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Estado de Minas TIRO LIVRE

Em meio à COVID-19, futebol deveria discutir o destino dos estaduais

É praticamente certo que eles não serão retomados. Recomeçar a Copa do Brasil e iniciar o Campeonato Brasileiro seria muito mais plausível


O Mineirão vazio, sem torcedores nas cadeiras, nem times em campo: assim ficará por muito tempo ainda, por causa do novo coronavírus(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press 23/8/17)
O Mineirão vazio, sem torcedores nas cadeiras, nem times em campo: assim ficará por muito tempo ainda, por causa do novo coronavírus (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press 23/8/17)


Mundo afora, os amantes do esporte se perguntam, ansiosos, quando voltarão a ver os jogos do seu time. Se você, como eu (muito por obrigação de ofício), está acompanhando o noticiário da pandemia de COVID-19 quase que 24 horas por dia, sete dias da semana, tem ideia da resposta. E ela é: ninguém sabe. Neste momento, não adianta políticos ou dirigentes de clubes quererem impor data de retomada de campeonatos, pois essa decisão não está nas mãos deles. O que vai acontecer ainda é muito incerto. A principal preocupação precisa ser preservar vidas, em meio a uma doença que já matou mais de 141 mil pessoas no mundo.

Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema falou que antes de junho não haverá liberação para eventos com aglomeração de pessoas – e os esportivos entram nessa seara. Esse prazo, podem estar certos, ainda vai ser estendido. Há estudos de cientistas (e são eles a quem devemos ouvir) que mostram que possivelmente até agosto será necessário manter a quarentena no Brasil, com a liberação apenas de serviços essenciais.

Enquanto não houver uma vacina, dizem os especialistas, não há como voltar àquela vida normal, de livre circulação. E pode ser que isso ocorra só em 2022. Quem não estiver imune ao novo coronavírus, até lá, será alvo fácil. Quem vai pagar pra ver? Por isso, não há como esperar que competições sejam permitidas tão cedo, ainda que sem torcedores e com portões fechados, como defendem alguns. Afinal, seria correto deixar vulneráveis a uma doença que se tem mostrado muito traiçoeira os jogadores e o trio de arbitragem? Quem vai assumir essa responsabilidade?

O momento agora deveria ser de discutir o que fazer com os estaduais, pois é praticamente certo que eles não serão retomados. Se houver de fato algum tipo de controle sobre a COVID-19 que permita o reinício de jogos, já não haverá tempo hábil para dividir o calendário com as competições nacionais, que são as mais importantes. Retomar a Copa do Brasil e iniciar o Campeonato Brasileiro seria muito mais plausível.

Na Europa, o dilema também tem sido esse, até porque há jogadores cujos contratos se encerram em 30 de junho, quando, a princípio, a temporada também deveria terminar. Clubes como o Bayern até voltaram ao trabalho, porém, separando os atletas em grupos e colocando-os para treinar em horários separados. Mas e o treinamento técnico, coletivo, como faz? E o contato, que é parte do futebol? Vão testar os jogadores com frequência para saber se algum está infectado? Ninguém afirmou como será. Como se vê, ainda há várias perguntas sem resposta.

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