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Estado de Minas Bra$il em foco

Entidades alertam para risco de desmonte com fusão do Ibama e ICMBio

Na estrutura atual, o Ibama atua no licenciamento ambiental, autorização de uso de recursos naturais, fiscalização e controle da qualidade ambiental


18/02/2021 04:00 - atualizado 18/02/2021 13:51

Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, concedido ainda na década de 1990 (foto: Áurea Cunha/Gazeta do Povo - 3/5/05)
Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, concedido ainda na década de 1990 (foto: Áurea Cunha/Gazeta do Povo - 3/5/05)

A pressão de grupos de investidores para que os produtores brasileiros comprovem que os alimentos exportados pelo país não contribuem para o desmatamento da Amazônia e a guinada na política norte-americana sobre o meio ambiente não estão sendo suficientes para brecar o desmonte da estrutura brasileira de defesa e preservação ambiental que teve início com a posse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a nomeação do ministro Ricardo Salles para a pasta do Meio Ambiente. O alerta está sendo feito pela Coalizão Pró-Unidades de Conservação federais (UCs), que reúne as principais instituições de conservação ambiental no país, como WWF, Instituto Semeia, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, The Nature Conservancy e Imaflora, entre outras.

As entidades querem frear a fusão entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), que é estudada por um grupo de trabalho instituído pelo ministério e composto, segundo essas entidades, majoritariamente, por militares e sem representantes da sociedade civil. O temor das entidades é de que o relatório do grupo de trabalho do meio ambiente, que deve ser apresentado até junho, oriente pela fusão e seja aprovado sem discussão com a sociedade. E a perda não seria apenas para o sistema de conservação.

Em meados do ano passado, grandes gestores de fundos de investimentos que administram US$ 4 trilhões alertaram que deixariam de investir em projetos de produção de carnes e grãos no Brasil e até em títulos do país sem que se verifique avanço no combate ao desmatamento. Para contornar a pressão, Bolsonaro nomeou o vice-presidente Hamilton Mourão para gerir o Conselho da Amazônia. Seu primeiro ato foi nomear 19 militares para o Conselho, que foi formado sem representantes do Ibama e da Funai. Por ora, a pressão dos investidores está contornada, mas, no horizonte de curto prazo, o presidente francês, Emanuel Macron, ganhou reforço nos Estados Unidos na pressão sobre o Brasil na questão ambiental.

Por trás do embate está a disputa mundial por alimentos, que tem no Brasil seu celeiro natural pela extensão territorial e por sua localização privilegiada, com 92% do território na zona intertropical. Mas além dessa questão, a conservação do meio ambiente em si deveria ser uma estratégia do governo que pretende ter como política a concessão de florestas e de parques e reservas florestais para exploração comercial de forma sustentável. É preciso ter florestas para conceder, assim como unidades de conservação ambiental. E essas unidades hoje já geram recursos e empregos.

As entidades contrárias à possibilidade de fusão lembram que as UCs hoje correspondem a 9% do território terrestre nacional e 24% do marinho, e que juntas geraram 90 mil empregos, R$ 2,7 bilhões em renda e R$ 3,8 bilhões em valor agregado. Dizem ainda que R$ 1,1 bilhão foram gerados para os cofres públicos em impostos. Segundo as entidades, em 11 anos de existência do ICMBio, o número de unidades com planos de manejo aumentou em 250%, passando de 78 em 2007 para 195 em 2018. Já a visitação pública nas UCs passou de 3,6 milhões de pessoas em 2008 para 15,3 milhões em 2019, um crescimento de mais de 400%.

Na estrutura atual, o Ibama atua no licenciamento ambiental, autorização de uso de recursos naturais, fiscalização e controle da qualidade ambiental; o ICMBio cuida da gestão e conservação das UCs. O receio é de que, com a fusão, os órgãos percam eficiência, o que será prejudicial à economia do país. “São conquistas que não podem retroceder. Há uma enorme preocupação de que essa fusão possa comprometer a garantia do número de servidores dedicados a atividades essenciais, como o combate ao desmatamento e aos incêndios”, reforça Angela Kuczach, diretora-executiva da Rede Pró-UCs.

Fundos

R$ 40,7  BIIlhões - É o saldo da captação líquida dos fundos de investimentos em fevereiro até o dia 10, segundo dados da Anbima

Reforço no time

Várias vezes campeão mundial, o técnico e ex-jogador de vôlei Bernardinho acaba de ser contrato pela ArcelorMittal para ser o embaixador da marca e da cultura da produtora de aços. Segundo a siderúrgica, Bernardinho, que já atuou em campanhas publicitárias da empresa, fará agora também ativação da marca nas redes sociais, programas para líderes, palestras e ações de incentivo para os empregados.

Meta batida

Gestora independente de patrimônio, a Portofino Multi Family Office mais do que dobrou os ativos sob sua gestão, de R$ 3,2 bilhões em 2019 para R$ 7 bilhões em 2020. Já o número de famílias clientes saltou de 310 para 400 em 12 meses. “Muitas dessas novas famílias que nos procuraram buscavam diferentes alternativas para a gestão dos seus recursos”, explica Carolina Geovanella, sócia-fundadora do Multi Family.
 

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