem servir de exemplo para o projeto de construção de um verdadeiro período fantástico de confraternização entre os seres humanos, além da concretização de sonhos tão ansiados por todos no ano que vem.
O pessimista diz que “a chuva resultará em lama”. O otimista diz que “a chuva assentará a poeira e será fundamental para a safra que vem”. Como afirmava Shakespeare, tudo não passa de sonhos de uma noite de verão. Para os antigos navegantes portugueses, “navegar é preciso, viver não é preciso”.
Cada vez mais, é preciso realmente navegar no sentido duplo da expressão “viver não é preciso”. O mágico dessa expressão é que, realmente, ela faz parte do Brasil – como aventura ou como karma.
É torcer para que o país se afirme de uma vez por todas no avanço da tecnologia e na clarividência de novas ideias, na luta para encontrar um rumo e nunca mais ficar no atraso político e racional que sempre nos dominou.