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A revolução bancária das fintechs em 2019

Atualmente, o país conta com 553 startups ligadas ao universo financeiro, de acordo com estudo realizado pela consultoria de inovação Distrito Dataminer - número que promete crescer


postado em 21/12/2019 06:00 / atualizado em 21/12/2019 07:41

O Banco Inter iniciou a sua mudança para uma nova sede, localizada em um novo marco arquitetônico em Belo Horizonte, o Edifício Aureliano Chaves, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte(foto: Fotos Divulgação)
O Banco Inter iniciou a sua mudança para uma nova sede, localizada em um novo marco arquitetônico em Belo Horizonte, o Edifício Aureliano Chaves, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte (foto: Fotos Divulgação)
As chamadas fintechs, startups ligadas ao universo financeiro, foram um grande destaque da economia digital neste ano. Elas ofereceram, de forma transparente, menos burocrática e mais barata, produtos e serviços que desafiaram (e continuarão desafiando) o mercado dominado pelas grandes instituições bancárias.

Atualmente, o país conta com 553 fintechs, de acordo com estudo realizado pela consultoria de inovação Distrito Dataminer – número que promete crescer. Desde 2015, são a cada ano cerca de 110 novas startups –, definidas como empresas de base tecnológica e com venda escalável de seu produto ou serviço.

“As fintechs crescem devido às carências dos bancos tradicionais, precariedade no atendimento, falta de flexibilidade, dificuldade de acesso a crédito. Dessa forma, existem várias pessoas que buscam um serviço fora do sistema bancário comum”, destaca o professor do ISAE Escola de Negócios, Rafael de Tarso Schroeder, especialista em sustentabilidade, empreendedorismo e inovação.

O estudo Global FinTech Adoption Index 2019, da consultoria Ernest & Young, mostrou que as pessoas estão mais abertas a aceitar serviços oferecidos por fintechs. Feito neste ano com cerca de 27 mil pessoas ao redor do mundo, o le- vantamento chamou a atenção para um aumento gradual do uso dessas plataformas, em especial entre países emergentes. De 16%, em 2016, a adoção de serviços oferecidos por essas empresas passou para 33%, em 2017, e atingiu 64%, em 2019. No ranking mundial, o Brasil está entre os países com maior aceitação, atrás de China e Índia, mas à frente de mercados como Estados Unidos e Alemanha.

Nove em cada 10 brasileiros consideram os serviços ofertados pelas startups financeiras iguais ou melhores do que os das instituições bancárias tradicionais, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e o Sebrae. Para 47% dos consumidores, os serviços são superiores.

Neste ano, as fintechs amadureceram ainda mais e travaram uma competição entre as mais fortes. Nubank, Banco Inter, Creditas e Rebel apareceram no ranking Fintech100, que percorreu 29 países para selecionar compa- nhias inovadoras no setor financeiro. O estudo, elaborado pela consultoria KPMG, está em sua sexta edição. As empresas do ranking têm uma escala inédita: acumulam 2,5 bi- lhões de consumidores pelo mundo.

Além dessas, também chamam a atenção o PicPay, aplicativo de pagamentos on-line; a Juno, que deixou de ser o boletobancário.com para apostar no lançamento de seu cartão pré-pago; o Quinto Andar, que simplifica o processo de locação de casas e apartamentos residenciais, atuando como fiador para usuários com histórico de crédito sólido; o GuiaBolso, de planejamento financeiro e controle de gastos pessoais; e o Ebanx, método de pagamento para sites internacionais, entre outras soluções.

O belo-horizontino Inter


Com sede em Belo Horizonte, o Banco Inter fechou o ano com a marca de 4 milhões de clientes – a cada dia útil, 13 mil pessoas passam a contar com os seus serviços digitais. No final de 2018, contava com 1,45 milhão. Também foi anunciada a economia propiciada aos seus usuários pela isenção de tarifas bancárias em 2019: mais de R$ 2 bilhões, o triplo do oferecido no ano anterior (R$ 668 milhões). Cada um dos correntistas deixou de pagar, em média, R$ 971,55 no ano em tarifas, como as de transferência, manutenção e anuidade de cartão.
“Além do aumento na base de correntistas, que superou as projeções feitas no início do ano, notamos que os clientes estão utilizando com maior frequência os nossos serviços. É um efeito multiplicador”, afirma o CEO do Banco Inter, João Vitor Menin (foto).

O rápido crescimento da instituição fez com que o número de colaboradores saltasse de 769 em 2017 para mais de 1,5 mil. Com isso, o banco iniciou a sua mudança para uma nova sede, localizada em um novo marco arquitetônico em Belo Horizonte – o Edifício Aureliano Chaves, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte (foto). 
 

Neste ano, o Inter também come- morou a bem-sucedida captação de R$ 1,2 bilhão com a emissão secundária de ações – os recursos serão usados no plano de expansão do banco, que projeta dobrar a sua base de clientes nos próximos meses. A operação marcou também o ingresso em seu capital acionário do fundo japonês SoftBank, investidor em grandes startups internacionais, como a americana Uber e a chinesa Alibaba.

Outro marco do ano foi o lançamento do Super App, interface do aplicativo que passou a oferecer um marketplace com dezenas de lojas conveniadas, a exemplo da Americanas e Netshoes. 

O Banco Inter, antigo Intermedium, tem 25 anos de mercado e atuação em todo o território nacional. Foi o primeiro banco digital a abrir capital no Brasil, em abril de 2018, e está listado na bolsa de valores (B3). Em setembro de 2019, o banco contava com uma carteira de crédito de mais de R$ 4,4 bi- lhões, com patrimônio líquido de R$ 2,2 bilhões e R$ 9,2 bi- lhões de ativos totais.

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