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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Em dia de Bayern campeão, Neymar é anulado em Lisboa

Com frieza e disciplina tática, time alemão dominou a partida e chegou a seu sexto título na Liga dos Campeões


24/08/2020 04:00

Gol de Coman (D) garantiu o 1 a 0 do Bayern sobre o PSG: um show de tática por parte dos alemães em Lisboa(foto: MIGUEL A. LOPES/AFP)
Gol de Coman (D) garantiu o 1 a 0 do Bayern sobre o PSG: um show de tática por parte dos alemães em Lisboa (foto: MIGUEL A. LOPES/AFP)


O Bayern de Munique é o novo dono da Europa. Derrotou o PSG por 1 a 0, gol de Coman, em Lisboa, e chegou à sua sexta conquista, com 11 jogos e 11 vitórias na Champions League. Neymar não foi notado em campo, exceto nas vezes em que caiu. Vale destacar que o time francês tem apenas 50 anos e que chegou com méritos, também. Mas quem tem Thiago Silva e Marquinhos, titulares da Seleção Brasileira, não pode realmente pensar em taça importante. Já o Bayern ganhou tudo na temporada. Que time bem treinado, com jogadores comprometidos com o esquema tático do técnico Flick. A “Orelhuda” ficou em boas mãos, aliás, em merecidas mãos. O melhor time da competição.

De um lado, Neymar, nosso único craque, doido para tocar na “Orelhuda” e se tornar o melhor jogador do mundo. Do outro, um time frio, acostumado às decisões, que já tinha cinco taças da Champions League e um artilheiro chamado Lewandovski, polonês, mas que é um dos ídolos dos alemães. Ainda tinha Muller, Gnabry, Mbappé, Di María, jogadores talentosos e que fazem a diferença. O palco era o Estádio da Luz, em Lisboa, sem torcida, é claro, por causa do coronavírus. O Bayern se precaveu na defesa, pelos erros que cometeu na partida contra o Lyon. Estava mais seguro. Neymar não pegava na bola, mas na única chance que teve, diante de Neuer tremeu e chutou em cima do goleiro alemão. Os contra-ataques com Mbappé eram sempre perigosos. Di María também perdeu ótima chance. Na grande oportunidade do Bayern, Lewandovski chutou na trave. Depois, numa cabeçada, Navas salvou. O Bayern era superior, mas o PSG jogava bem fechado, abrindo mão de atacar, pensando numa bola. O time alemão tinha mais posse de bola, o controle do jogo, mas se expunha volta e meia. Quase levou um gol numa saída de bola em que Gnabry errou e deu nos pés de Di María. Mas o Bayern sabia o que estava fazendo. Mesmo perdendo um dos líderes do time, Boateng, que saiu machucado, não mostrou desespero. Já o PSG não queria correr o risco de levar um gol e desabar. Sabia que enfrentava uma máquina de gols, que, quando faz um, vai fazendo em seguida. O jogo caminhava para o intervalo, quando Coman passou por Kehrer e foi puxado na área. O árbitro italiano fingiu que não viu e nem quis o árbitro de vídeo. Uma vergonha! Os dois times foram para o intervalo com o injusto 0 a 0. O Bayern merecia ter vencido a fase inicial.

