(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Material educativo sobre a saúde do homem


postado em 04/11/2018 05:06

A prática de exercicios físicos é uma das maneiras de se previnir desta e de várias doenças (foto: gladyston rodrigues /em/d.a press %u2013 2/10/18 )
A prática de exercicios físicos é uma das maneiras de se previnir desta e de várias doenças (foto: gladyston rodrigues /em/d.a press %u2013 2/10/18 )

 

 

 






Atenta à saúde do homem, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência de Políticas de Atenção Primária à Saúde, está elaborando diversos materiais educativos destinados à promoção e prevenção, como fôlderes e cartazes, que serão distribuídos para todos os municípios do estado.

Cynthia de Lima, referência técnica da coordenação de alta complexidade da SES-MG, destaca que o material abordará temas essenciais, como alimentação saudável, prática de atividade física, tabagismo, consumo de álcool, prevenção do câncer, diálogo como forma de prevenção de violências e incentivo à procura dos serviços de saúde. Haverá, ainda, suporte de informação via mídias digitais, como redes sociais e página do órgão na internet.

Cynthia de Lima conta que as campanhas alusivas à saúde do homem têm se baseado na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), com o objetivo de ofertar ações e serviços para a população masculina, com integralidade e equidade, primando pela humanização da atenção. “As ações abordam eixos temáticos, como acesso e acolhimento, saúde sexual e reprodutiva, paternidade e cuidado, doenças prevalentes na população masculina e prevenção de violências e acidentes.

No âmbito da atenção primária, tem sido dada ênfase às ações de promoção de hábitos de vida saudáveis, aos sintomas de alerta para os cânceres de próstata, testículo e pênis e à importância de procurar as unidades básicas de saúde para fazer o diagnóstico precoce e dar o encaminhamento para outros pontos da rede, a fim de que o tratamento do câncer se inicie o mais rápido possível. Ao longo do tratamento e após a alta, os pacientes são acompanhados pelas equipes de atenção básica/equipes de saúde da família e, caso necessário, pelos profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB).”

Conforme Cynthia de Lima, os tratamentos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. “Para diagnóstico dos casos de câncer de próstata é indicada a ultrassonografia pélvica ou prostática transretal, que são ofertadas pelo SUS.” Em relação ao tratamento e acompanhamento, ela afirma que Minas Gerais tem a Rede de Atenção Oncológica, em que há 37 hospitais habilitados para prestar os serviços necessários, de forma a garantir a integralidade do cuidado com o paciente oncológico. “A SES-MG tem desenvolvido a proposta de reestruturação da rede de atenção à oncologia no estado, visando à reorganização dos fluxos de encaminhamento dos usuários na rede SUS-MG e o início de tratamento em tempo hábil.”

Cynthia de Lima explica, ainda, que a Deliberação CIB-SUS/MG  2.144, de 15 de julho de 2015, aprovou o diagnóstico e as diretrizes para o Plano de Ação da Rede de Atenção em Oncologia para Minas Gerais. “A rede de atenção oncológica objetiva definir territórios para tratamento, reduzir a incidência e a mortalidade por câncer e garantir qualidade de vida aos pacientes. Esse plano está em fase de revisão, com o envolvimento de todas as áreas da SES envolvidas.” Sobre a cirurgia robótica, ela informa que “há cinco robôs no Brasil, em hospitais públicos, fazendo procedimentos oncológicos, mas ainda não há códigos na tabela SUS para os procedimentos.”

MINAS

Segundo Berenice Navarro Antoniazzi, coordenadora do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer da SES-MG, a mortalidade estadual por neoplasia da próstata, em 2017, correspondeu a 1.348 óbitos no sexo masculino e taxa bruta de mortalidade de 12,99 óbitos por 100 mil homens mineiros. “As taxas brutas de mortalidade mais elevadas foram das macrorregiões de saúde do Sudeste (16,58), Sul (15,22), Leste (13,62) e Nordeste (13,57) por 100 mil homens.” Para o ano 2018, ela diz que o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima a ocorrência de 6.730 casos novos de câncer da próstata na população masculina de MG, com a taxa bruta estimada de incidência de 63,80 casos novos por 100 mil homens.

Rastrear e mapear

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) divulgou nota a respeito do rastreamento do câncer de próstata, tema controverso. Segundo a entidade, apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes morrem. Atualmente, cerca de 20% ainda são diagnosticados em estágios avançados, embora um declínio importante tenha ocorrido nas últimas décadas, em decorrência de políticas de rastreamento e maior conscientização. O rastreamento universal de toda a população masculina (sem considerar idade, raça e história familiar) apresenta controvérsias, pois pode diagnosticar, entre outros, câncer de próstata de baixa agressividade, que não necessita de tratamento, cujos pacientes são submetidos a biópsias, que têm potencial de complicações (infecção local), e, eventualmente, tratamentos radicais com potencial impacto na qualidade de vida. Individualizar a abordagem é fundamental nesse sentido. A identificação de pacientes com risco de desenvolver a doença de forma mais agressiva, por meio de parâmetros clínicos ou laboratoriais, pode ajudar a individualizar a indicação e frequência do rastreamento. Como esperado, as consequências da equivocada resolução da U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF, EUA, 2011), contrária ao rastreamento sistemático, começam a aparecer. Trabalho apresentado no “2015 Genitourinary Cancers Symposium” provocou ainda mais discussão sobre o tema e reforçou o papel do rastreamento. Foram avaliados, retrospectivamente, 87.562 novos casos diagnosticados entre 2003 e 2013, em 150 instituições nos EUA. Demonstrou-se que, após a recomendação da U.S. Preventive Services Task Force, houve aumento de 3% ao ano no diagnóstico de tumores de risco intermediário e de alto risco. A SBU mantém sua recomendação de que homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos. O rastreamento deve ocorrer depois de ampla discussão de riscos e potenciais benefícios. Após os 75 anos, poderá ser feito apenas para aqueles com expectativa de vida acima de 10 anos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)