(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Desafios e oportunidades esperam o Brasil no governo de Joe Biden

É interessante para os Estados Unidos - a questão é a que preço - manter sua parceria com o Brasil, que pode funcionar como opção no enfrentamento com a China


21/01/2021 04:00 - atualizado 21/01/2021 07:38

Presidente do Grupo Oxford, Carlo Barbieri avalia que parceria econômica interessa às duas nações(foto: Hugo Lins/Divulgação)
Presidente do Grupo Oxford, Carlo Barbieri avalia que parceria econômica interessa às duas nações (foto: Hugo Lins/Divulgação)
A posse do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos ontem virou uma página na América e nas relações da maior economia do mundo com as outras nações.

E para o Brasil, o que a mudança vai representar? É bom lembrar que governantes passam e países permanecem. É óbvio que na geopolítica global a mudança deixa o governo do Brasil de certa forma isolado ideologicamente e pressionado com a perda do seu maior aliado, o ex-presidente Donald Trump.

Além disso, se as pressões sobre questões ambientais vinham antes com maior força da França, passam agora a vir também dos Estados Unidos e vão exigir uma mudança de postura do Brasil em relação ao meio ambiente, sob risco de perdas significativas, sobretudo para o agronegócio e nossas exportações, que têm entre os 10 principais produtos vendidos para o mundo oito produtos de origem vegetal e animal.
 
Brasil e Estados Unidos são parceiros comerciais há muitas décadas e por mais que as relações entre as duas nações sofram mudanças políticas, essa relação comercial vigora por questões práticas e históricas – os EUA foram o primeiro país, em 1824, a reconhecer a independência brasileira.

Do ponto de vista econômico, são nosso segundo parceiro comercial, com uma corrente de comércio (exportações e importações) de mais de US$ 70 bilhões em 2019.

No ano passado, com a pandemia, esse fluxo foi afetado pela queda de 20% nas nossas vendas para a maior economia do planeta, mas, ainda assim, os norte-americanos são nosso segundo maior comprador, atrás da China.
 
O Brasil é o maior parque fabril da América do Sul – mesmo com o processo de sucateamento dos últimos anos –, um dos maiores produtores de alimentos do mundo e mercado consumidor – mesmo com renda média baixa –, maior do que o de muitos países.

É interessante para os Estados Unidos – a questão é a que preço – manter sua parceria com o Brasil, que pode funcionar com opção aos EUA no enfrentamento com a China.

Nesse caso, o Brasil pode ser opção para as duas pontas da disputa. Para Carlo Barbieri, economista, analista político e presidente do Grupo Oxford nos Estados Unidos, a parceria com o Brasil, com os norte-americanos necessitando reduzir a dependência da China, é “extremamente interessante” para a América.
 
Barbieri reconhece que a questão ambiental ganha força com a posse de Biden e pode atrasar a agenda comercial entre os dois países, mas não irá impedi-la.

Ele observa que os Estados Unidos devem implementar a partir de agora, com mais vigor, uma política expansionista, que favorecerá o comércio mundial.

“Diferentemente da teoria econômica, a emissão de dinheiro nos Estados Unidos não gera inflação, porque esse dinheiro sai da economia norte-americana e circula no mundo”, afirma o presidente do Grupo Oxford, observando que nesse processo de retomada do crescimento nos Estados Unidos, o Brasil pode se consolidar como parceiro estratégico.
 
Não sem entender e assimilar a necessidade de mudanças na política de preservação do meio ambiente, sinalizada anteriormente pela Europa (com destaque para a França), por grandes fundos de investimentos e agora pelo governo norte-americano.

Retomar a estrutura de fiscalização e coibição de crimes como desmatamento ilegal  e queimadas, sobretudo na Região Amazônica, seria um gesto prático para acelerar e efetivar acordos bilaterais assinados e alardeados pelo Palácio do Planalto, no fim do ano passado.

O imperativo agora é o desenvolvimento sustentável, com destaque para as novas fontes de energia.
 
Capitaneados por entidades empresariais norte-americanas e brasileiras, esses acordos preveem a abolição de algumas barreiras não tarifárias no comércio bilateral: a simplificação ou extinção de procedimentos burocráticos, conhecida no jargão empresarial como facilitação de comércio e a adoção de boas práticas regulatórias.

Juntas, essas medidas podem reduzir em até 13% os custos de exportação para os produtores e em 20% as despesas para exportadores, tornando muito mais competitivos os produtos brasileiros na América, sem considerar o câmbio favorável ao Brasil nas exportações.

É uma janela de oportunidades que o Brasil, em meio às crises sanitária, econômica e provavelmente política, não pode deixar que se feche por questões ideológicas.

Cafezinho

Décimo produto na pauta de exportação brasileira, o café tem no Sudeste do país seu solo mais fértil. A região foi responsável por 87,5% dos 63,07 milhões de sacas de 60 quilos produzidas no ano passado pelo Brasil, segundo o Observatório do Café. O volume é 2,3% maior do que em 2019. Minas Gerais manteve o posto de maior produtor, com 34,64 milhões de sacas.

Troca no Banco

De olho em empresas com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 250 milhões, o Banco ABC Brasil acaba de anunciar a troca do seu comando. O funcionário de carreira Sergio Lulia Jacob assume o lugar de Anis Chacur Neto como CEO do banco. Ele terá a missão de formatar a expansão da carteira de clientes do ABC Brasil e o portfólio de produtos e canais da instituição.

Fundos

R$ 59 bilhões foi a captação líquida positiva dos fundos de 
investimentos no Brasil entre 1º e 15 de janeiro, segundo dados da Anbima.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)