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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Seleção classificada, futebol de quinta categoria

Desde que o novo sistema de 18 jogos foi implantado, em sistema de ida e volta, é impossível Brasil e Argentina ficarem de fora


14/11/2021 04:00

Tite, técnico da Seleção Brasileira, pega a bola durante jogo
Tite, técnico da Seleção Brasileira (foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
A Seleção Brasileira está na Copa do Catar, classificando-se nas Eliminatórias Sul-Americanas, com seis rodadas de antecedência. Em outras épocas, estaríamos comemorando. Agora não. O futebol dos países vizinhos é de péssima qualidade e não há mérito em Brasil e Argentina comemorarem tal classificação.

Primeiro, porque o Brasil é o único país que esteve em todas as 21 edições de Mundiais. Segundo, porque não havia como ficar de fora, enfrentando adversários tão fracos. Vejam que com craques como Pelé, Zico, Romário, Ronaldo e outros grandes gênios tivemos dificuldades em todas as Eliminatórias.


Tite, em coletiva após a vitória sobre a Colômbia, quinta-feira, no vazio Itaquerão, disse que gostaria de soltar um palavrão. Não soltou, mas seu auxiliar, Cléber Xavier o fez, soltando um sonoro "PQP, estamos na Copa do Catar". Como se isso não tivesse sido combinado entre eles.

Tite é dissimulado, péssimo técnico e protege determinados jogadores. Ninguém entende a presença de Thiago Silva, um dos mais fracassados zagueiros na Seleção Brasileira, Danilo, Alex Sandro, Fred, Gabriel Jesus e outros engodos.

Gabriel Jesus é aquele atacante que fez 5 jogos na Copa da Rússia, como titular, e não marcou um gol sequer. É reserva no Manchester City, há 4 anos, mas tem cadeira cativa com o treinador. Contra a Colômbia, fez o de sempre: passou em branco. Não marca gols em Eliminatórias, amistosos ou qualquer outra partida. Mas, é presença garantida nas convocações e escalações do treinador.

Na quinta-feira no #TBT postei uma pergunta na coletiva de Tite, após o fracasso na Rússia, no primeiro amistoso, em Los Angeles. Perguntei se ele não deveria convocar os jovens, dar a eles experiência e prepará-los para a Copa do Catar.

Ele respondeu que sim, e que pretendia fazer isso. Porém, na prática, fez o contrário. Convocou os veteranos e fracassados para a Copa América de 2019, para ganhar a competição, na qual empatou com Venezuela e Paraguai, ganhando a decisão contra o "fortíssimo" Peru. Ele enganou o povo brasileiro e a si próprio.

Nos últimos três anos, depois da eliminação para a Bélgica na Copa de 2018, involuímos, ao passo que os europeus evoluíram ainda mais. E essa conversinha fiada do Tite de que "exige amistosos contra europeus", é balela. Jogamos contra Croácia, Rússia e Alemanha, antes da Copa de 2018, vencemos os amistosos e, quando pegamos uma seleção de segunda linha da Europa, a Bélgica, voltamos para casa mais cedo.

Nosso time dá sono. Não tem padrão de jogo, qualidade e o futebol é pífio. Brasil, Itália e Alemanha, que juntos têm 13 títulos mundiais, Argentina 2, França 2, Uruguai 2, Espanha 1, Inglaterra 1, completam o seleto grupo das 8 seleções que ganharam Copa do Mundo são sempre apontados como favoritos. Os três primeiros, com cotação bem maior.

Portanto, mesmo com esse time horrível, somos favoritos sim, mas, não iremos ganhar a taça. Só se acontecer uma grande zebra.

Ultimamente, Tite tem dado chance aos jovens, principalmente, os campeões olímpicos no Japão, mas, poderia ter feito isso desde o final da última Copa. Teria dado experiência e maturidade aos garotos bons de bola. Não temos renovação na zaga, nas laterais e no ataque. Guilherme Arana, do Galo, é o melhor lateral-esquerdo do país. Tem que ser o titular.

Precisamos arranjar um lateral-direito, com urgência. Tite já deve ter garantido a Daniel Alves, que vai levá-lo. Como disse Alex, que foi craque e foi sacaneado por Felipão na Copa de 2002: "Os técnicos da Seleção Brasileira não chamam os melhores jogadores, convocam os preferidos deles". O Talento Azul tem toda razão.

Curiosamente, em conversa com o então presidente Marco Polo Del Nero sugeri o nome de Tite, quando Dunga caiu, em jogo contra o Peru, na Copa América de 2016, aqui nos Estados Unidos. E sugeri ao então presidente Caboclo, após a Copa da Rússia, a manutenção dele.

Acho que cometi um erro de avaliação. Achei que Tite tinha condições de evoluir, mas, ao manter parte do grupo fracassado, percebi que ele realmente não tem jeito. Basta olharmos o pífio futebol do nosso time para percebermos o buraco em que estamos.

Duro é ver coleguinhas aplaudindo Tite, na coletiva. O que mostra que o jornalismo raiz está realmente morrendo. Se antes apostávamos contra quem iríamos decidir a Copa do Mundo, hoje, apostamos em que fase seremos eliminados. Há torcedores que apostam que será na primeira fase.

E para fechar, o torcedor brasileiro perdeu mesmo o encanto e o amor por nossa seleção. O pífio público no Itaquerão mostrou isso. Claro, ingressos a R$ 300, após quase dois anos de pandemia, também é uma facada no peito do brasileiro, e olha que a CBF distribuiu 8 mil ingressos ao pessoal que atuou na linha de frente contra a COVID-19. Não fosse isso e teríamos apenas 14 mil pagantes na noite de quinta-feira, no Itaquerão.

São os novos e péssimos tempos da seleção do Tite. Com certeza, essa não é a seleção do povo brasileiro. 

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