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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Cenário econômico é de crescimento, mas com inflação e juros altos

Já na próxima reunião, na quarta-feira que vem, a Selic deve saltar para 4,25% para chegar ao fim do ano em 6% nas contas da equipe de economistas do Ourinvest


10/06/2021 04:00 - atualizado 10/06/2021 07:33

O comércio teve o melhor abril em 21 anos, animando o mercado(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 21/4/21)
O comércio teve o melhor abril em 21 anos, animando o mercado (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 21/4/21)
O cenário econômico brasileiro está melhor do que se podia esperar com a pandemia ainda provocando mais de 2 mil mortes diárias, o que levará o Brasil a ultrapassar a marca de 500 mil óbitos por COVID-19 em breve. O mercado está otimista com o crescimento do PIB no primeiro trimestre, que veio acima do esperado e agora com o indicador de vendas do comércio, que teve o melhor abril em 21 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A resiliência da economia brasileira faz analistas elevarem suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) para um patamar entre 5% e 5,5%. Esse crescimento vai aos poucos se tornando um consenso e oxalá ele venha. Mas como números da economia nem sempre obedecem a desejos, há quem veja incertezas ainda pela frente.

E uma delas, com certeza, é a inflação, que, medida pelo IPCA, já acumula alta de 8,06% em 12 meses encerrados em maio. Pelo IGP-M chega a 37,04% no mesmo período. No mês passado, a alta dos preços de 0,83% foi a maior desde 1996. E, diferentemente de uma aceleração de preços motivada pelo aumento da demanda, o “Brasil tem inflação na recessão”, diz a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, que batizou a apresentação do cenário econômico para jornalistas na manhã de quarta-feira de “Estranho país surrealista”, dando crédito à observação feita pelo filósofo e escritor francês Jean Paul Sartre ao visitar o país na década de 1960, Em 2020, o PIB recuou 4% e no entanto o IPCA subiu 4,16% e o IGP-M. 23,14%. Inflação com recessão

Crise hídrica, crescimento da economia mundial pressionando os preços de commodities, e desarranjos em cadeias globais de abastecimento vão manter os índices de preços internos em elevação, o que vai obrigar o Banco Central a elevar a taxa básica de juros, hoje em 3,5%. Já na próxima reunião, na quarta-feira que vem, a Selic deve saltar para 4,25% para chegar ao fim do ano em 6% nas contas da equipe de economistas do Ourinvest. Para a inflação medida pelo IPCA, a estimativa é de que ela feche em 6%, acima do teto da meta para o ano, de 5,25%. O estrategista em comércio exterior do banco, Welber Barral lembra que a China deve crescer 8% e a OMC prevê a retomada do comércio global aos níveis de 2019, o que deve “manter elevado os preços das commodities”.

Aliado a esse patamar das commodities e dos preços da energia elétrica e dos combustíveis e da pressão que o reaquecimento da economia provocará, a taxa de câmbio deve continuar acima de R$ 5 – patamar considerado muito alto pela economista Fernanda Consorte –, principalmente pelo grau de incertezas gerando pela antecipação do calendário eleitoral. Nas contas do Ourinvest, o dólar fechará o ano valendo R$ 5,20. “Anos de eleição têm mais incertezas e sempre há depreciação do câmbio. No Brasil, isso aconteceu em todas as eleições e em 2022 vamos ter muito mais volatilidade”, observa Fernanda. Ou seja, o dólar continuará caro mesmo com juros mais altos.

Para ela, é fato que a economia cresceu no primeiro trimestre, mas é preciso considerar que a base de comparação é baixa e que essa alta pode ter ocorrido pela não adoção de medidas de isolamento tão rígidas como as que deveriam ser tomadas diante da pandemia de coronavírus. “O questionamento do nosso time de economistas aqui no Ourinvest é sobre o quanto duradoura será essa recuperação”, observa Fernanda Consorte. Com o calendário eleitoral postergando as reformas, a economista-chefe vê aumento nas incertezas no próximo ano, o que dificulta a atração de investimentos estrangeiros – hoje nos patamares mais baixos dos últimos anos – e a sustentabilidade do crescimento econômico. Por isso, para ela, alta do PIB deve ser de apenas 2% em 2022. Mais do que euforia, o crescimento econômico precisa de consistência.

Incentivos

R$ 9,8  BIIlhões - Foram os investimentos alavancados no ano passado com os incentivos concedidos pela Sudene no Nordeste e regiões norte de Minas e do Espírito Santo.

Retomada

Para o consultor econômico da Acrefi, Nicola Tingas, a retomada da economia está se confirmando, com boas surpresas no primeiro trimestre, sobretudo no setor agropecuário, que puxou os investimentos. Há ainda, segundo ele, uma volta da demanda. “As projeções do PIB estão indo para casa dos 5% a 5,5%, mas temos problemas de desigualdade social, desemprego e com a pandemia”, diz, ao lembrar que mercado e população estão otimistas. diz ele.

Energia

Em meio à crise hídrica do país, a Omega Energia e a IBM criaram uma plataforma que promete melhorar a previsão de geração de energia renovável com uso de inteligência artificial e a análise de dados geoespaciais e meteorológicos da IBM Global Business Serviços e da The Weather Company da IBM. O objetivo é ter precisão de forma automática e em tempo real para elevar a geração de energia elétrica nos parques eólicos e solares.

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