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Estado de Minas REGINA TEIXEIRA DA COSTA

Se Bolsonaro fosse personagem de 'O alienista', estaria internado

Nós brasileiros não desejamos o terror medieval. Queremos mesmo é mais feijão no prato do nosso povo


05/09/2021 04:00 - atualizado 05/09/2021 08:28

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Quem gosta de assistir a séries históricas da Idade Média sabe que a barbárie era a única forma de disputa de interesses entre religiões e territórios. Eram batalhas horrendas de brutalidade enorme.

Nórdicos pagãos, ingleses, franceses e também templários em nome da fé cristã matavam sem piedade.  Todos armados até os dentes e tudo se resolvia assim, na espada e na faca.
Eram durões e pouco diplomáticos. Tronos cobiçados eram a causa de traições entre irmãos, primos e primas como as Stuarts, Maria e Elizabeth. 

O mundo mudou desde então, mas ainda temos restos dessas barbaridades na Jihad, a guerra santa islâmica dos muçulmanos, com terroristas sacrificando homens e atingindo populações inocentes. 

Há guerras insanas e perpétuas, como a dos palestinos e judeus na Faixa de Gaza, refugiados políticos de países com regimes extremistas.  E, claro, não podemos nos esquecer dos milicianos no Brasil coagindo moradores das comunidades carentes.

Mesmo assim, considerando o mundo atual progredimos da barbárie através das relações diplomáticas, acordos internacionais, direitos humanos e leis que impedem o retorno à barbárie e à lei de talião, que diz “dente por dente olho por olho”.

E somos mais felizes assim. Os pactos legais, a civilidade, concordam que todos cedam no seu egoísmo para manter a convivência possível. E como vimos nas sensacionais Olimpíadas do Japão, juntos somos melhores; a civilidade e respeito entre os povos é muito mais interessante para a sobrevivência do planeta. E deram show de sustentabilidade.

Por aqui, na terrinha, estamos com problemas. Forças nada ocultas propõem o retorno à barbárie. Não creio que a maioria de nós concorde que o armamento da população seja uma boa ideia. A regressão ao ideal da batalha, da disputa armada, me faz lembrar a Idade Média.

Nos armar de fuzis para não sermos um povo escravizado? Não entendi... Escravizados por quem? Não me sinto ameaçada nesste sentido, mas em outros sim.  Tenho pavor de ditadores. Também pena e temor do que podem fazer imbecis empoderados.

O prato preferido dos brasileiros é o feijão com arroz. Agora me digam: como é que pode um brasileiro dizer que quem quer comprar feijão é idiota? Sinceramente, o brasileiro assalariado, que vive de salário mínimo, mal tem dinheiro para o feijão. Principalmente se os preços continuarem subindo como estão atualmente.

É surreal, senão risível embora trágica, a declaração do presidente Bolsonaro. Perdeu o juízo ou o quê? 

Se fosse personagem do romance “O alienista”, de Machado de Assis, ele estaria na Casa Verde internado. Tomando choque para cair na real. Nunca vi nada tão inapropriado e, ouso dizer, delirante!

Presidente Bolsonaro, seu povo caminha a passos largos para a recessão por causa da inflação. Moradores de rua proliferam a olhos vistos nas calçadas das capitais, a fome nos atingiu novamente. Nossa população de base ganha salário mínimo. Será que o senhor pensa em abrir uma linha de crédito para a compra de armamentos e munição ou pensa em viabilizar a distribuição gratuita?

Eu, pacifista que sou, prefiro o feijão. Seremos cada dia mais pobres se não houver um governo que trabalhe a favor da moradia e da cesta básica. Educando o povo e abrindo possibilidades de um futuro melhor com emprego e oportunidade.

Já disse e repito: o presidente faz campanha contra si próprio. Favorece o Lula. Faz tudo para desencantar os iludidos que lhe deram seu voto – hoje, grande parte deles arrependida. Os fuzis serão mais perigosos quando se trata de dar tiro no próprio pé. E nós, brasileiros, não desejamos o terror medieval. Queremos mesmo é mais feijão no prato do nosso povo.





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