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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Nossos ídolos


postado em 05/07/2020 04:00

Live no contexto digital significa transmissões ao vivo via internet. Ver o show em tempo real, não importa onde esteja ocorrendo, uma aula, palestra, peça de teatro e tudo mais que se possa expor ou encenar tem sido um recurso muito utilizado tanto para quem precisa divulgar seu produto e trabalho quanto para quem está confinado em casa, com disposição e tempo para acompanhar os passos daqueles a quem admira.

Novos hábitos trazem também novas questões a serem debatidas. Pessoas viciadas em acompanhar personalidades e celebridades em tudo o que fazem, em determinado momento, têm abandonado o status de seguidores para se tornar perseguidores. Basta que seu ídolo dê um único tropeço ou fale algo que lhe desagrade para ser tirado do pedestal no qual foi sustentado durante longo tempo.

Tenho visto isso acontecer com vários palestrantes, especialistas nos diversos temas e assuntos que me chamam a atenção. Me interessei por analisar este fato depois que, na semana passada, em dias e contextos diferentes, dois amigos meus que não se conhecem criticaram a última série de live que um determinado palestrante havia feito e citaram a vaidade que começa a dominá-lo como um de seus pontos mais negativos.

Gosto muito do palestrante em questão e há muito tenho tentado desvincular a mensagem do mensageiro, ou seja, posso até concordar que a crescente audiência de suas palestras esteja lhe alimentando a vaidade, mas o que ele fala ainda reflete a profundidade com a qual estuda e analisa os temas que escolhe tratar.

Temos a péssima mania de desejar ser como aqueles aos quais admiramos, mas não lhes permitimos serem como nós. Traduzindo: será que se nos tornássemos celebridades no meio no qual atuamos agiríamos diferente?. Talvez sim, talvez não. Quem saberá?

O ideal, sem dúvida, seria não permitir que orgulho e vaidade subam às nossas cabeças, para que quando nos vier a queda essa não seja tão dura, quanto deixar de nos preocupar em criticar posturas alheias apenas porque nos contrariam a expectativa e o desejo.

Se nos ativéssemos às questões morais e éticas que regem aqueles aos quais admiramos, não seriam as questões pessoais, de foro íntimo, a nos fazer desistir deles.  Colocamos nossos ídolos muito além do seja ser um humano, ao ignorar que, como nós, eles o são. Queremos ser tão fantásticos como os imaginamos ser, porém, nem eles e muito menos nós um dia o seremos. De fato, “nossos ídolos ainda são os mesmos”, como diria Elis. Nós é que precisamos mudar. 

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