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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Lulopetismo x Bolsonarismo: que tal virarmos a página?

Não há por que não surgir lideranças políticas independentes destes dois satélites do mal. O Brasil é muito grande para continuar refém do atraso


03/07/2023 06:30 - atualizado 03/07/2023 07:12
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Lula e Bolsonaro em debate da Globo
Satélites do mal (foto: Alexandre Schneider/Getty Images)
Desde 2000, quando comecei a participar de fóruns políticos e câmaras setoriais, que combato com extremo vigor o chamado lulopetismo. Não comungo com as ideias nem muito menos com as práticas desse pessoal, sempre impregnadas por populismo, corporativismo, autoritarismo, atraso e, claro, corrupção. Muita corrupção.

Quem me acompanha sabe o desprezo que nutro por Jair Bolsonaro e sua horda fanática. Em 2018, NO SEGUNDO TURNO, não aderi à candidatura dele, mas ao combate ao PT. A hipótese de assistir à continuidade do maior esquema de corrupção da história do ocidente democrático me fez - argh! - apoiar e votar no agora inelegível.

Sofri, talvez como poucos, no ano passado. No auge da polarização insana que tomou conta do País, desfiz amizades muito caras, as quais, sinceramente, não me fazem a menor falta. Senti na pele a pressão de gente muito, mas muito poderosa, à época tomada pelo histerismo coletivo: “vamos virar a Venezuela”.

Combati, resisti e sobrevivi. Cresci monumentalmente aos olhos do meu espelho. Aos olhos dos outros, sinceramente, tô me lixando. Com a inelegibilidade do “mito”, minha felicidade só não é completa porque temos quem temos na Presidência da República. Mas é justo reconhecer que, diante do desastre que se aproximava, é o menos pior.

Mal iniciamos 2023 e a corrida eleitoral de 2026 já começou. Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Michelle Bolsonaro, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Janja… À esquerda e à direita abundam nomes, e isso não seria o menor problema - ao contrário, é salutar - se esses nomes não estivessem umbilicalmente atrelados a Lula e Bolsonaro.

Não há por que não surgirem lideranças políticas independentes destes dois satélites do mal. O Brasil é muito grande para continuar refém do atraso, e o número de eleitores que não votaram nem em um nem em outro prova que é possível, sim, uma “terceira via”. Porém, para isso, é necessária uma agenda e um projeto verdadeiramente novo. Do contrário, em 2027, estarei aqui, outra vez, repetindo essa ladainha furada.

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