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Estado de Minas NA FINLÂNDIA

Cães farejadores são treinados para detectar pessoas com COVID-19

Estudo aponta que animais podem notar variação no odor do suor liberado por infectados pelo novo coronavírus antes do surgimento de sintomas


25/09/2020 18:49 - atualizado 25/09/2020 18:57

Uso do olfato de cães para detectar doenças, como alguns tipos de tumor, já era pesquisado antes da pandemia(foto: ANTTI AIMO-KOIVISTO/AFP)
Uso do olfato de cães para detectar doenças, como alguns tipos de tumor, já era pesquisado antes da pandemia (foto: ANTTI AIMO-KOIVISTO/AFP)
Além auxiliar em resgates e denunciar o tráfico de drogas, os cães farejadores ganharam uma nova função na pandemia. Na Finlândia, esses animais estão sendo treinados para delatar pessoas com COVID-19. E, de acordo com os pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Helsinque, os cachorros podem descobrir a presença do novo coronavírus antes mesmo de o doente manifestar sintomas.

Os cientistas acreditam que a doença provoca uma mudança no suor que é imperceptível para os humanos, mas que pode ser sentida pelo olfato aguçados dos cachorros.

Assim, os pesquisadores, em parceria com a Wise Nose, organização finlandesa especializada em detecção de cheiros, treinaram dezesseis animais para que pudessem distinguir e alertar os adestradores sobre a presença da COVID-19.

Durante os ensaios, diferentes amostras de odor eram apresentadas aos cães. Quando os animais cheiravam o resultado de um teste positivo, os cientistas tocavam uma espécie de campainha. Já quando os cachorros estavam diante da amostra negativa, nada acontecia e passavam para a próxima.

Nos aeroportos, o processo será similar. Em vez de farejar diretamente os passageiros, como comumente ocorre na busca por substâncias ilícitas, os cães irão farejar lenços entregues aos viajantes e depositados numa caixa de coleta.

Eles levam apenas dez segundos para saber se uma pessoa está com o novo coronavírus, mas todo o processo dura cerca de um minuto.

Participação voluntária


Por enquanto, a participação na avaliação é voluntária e cada turno tem duração diferente, de acordo com a resistência dos cães. Caso o resultado seja positivo, o paciente é encaminhado para um teste gratuito feito no próprio aeroporto.

A Universidade de Helsinque garante que a confiabilidade do teste beira os 100%. Os testes começaram nesta semana nos aeroportos finlandeses e devem durar quatro meses. A técnica, entretanto, já começou a se espalhar.

O Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido anunciou que também deve começar a treinar cães farejadores para reconhecer pessoas com covid-19.


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