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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

América dá passos largos para ser segunda força de MG, à frente da Raposa

Coelho, que foi alvo de chacota durante décadas, vê o Cruzeiro alugar estádio e afundar cada vez mais


28/09/2021 04:00

Jogadores do América comemoram gol contra o Flamengo: Coelho encarou uma das grandes forças do futebol brasileiro
Jogadores do América comemoram gol contra o Flamengo: Coelho encarou uma das grandes forças do futebol brasileiro (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Quando ouvíamos em clássicos contra o Cruzeiro o canto de “Ão ão ão Segunda Divisão”, nem nos nossos melhores sonhos poderíamos imaginar que as coisas estariam como agora: Coelho na Série A enfrentando (e encarando) o gigantesco Flamengo e a Raposa alugando nosso estádio no dia seguinte para tomar uma virada do CSA, afundando ainda mais no poço sem fim da Série B, com direito a uma briga generalizada lamentável e vaias da torcida.

Aconteceu e é a mais cristalina realidade. E por mais que a história e tradição do rival mereçam muito respeito (isto não é uma ofensa), já está na hora de entoarmos o bordão “o novo sempre vem”, imortalizado na interpretação de Elis Regina do clássico de Belchior que marcou uma geração.

No presente e no curto prazo já não temos dúvidas. O América caminha jogo a jogo, ano a ano, para tomar o lugar daquele que por muitas décadas foi o maior do estado e que, na segunda metade do século passado, começou a nos superar em títulos, projeção e torcida.

O mundo dá voltas. A parte verde parece renascer de BH como uma árvore que resistiu intacta no deserto árido por séculos, mas não perdeu a sua capacidade de gerar frutos. A estrutura do Coelho e sua gestão financeira responsável dos últimos anos, sem sustos, estão consolidando o clube como o segundo das alterosas, pelo menos quando falamos do “hoje”. Se América e Cruzeiro entram em campo na atualidade, já não há mais dúvida do favorito. Ou há?

Bom, mas de nada adianta falarmos do rival se ainda não resolvemos o nosso problema. Nos últimos dois meses, todas as palavras de força desta coluna – que critica, mas também confia – foram no sentido de mostrar que o América tem condições de ficar fora do Z4. Embora a torcida tenha toda a razão de cornetar quando quiser, ela também está mais confiante de que podemos conseguir nosso “título” do ano.

Agora é hora de esquecer a matemática e imaginar o melhor dos mundos. Se o América conseguiu empatar com dois gigantes fora de casa (Corinthians e São Paulo) e segurou o temido Flamengo empatando o jogo no final, mostrando poder de reação, é extremamente viável que saiamos daquela beira do Z4 em poucas rodadas.

O time está mostrando, no geral, o que o torcedor gosta de ver: vontade e poder de luta, mesmo com as limitações técnicas. A outra boa notícia é que, depois de passado o medo do rebaixamento, poderemos quem sabe (ainda está em tempo) galgar uma vaga na Sul-Americana.

Uma das projeções que fiz no início do campeonato, enquanto o Deca estava realmente mal, foi de que, dessa vez, poderíamos fazer ao contrário, ou seja, começar mal, ascender na hora certa e terminar a competição numa crescente, evitando qualquer chance de queda. Nos outros anos, tínhamos boas atuações iniciais e, no final, o barco afundava. Os tempos mudaram.

Continuo na mesma linha. A hora do crescimento está sendo ideal e há indícios claros de que um melhor momento ainda do que este está por vir. Se isso concretizar e ficarmos na Série A em 2022, poderemos dizer com mais firmeza ainda: o América soube ser a resistência e agora é a segunda força de Minas! Que orgulho destas cores. Que BH seja cada vez mais verde.



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