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Estado de Minas KERTZMAN NA COPA

É dia de Brasil, bebê: rumo ao hexa, e que se dane todo o resto

Não quero ditar regras ou patrulhar opiniões, mas tão somente chamar a atenção do leitor amigo, da leitora amiga a um ponto que, a meu ver, é fundamental.


28/11/2022 10:38 - atualizado 28/11/2022 20:33

Seleção Brasileira
Bora, Brasil, trazer o hexa (foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
Adoro, de “cabo a rabo”, a obra da banda inglesa Pink Floyd, especialmente o inesquecível álbum The Wall (1979), cuja biografia do baixista e vocalista Roger Waters se confunde com a trajetória do próprio personagem Pink. 

Adoro, também, ainda no campo da música, dessa vez em terras bananeiras, Chico Buarque e Caetano Veloso, ícones da MPB e mundialmente reconhecidos, assim como Gilberto Gil (como não amar Realce?).

Na literatura, ainda que eu não seja lá minimamente expert no assunto, José Saramago, Amoz Oz, Vargas Llosa, entre outros, jamais deixaram de me influenciar e à minha geração - tenho 55 anos de idade.

No jornalismo, à esquerda e à direita, passando pelo centro, e muito antes pelo contrário, coleciono, desde jovem, um rol de nomes que despertam paixões e ódios, cada um a seu tempo e modo, e hoje me são caros e essenciais.

No futebol, finalmente, Reinaldo, Sócrates e até Vampeta, trazendo a valor presente Neymar e outros astros politicamente, digamos, militantes, admiro esportivamente a tantos que não ouso começar a nominar.

Não quero ditar regras ou muito menos patrulhar pensamentos e opiniões, mas tão somente, muito mais do que criticar, chamar a atenção do leitor amigo, da leitora amiga a um ponto que, a meu ver, deveria ser fundamental.

Por que confundir a obra de personalidades e expoentes nacionais e mundiais, seja lá do campo que for, e campo, aqui, refere-se ao segmento de atuação, mas serve também ao espectro político e ideológico, com seus posicionamentos?

Ora, Neymar, por acaso, deixa de ser o craque da camisa 10 da Seleção, porque apoiou Jair Bolsonaro? Ou Gilberto Gil, o gênio da música, porque foi ministro de Lula? Ou Roger, na minha opinião, um antissemita (sou judeu), o imortal do rock progressivo?

Repito: não quero criticar ou patrulhar ninguém, mas apenas sugerir o seguinte: curtam os monstros sagrados das artes, esportes, música, literatura etc. e suas obras faraônicas sem deixar outros assuntos pautarem seu gosto e seus momentos de prazer.

A vida já é difícil e aborrecida demais sem o pouco lazer que nos permitimos. Por isso, torça pelo Neymar e pela seleção, curta o hexa e ouça Pink Floyd, lendo Saramago e comendo um hambúrguer do Madero, sem culpa ou mais delongas.

Até porque, meus caros e minhas caras, todos estes expoentes - inclusive aqueles que guiam as atitudes irracionais que muitos tomam em nome de crenças e valores mais falsos que nota de 3 reais - estão literalmente se lixando para o mundo.

Ainda bem! 

Do contrário, acaso pautados, patrulhados e medrosos, jamais criaram e nos regalariam suas obras e feitos; do hambúrguer à Monalisa; do Musk ao Gilmour; do Rei a Einstein. Percebem como esquerda e direita, ou Lula e Bolsonaro, não merecem mais que dois segundos de nossos tempo e paixão?

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