Nem sempre a melhor equipe vai golear. O Bayern adotou uma postura consciente, para não correr riscos com Mbappé e Neymar. Ambos são velozes e poderiam ser mortais. Em nenhum momento o Bayern perdeu o controle do jogo. Atuou dentro do planejamento do técnico Flick. O PSG sabia que, se abrisse, tomaria uma sacola de gols e procurou jogar com cautela, explorando os contra-ataques. O gol do Bayern era questão de tempo e veio numa bela jogada pela direita, em que Kimmich pegou a sobra e cruzou no segundo pau. Coman apareceu livre e cabeceou no contrapé de Navas, fazendo o gol da vitória. Mesmo depois do gol, os bávaros mantiveram a seriedade e postura. Thiago era o melhor do time. Comandava o meio-campo com maestria. Pena que ele optou pela nacionalidade espanhola e não quis jogar pelo Brasil. Que baita jogador. O tempo passou. Não havia muito a ser feito. Neymar e Mbappé foram anulados pelos homens de defesa do Bayern. O time alemão chegou à sua sexta conquista com merecimento, invicto, sem nenhum empate. Um timaço, um exemplo a ser copiado. Tenho a esperança de que os técnicos brasileiros tenham visto essa final ou, pelo menos, algum jogo do Bayern na temporada. Será que aprenderam alguma coisa? O Bayern é o dono da Europa. Uma máquina de fazer gols, um time muito bem treinado, muito bem conduzido. Parabéns ao futebol alemão. O novo dono da Europa tem nome e sobrenome e chama-se Bayern de Munique!


Cruzeiro perde dois pontos em campo que mais parecia um pasto

Jogar a Segundona tem seus percalços. Um deles é o péssimo gramado. O que o Confiança mostrou foi um campo horroroso, cheio de buracos, grama alta, e que prejudica o próprio dono da casa. Não justifica, mas uma equipe técnica não pode jogar num gramado assim. Por isso mesmo, o time azul teve muita dificuldade. A bola não rola, ela quica, e isso dificulta qualquer tipo de planejamento. Mesmo assim, o Cruzeiro sabia que precisava pontuar, pois perdera em casa para a Chapecoense no meio da semana. E com todas as dificuldades, o time azul abriu o placar.  Cáceres foi lançado na direita, ganhou na corrida e tocou para Régis. Ele dominou com muita dificuldade e deu uma cavadinha. A bola achou o próprio Cáceres, que começara a jogada, e ele marca de cabeça. Cruzeiro 1 a 0. O Confiança tentava o empate, mas sem muita organização. E quase o Cruzeiro ampliou quando Cáceres cobrou falta e Leo subiu sozinho, cabeceando para o gol. Mancini salvou em cima da linha. O jogo era feio. Não havia como ter uma partida técnica. Vale lembrar que logo no começo da partida Régis perdeu uma penalidade, com boa defesa do goleiro do Confiança. Régis bateu fraco e sem confiança. O Confiança empatou quando Ari Moura foi lançado, invadiu a área e serviu Reis, que, livre, finalizou forte: 1 a 1.

Veio o segundo tempo e nada mudou. Não há como praticar um bom futebol nesses gramados. Os organizadores da competição não deveriam permitir. Não há como analisar muita coisa, pois a qualidade técnica fica debilitada para ambas as equipes, ainda mais para as que são técnicas, como o Cruzeiro. Eu tenho dito aqui que Série B é muito complicada e que com esse time o Cruzeiro não sobe. Temo por isso, justamente por saber que os jogos são sofríveis e que esses campos ruins nivelam as equipes. No segundo tempo, quase não houve emoção. Um ou outro lance fortuito, mas nada que empolgasse ninguém. O Cruzeiro poderia estar em melhor situação, caso não tivesse perdido 6 pontos na Fifa. Segunda Divisão é uma competição dura, bem diferente dos jogos contra os grandes clubes brasileiros. Eu digo que é preciso ter time de Série A na B, mas tem gente que pensa diferente. Entendo a situação financeira do clube, que foi assaltado. Porém, é preciso entender que sem contratações o Cruzeiro vai sofrer até a última rodada. Nos últimos dois jogos, fez apenas um ponto. Quarta-feira o time volta a campo, pela Copa do Brasil. Vai encarar o CRB, precisando fazer três gols para passar direto à próxima fase. Sábado, novamente pela Série B, o jogo será contra o América. O Cruzeiro está com 4 pontos, e em 11º lugar. Porém, precisa começar a vencer, ganhar pontos e encostar nos líderes. Esse contato de perto é fundamental, para não perder de vista aqueles que vão brigar para subir.


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