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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Mbappé e Messi põem Neymar no chinelo

Se Neymar não brilhou em três Copas do Mundo, não será em 2026 que brilhará. Aos 34 anos, acho pouco provável que esse foguete molhado exploda


16/12/2022 04:00 - atualizado 16/12/2022 07:52

Apontado como o principal jogador brasileiro e maior esperança da Seleção na Copa do Mundo do Catar, Neymar teve desempenho discreto na competição, diferentemente dos seus principais 'rivais' nos gramados, Mbappé e Messi, que disputam a grande final
Apontado como o principal jogador brasileiro e maior esperança da Seleção na Copa do Mundo do Catar, Neymar teve desempenho discreto na competição, diferentemente dos seus principais 'rivais' nos gramados, Mbappé e Messi, que disputam a grande final (foto: GABRIEL BOUYS / AFP)

DOHA - A França está em sua segunda final consecutiva e a pergunta que tenho ouvido é se Mbappé já é maior que Neymar. Ora, senhoras e senhores, não há a menor dúvida disso, e há muito tempo. Mbappé é um desses fenômenos raros, foi campeão do mundo aos 18 anos, marcando gol em final. Mesmo que perca a Copa, domingo, ainda terá, no mínimo, duas Copas pela frente. Neymar é um foguete molhado na Seleção e nos clubes pelos quais passou, nunca foi protagonista de nada. Aliás, minto: é protagonista das redes sociais, do cabelo platinado, das intrigas. Alguns internautas dizem que quem critica Neymar o faz por inveja. Bobinhos. Quem vai ter inveja de um cara que é bilionário, mas não tem berço. Tem 30 anos, mas parece uma criança mimada e que jamais assumiu o papel de homem de verdade. Só se forem vocês. Escrevi outro dia e reafirmo: não troco a educação e berço que meus pais me deram por nenhuma fortuna que esse jogador possa ter. Caráter, formação do homem e valores de família não sem compra com dinheiro.

Voltando ao campo de jogo, vejam quem são os finalistas do Mundial do Catar: Messi e Mbappé, companheiros de Neymar no PSG, onde o brasileiro chegou primeiro, e hoje é o terceiro por lá. Não conseguiu ser protagonista do PSG, que disputa o campeonato nacional mais fraco do mundo. Messi e Mbappé o engoliram. Encontrei um comentarista matemático no Al Byat Stadium. Ele é um dos baba-ovos de Neymar e Tite. Falei que ambos eram dois m..... e fracassados, o cara quase me bateu. Tem uma empáfia só porque está num canal de televisão, que não dá sequer um ponto no ibope, o que significa que menos de 70 mil pessoas estão assistindo ao canal. Nunca deu um chute na bola, mas defende Neymar e Tite como se fosse um catedrático. E esse tipo de jornalista que existe hoje. Já escrevi que os caras que sempre me representarem e que gosto de estar são Zico, Reinaldo, Éder, Luizinho, Júnior, Falcão, Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu e outros, que vestiram a camisa amarela e a honraram. Os craques de 1982 não ganharam Copa, mas estão na história por tudo o que fizeram pelo futebol. Aí eu volto àquele tema: não é sobre perder ou ganhar, é muito além disso.

Mbappé e Messi não precisam platinar o cabelo, fazer intrigas pelas redes sociais e dar festas em pandemia para aparecer. Eles aparecem no toque, no drible, na arte, no gol. São jogadores de verdade, assim como homens também. São família e a gente não vê escândalo por lá. Não adianta, pois as comparações em todos os segmentos vão acontecer. E isso só acontece porque Neymar tem potencial de grande jogador que é. Se fosse o “Zé das Couves”, não seria nem citado, mas é claro que ele é um grande jogador que não deu certo na Seleção Brasileira e que não conseguiu ser o protagonista que esperávamos. Isso é fato e contra fatos não há argumentos. Se Neymar não brilhou em três Copas do Mundo, não será em 2026 que brilhará. Aos 34 anos, acho pouco provável que esse foguete molhado exploda. Aliás, se ele desistir da seleção, prestará um grande favor ao povo brasileiro, pois, exceto a geração “nutella”, os demais torcedores não o suportam. Uma coisa, porém, não podemos negar: ele é o rei das redes sociais, na maioria delas, fazendo bobagem, como dar festas na pandemia, quando havia brasileiros morrendo sufocados, com falta de ar. Ah, mas seus convidados estavam testados e negativados. Legal, não é Neymar, danem-se as pessoas que não fazem parte da sua patota, dos “parças”. Esse tipo de comportamento é de gente que realmente não tem berço, educação, nem tampouco, sensibilidade. Vive falando de Deus nas postagens, mas não segue os ensinamentos na prática. Realmente percebo que a geração que aí está, anda perdida.

Ter Neymar como ídolo vai contra todos os valores de vida, de dignidade, de caráter. Assim como Tite, esses que o idolatram, morreram abraçados com ele. E, para finalizar, aqueles que acham que não gosto dele porque não me deu entrevista exclusiva se enganaram. Fiz duas exclusivas com ele, uma em Paris, quando a Seleção Brasileira fez um amistoso lá, e Mano Menezes era o treinador. Sempre tive boa relação com ele, mas quem se afastou fui eu, e por escolha própria. Meus valores de vida, de cidadão, não condizem com o que ele mostra ser. E, cá para nós, que tipo de relação eu posso ter com um cara cujos valores de vida não condizem com os meus. Nenhuma. Que ele seja feliz com seus “parças”, que continue sem ouvir um não. Ele não me representa, nem nunca vai me representar. Só lamento que meu filho menor, Lorenzo, o que joga na escolinha do PSG, em Miami, goste tanto dele, a ponto de chorar pela eliminação do Brasil, ao dizer que “Neymar não vai ser campeão mundial pela seleção”. Como disse minha esposa, “Neymar não sabe o tamanho que tem e o que representa para uma geração de jovens”. Se soubesse, realmente sua carreira, principalmente no time canarinho, teria tomado outro rumo. Pobre Neymar, tão rico, financeiramente, tão pobre, espiritualmente.

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