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Estado de Minas MAIS LEVE

Quase diário do lockdown

Rezemos para que a humanidade também possa renascer, com novas prioridades, maior sabedoria e mais amor


04/04/2021 04:00 - atualizado 01/04/2021 15:27


O novo lockdown de BH começou um dia após a publicação da última crônica. Diante da retomada da quarentena, invento um desafio para mim mesma: registrar momentos de leveza na fase mais difícil da pandemia. Não chega a ser um diário, mas é quase isso.
 
 
1º dia – Na ida à farmácia, esqueço completamente de levar a máscara. É a segunda vez que isso acontece comigo em um ano de pandemia. Será um ato falho ou ato de rebeldia? Aposto na segunda opção. Por alguns instantes, meu cérebro se rebela contra o novo lockdown em BH e no Brasil. A revolta, porém, não dura meio quarteirão. Volto atrás, em busca de minha vacina de pano.

2º dia – Começam a chegar fotos de joinhas na caixa de e-mails da Mais Leve. Que alegria!  Os leitores aceitaram o desafio de enviar ‘Um joinha por dia’ para a coluna. “Quero disseminar isso: devemos dar likes é pra gente. Quando a gente se gosta, fica mais fácil gostar do outro!”, observa Wilma Toledo, enviando sua fotografia com o sorrisão e o polegar para cima. Curti.

3º dia – Flagro um tatu-bola no jardim, o que me lembra da infância. Era uma delícia fazê-los enrolarem em si mesmos. Dava um prazer que, hoje entendo, era quase sádico. No confinamento social, também nos fechamos em nós mesmos. É a desforra dos tatus-bolinhas. Quem diria.

4º ou 5º dia – Converso pelo WhatsApp com a minha cliente, para quem redijo textos de mídias digitais. Digo a ela para dar um jeito de lembrar a sua senha do Instagram. "Será o seu para casa", brinco. Nas condições atuais, deveria ter dito: “Será o seu ‘para home office’”.

6º dia – O colégio dos meus filhos faz uma pausa na aula on-line para refletir sobre a pandemia. Os hormônios do adolescente protestam, mas ele assiste à palestra até o fim. Ponto para a escola.

7º dia – Chegou a hora de o meu pai tomar a vacina. Comemoro com ele pelo telefone: “Ainda é a primeira dose, pai, mas logo vou poder te abraçar sem medo!”. No mesmo dia, mais tarde, vem o anúncio sobre a antecipação das doses para os próximos da fila. Ou seja, mamãe também será imunizada. Viva! Viva!

8º dia – Não disse a vocês que tudo passa? Está passando! E o Sol brilha forte nesse domigo.

9º dia – A fila andou. Minha mãe recebe a sua primeira dose. Meu sogro já está na segunda. O grupo de WhatsApp da família se enche de fotos dos tios levando injeção, seguidas de uma chuva de joinhas, corações e gifs divertidos. Que alívio!

10º ou 11º dia – Hoje, a chuva não será só de likes. É literal. Vem água benta do céu, com relâmpagos e trovoadas. Em vez de correr do temporal, meu caçula me chama para dançar na chuva. Só se for agora! Se a roupa molhar, é só entrar em casa e trocar. Simples assim.

12º, 13º dia – Ao tomar banho, percebo a necessidade de limpar o plafon do banheiro. Me pego contando, mentalmente, os lustres da minha casa. Penso em estabelecer a meta de lavar um lustre por dia, mas desisto, antes de começar. Preciso cobrar menos de mim.

14º dia – Meu pequeno está mais calado do que o normal. Convido-o para ver as nuvens no céu. Entre tartarugas, dinossauros e pôneis, conversamos sobre a pandemia. Ele desabafa: “São mais de 300 mil mortes no Brasil!”. Concordo com ele, é realmente uma tragédia. “Filho, vem gravar a Meditação Levinha (eu e ele oferecemos essa meditação para crianças, aos sábados). Vamos pedir a Deus pelas pessoas internadas nos hospitais, pelas nossas famílias e por todas as crianças do mundo. E lembrar de agradecer por estarmos vivos. Combinado?”

15º dia – Domingo de Páscoa, dia de celebrar a ressurreição de Jesus Cristo. Rezemos para que a humanidade também possa renascer, com novas prioridades, maior sabedoria e mais amor. E que venham os chocolates! Feliz PAZcoa a todos!

Saiba mais sobre xamanismo no canal Chá Com Leveza (https://youtu.be/-Rr0i8i8_KM)
 
*Sandra Kiefer assina esta coluna quinzenalmente

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