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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

A onda verde, prova do América que resiste, está só começando

Descubra as razões históricas e simbólicas que fazem do Coelho um clube bem maior do que você imagina


04/01/2022 04:00

Honrando a tradição de quem não se entrega, o América garantiu no Brasileirão a tão sonhada vaga na Copa Libertadores
Honrando a tradição de quem não se entrega, o América garantiu no Brasileirão a tão sonhada vaga na Copa Libertadores (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 9/12/21)

Bem antes de o América conseguir o feito de ficar em 8º lugar no Brasileirão, subir para 15º no ranking da CBF e garantir vaga na Copa Libertadores, escrevi para o Superesportes sobre a grandeza do Coelho, muitas vezes menosprezada até mesmo pela imprensa esportiva local.

Mas, com toda honra de poder ocupar este espaço nobre no maior jornal de Minas, posso (com muito orgulho) ser o porta-voz da torcida e dizer tudo que ficou ali, entalado, por tantos anos. Afinal, é assim, com total liberdade de expressão e espaço proporcional na mídia que o América vai ser ainda maior.

Por isso, convido os leitores do Estado de Minas a apreciarem os argumentos que tornam a história do América algo tão bonito quanto diferente – e refletirem sobre eles. Antes que comecem os jogos e voltemos ao nosso ritmo normal, é hora de sabermos onde estamos, porque somos Coelho e por quais razões devemos nos orgulhar tanto disso. Vou te explicar: O América já nasceu grande. Não é qualquer time que consegue ganhar dez vezes seguidas um campeonato estadual. O América foi grande quando já incentivava o futebol feminino em época que ele era malvisto e até proibido no país.

O América foi grande quando não admitia discriminar jogadores negros, mesmo sendo um clube formado por aristocratas da elite branca mineira. O América foi grande quando protestou contra os vícios do futebol profissional e mudou suas cores para vermelho sem medo de perder sua identidade.

O América foi grande quando suportou uma punição injusta da CBF na década de 1990, nunca antes vista, e, ainda assim, conseguiu retornar à elite. O América foi grande quando conseguiu sobreviver às escaladas dos rivais e permanecer de pé, incomodando em clássicos, revelando craques e ganhando alguns títulos.

Há mil razões para dizer que o América foi grande. Mas o América de agora, que respeita suas origens, não quer ser só a sombra do que foi antes.

O América que quer ser gigante hoje é este que estamos vendo: um clube que resistiu a rebaixamentos, às interferências de arbitragens e da CBF, às chacotas dos rivais e, muitas vezes, até ao descaso da cobertura esportiva.

Valeu a pena. Temos as finanças organizadas, exploramos um shopping com nossa sede, um estádio só nosso, nossa marca está bem cuidada e a perspectiva de dias melhores já é real.

Mas tão grande ou maior que o América são aqueles 300 (sparta!) torcedores que, mesmo no fundo do poço, estavam lá no Mineirão em um clássico com ingresso a R$ 100 e com quase certeza de derrota. Eles sabiam que um dia haveria de vir alguma justiça que justificasse o sacrifício. E esse dia chegou. A Onda Verde está apenas começando.

Grande ontem, maior hoje, América sempre. A resistência.



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