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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Tyson x Holyfield 23 anos depois?

Ambos voltaram a treinar, mas não há nada definido. Seria muito legal poder reviver os grandes momentos do boxe


postado em 18/05/2020 04:00

 Os pugilistas norte-americanos Evander Holyfield e Mike Tyson negociam para reeditar uma luta de boxe histórica(foto: Ethan Miller/AFP%u201310/8/14)
Os pugilistas norte-americanos Evander Holyfield e Mike Tyson negociam para reeditar uma luta de boxe histórica (foto: Ethan Miller/AFP%u201310/8/14)


Enquanto mais um ministro da Saúde pede demissão, por não concordar com o louco que está comandando o país, e a “Alemanha faz mais um gol no Brasil”, Mike Tyson e Evander Holyfield falam em uma super luta de boxe, para relembrar os velhos tempos. O primeiro, com 53 anos. O segundo com 57. Nas duas vezes em que se enfrentaram, Holyfield levou a melhor. Na primeira, massacrou Tyson. Na segunda, Tyson foi desclassificado por arrancar um pedaço da orelha de Holyfield. Porém, ambos são grandes amigos.
 
Sou da época de Cassius Clay, o maior que vi. Convertido ao islamismo e mudando o nome para Muhammad Ali, se negou a lutar na guerra do Vietnã, e ficou um ano preso. Ali era um ídolo mundial. Lembro-me bem de ouvir pelo rádio sua luta no Zaire, em Kinshasa, quando enfrentou George Foreman e parou uma guerra civil. Foi em 30 de outubro de 1974 e ouvi a luta ao lado do meu saudoso pai. O Zaire passou a se chamar República Democrática do Congo. Ali venceu e recuperou o cinturão dos pesos pesados. Uma luta histórica. Ali é um ídolo nos Estados Unidos. Morreu em 3 de junho de 2016, combalido pelo mal de Parkinson, mas continua sendo uma lenda do boxe, apelidado The greatest (O maior).
 
Depois de Ali, adotei Tyson como um dos ídolos. O cara era uma “máquina de moer carne”. Quando a luta começava, a gente não podia nem piscar ou ir ao banheiro, pois, normalmente, ela acabava no primeiro assalto. Tyson era um demolidor, imbatível, um monstro.
 
Mas, em 1º de fevereiro de 1990, sofreu sua primeira derrota, no Japão, depois de 38 vitórias. Perdeu para Buster Douglas, que tinha 29 vitórias e quatro derrotas. Douglas se impôs a Tyson e levou a luta até o 10º assalto, quando numa sequência de golpes potentes levou Tyson ao nocaute. Tyson viu sua carreira declinar, fazendo quatro lutas antes de ir para a cadeia, condenado por estupro.
 
Depois de três anos preso, Tyson ainda tentou voltar em grande estilo, mas foi derrotado por Holyfield duas vezes e por Lenox Lewis em 2002. Aposentou-se em 2005 e sonha com a volta agora, para uma luta de despedida.
 
Essa possibilidade deixou o mundo do boxe em polvorosa. Ver dois grandes campeões frente a frente, outra vez, ainda que mais velhos, é um sonho. O boxe anda tão em baixa aqui nos EUA. Seria uma tentativa de renovar o esporte, mostrando dois grandes lutadores dando espetáculo. Acredito muito mais numa luta-exibição do que em qualquer outra coisa.
 
Tyson chegou a ter US$ 600 milhões, mas, com uma vida desregrada e envolvimento com drogas, perdeu quase tudo. Segundo consta, tem hoje algo em torno de US$ 30 milhões e um jatinho particular. Não está mal, mas para quem já foi quase bilionário... Aventurou-se como ator, fez shows na Broadway, dirigido por seu fã e amigo Spike Lee, mas não foi muito bem. Agora, com a possibilidade dessa luta, ele e Holyfield poderão conseguir um bom dinheiro, já que a venda em pay-per-view garante uma fortuna aos lutadores.
 
Ambos voltaram a treinar, mas não há nada definido. Seria muito legal poder reviver os grandes momentos do boxe. Não gosto do MMA. Só assisto quando há grande lutadores no octógono, como Anderson Silva, grande campeão, e o irlandês, Connor McGregor, de quem sou fã também, ou Paulo Borrachinha, nosso brasileiro e craque.
Sempre fui apaixonado por boxe, pois vi os grandes campeões. Porém, como escrevi outro dia, tudo mudou no mundo, e para pior. Não temos mais grandes líderes na política, na música, no futebol, na Fórmula-1, no basquete, na NFL (Futebol Americano) e por aí afora. Acredito mesmo que o mundo está indo para um buraco sem fim. A pandemia de COVID-19 está nos alertando, mas parece que tem gente preocupada apenas com dinheiro e coisas materiais.
 
E só para descontrair um pouco, enquanto escrevia esse último parágrafo “mais um gol da Alemanha”. O placar final já conhecemos: a vergonhosa derrota por 7 a 1 do time de Felipão, numa Copa do Mundo no Brasil, numa semifinal.

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