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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

A vaidade dos dirigentes não permite união

"Somos de uma cultura onde os dirigentes se acham donos dos clubes e não dão a menor satisfação aos verdadeiros donos, os torcedores"


16/03/2023 04:00

Jogadores do Flamengo
O Flamengo é um dos líderes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra), que reúne outros clubes de peso, como Corinthians, Palmeiras e Cruzeiro (foto: MAURO PIMENTEL / AFP)


O colunista do UOL, Rodrigo Matos, sempre muito bem informado, divulgou que os dirigentes que compõe a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) voltaram a conversar com os que fazem parte da outra Liga Forte do Futebol Brasileiro (LFF). Por enquanto, as conversas giram em termos percentuais, pois o grupo que compõe a Libra, liderado por Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Vasco e outros gigantes entende que a divisão do bolo deve ser de uma forma. Já os que compõe a LFF, que reúne Atlético, Fluminense e outros, entendem que tem de haver igualdade na divisão do bolo. Cada um puxa a brasa para a sua sardinha e não consegue avançar. Eu entendo que parte da divisão das cotas de TV deve ser igualitária, independentemente de nome de clube, como acontece na Europa. Daí em diante, quem vende mais pay per view, quem for o campeão, vice e por aí vai, vão aumentando suas receitas.

Quando se trata de futebol brasileiro, tudo é possível. É sabido que a salvação para o nosso combalido futebol está na criação do clube-empresa e algumas agremiações já seguem este caminho. Porém, com os próprios clubes organizando seus destinos, eles terão mais liberdade para negociar cotas de TV e patrocínios, e darão uma banana para a CBF e Federações. Em todos os lugares onde existe organização, as confederações cuidam exclusivamente das seleções nacionais e não existem federações. No Brasil, as federações só existem para votar no presidente da CBF, com peso enorme, acima do peso dos clubes, e para organizar os estaduais, competições falidas, retrógradas e ultrapassadas. É sabido também que as a Libra e a LFF têm propostas na casa dos R$ 5 bilhões para que um grupo compre os espetáculos e gerencie o projeto.

Enquanto houver essa vaidade de dirigentes e essa picuinha, nosso futebol ficará estagnado. Ronaldo Fenômeno chegou a levar para uma palestra no Brasil o presidente da La Liga, da Espanha. Estamos parados no tempo e no espaço, sem definição, somente porque um quer aparecer mais que o outro. Somos de uma cultura onde os dirigentes se acham donos dos clubes e não dão a menor satisfação aos verdadeiros donos, os torcedores. Fazem o que querem, contratam sem dinheiro, dão calote e deixam a herança maldita para o sucessor. O mundo moderno não permite mais isso e a criação de uma Liga independente é fundamental para ajustarmos nosso futebol, suas finanças e tornar as competições mais atraentes, equilibradas e transparentes. Está nas mãos dos clubes e dos dirigentes. Só depende deles e de um pouco de humildade. Flamengo e Corinthians não devem ser privilegiados em divisão de cotas, só porque têm as maiores torcidas do país. Todos os clubes devem ter isonomia nesse quesito, independentemente do número de torcedores. Quando se divide o dinheiro em partes iguais, se dá a chance aos menores de fazer contratações e ter condições de disputar a competição com dignidade. O que não pode é o América, por exemplo, receber R$ 30 milhões e o Flamengo R$ 300, pelo menos no quesito divisão de cotas de TV para os clubes. Isonomia é o que se espera.

Calotes

Os problemas financeiros envolvendo Willian Bigode, Mike e Gustavo Scarpa, e que têm sido divulgados sistematicamente pela imprensa, refletem a ganância do ser humano. Nenhum tipo de investimento permite que o cidadão ganhe 5% ao mês e foi esse o prometido, segundo os envolvidos, 60% ao ano. As pirâmides são uma prática criminosa, segundo a Justiça, e a melhor coisa a se fazer é guardar seu dinheiro até mesmo na poupança para não correr riscos de cair nas mãos de gente desonesta. Nesse caso parece que o calote será líquido e certo.

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