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Estado de Minas Bra$il em foco

Primeiras chuvas aliviam, mas não afastam riscos no setor elétrico

A tendência meteorológica indica uma primavera com nível bom de chuvas, mas o verão deve ter precipitações abaixo da média nas áreas das hidrelétricas


21/10/2021 04:00 - atualizado 21/10/2021 07:18

Ponte no lago de Furnas, na região de Alfenas no Sul de Minas. Reservatório da hidrelétrica com baixo nível de água
Do final de setembro até agora, com as chuvas, nível do reservatório de Furnas tem alta de 0,85 ponto percentual, indo de 15,11% para 15,96% (foto: Gilson Leite/Esp. EM - 22/9/21)

Ufa! Começou a chover. E melhor, a média de precipitações na primavera está acima da média histórica para a estação. Sim, é necessário que as chuvas ocorram de forma volumosa, mas se elas representam uma sensação de alívio imediato é preciso lembrar que os reservatórios dos Sistema Sudeste/Centro-Oeste chegaram aos piores níveis desde 2001 e qualquer atitude precipitada agora pode colocar por terra qualquer perspectiva de recuperação desses imensos “tanques” de água.

Para se ter ideia, os reservatórios dessa região estavam com 18,05% da capacidade de armazenamento em 20 de setembro e praticamente um mês depois – já considerando as chuvas dos primeiros dias de outubro – estavam em 17,6% na terça-feira. Ou seja, as chuvas nem sequer evitaram uma redução no volume, quanto mais serem suficientes para representar despreocupação.

É preciso lembrar números do passado para mostrar que a situação ainda é crítica. Em setembro de 2021 esses reservatórios estavam com 39,6% no fim de setembro, enquanto no mesmo período de 2001 – ano do racionamento –, estavam em 23,4% de volume de água, conforme dados do ONS.

Agora, nas principais usinas do Sistema que responde por 70% da capacidade de geração de energia elétrica do país, Ilha Solteira e Três Irmãos estavam com zero – só com o volume morto –  em 20 de setembro e continuam do mesmo jeito. Em Furnas houve uma pequena melhora, com a capacidade passando de 15,11% há 20 dias para 15,96% agora. Mas em Emborcação e Nova Ponte houve queda, de 10,63% para 10,09%, e de 11,06% para 10,61%, respectivamente.

O temor dos representantes do setor elétrico é de que as orientações técnicas sejam postas em segundo plano para atender a interesses outros, como o do presidente Jair Bolsonaro, que, de olho na sua reeleição, já promete tirar a bandeira de escassez hídrica das contas de luz.

Como a tendência meteorológica indica até agora, teremos uma primavera com nível bom de chuvas, mas o verão deve ter precipitações abaixo da média nas áreas dos principais reservatórios de hidrelétricas. Não será um verão tão seco como o passado, mas o fenômeno La Niña deve inibir chuvas abundantes entre 21 de dezembro e 20 de março de 2022.

Nesse contexto, será necessário manter térmicas funcionando e continuar com a exportação de energia de outros sistemas para o Sudeste/Centro-Oeste.

Como as térmicas, que hoje respondem por quase 30% da geração de energia elétrica, operam principalmente com óleo diesel e gás natural, combustíveis que estão subindo de preço e devem continuar em alta, mesmo com a tarifa extra, o setor está registrando rombo e segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em agosto, a diferença entre a arrecadação (que inclui a tarifa extra) e as despesas das distribuidoras chegou a R$ 8,06 bilhões em agosto e pode bater em R$ 16 bilhões até o fim do ano.

Essa conta terá que ser paga. Abrir mão da tarifa de escassez hídrica agora é um passo para termos problemas muito maiores no ano que vem, principalmente considerando a necessidade de reajuste das contas de luz de todos os brasileiros, que devem passar de dois dígitos em muitos casos.

Para evitar esse quadro, altamente inflacionário, considerando-se que o dólar continuará em rota ascendente em ano eleitoral e os preços dos combustíveis não devem ter alívio com o petróleo pressionado pela retomada da economia global, a melhor opção é manter a tarifa cara para desestimular o consumo até o início do período seco.

Outra opção seria jogar recursos do Tesouro Nacional para cobrir esse rombo. Mas as prioridades são o Auxílio Brasil e o subsídio para o gás de cozinha. Qualquer precipitação agora, que não seja a que vem das nuvens, pode levar à necessidade de se criar subsídio adicional para a energia elétrica em 2022.


R$ 23,8 bilhões


é o valor da oferta pública das ações da Eletrobras que o governo colocará à venda para reduzir sua presença na estatal.


Crédito

Mesmo com 74% das famílias se dizendo endividadas, o saldo total da carteira de crédito deve ter registrado crescimento de 1,6%, seno que o destaque virá exatamente da carteira destinada às famílias, que deve aumentar 1,8% no més, segundo estimativa da Pesquisa Especial de Crédito da Febraban. Essa expansão vem da retomada das atividades econômicas e da recuperação do mercado de trabalho.

Nos parques

O Instituo Semeia, instituição sem fins lucrativos que fomenta parcerias para melhorar os parques, lança hoje o estudo “Parques como vetores de desenvolvimento para o Brasil: Ecoturismo e potencial econômico do patrimônio natural brasileiro”, feito em parceria com o Boston Consulting Group (BCG). Com incentivos ao setor, o impacto seria de R$ 44 bilhões no PIB e a geração de quase um milhão de empregos.



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