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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

O futebol mineiro está uma vergonha!

Com o Cruzeiro na zona de rebaixamento, vivendo uma crise interna sem precedentes, e o Atlético perdendo pra time reserva em casa, só mesmo tendo dó dos torcedores


postado em 16/09/2019 04:00 / atualizado em 15/09/2019 20:30

Os torcedores de Atlético e Cruzeiro estão sofrendo com o momento terrível dos dois times(foto: Ramon Lisboa e Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Os torcedores de Atlético e Cruzeiro estão sofrendo com o momento terrível dos dois times (foto: Ramon Lisboa e Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

 

“Que saudades de Alexandre Kalil, Zezé e Alvimar Perrella,” me dizem torcedores por meio de mensagens. Dirigentes vencedores, visionários e campeoníssimos. O futebol mineiro vive um momento crítico, vergonhoso, de dar dó. O Cruzeiro na zona de rebaixamento, vivendo uma crise política sem precedentes, com seus dirigentes acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e outras falcatruas. O time caindo pelas tabelas, sendo humilhado, dentro e fora de casa, sem forças para reagir. Ex-jogadores em atividade, ganhando fortunas, sem justificar o alto salário. O time azul virou o saco de pancadas da competição, e ninguém o respeita mais. Fico triste por Fábio, Dedé, Léo e Henrique, jogadores que vestem a camisa do clube, que se doam em campo, que se entregam. O resto pode entrar numa barca e procurar outro clube. E, diga-se de passagem, não é má vontade, como pensam muitos torcedores, e, sim, falta de futebol mesmo. Alguns são limitados tecnicamente e cairiam bem com a camisa da Chapecoense, por exemplo, com todo o respeito. Outros fizeram muito por grandes times no futebol e hoje são ex-jogadores em atividade, ganhando salários absurdos. O torcedor sabe quem são eles.


E a diretoria, agarrando-se ao cargo, mesmo com todas as denúncias, que foram veiculadas pelo Fantástico, da Rede Globo, sem querer defender-se fora do clube. Denúncias que tomaram o mundo, sujaram a quase centenária história azul, denegrindo a imagem do clube. Denúncias gravíssimas, que, se comprovadas, podem até dar cadeia. O torcedor me pergunta “que apego é esse que essa gente tem pelo cargo”.? Eu não sei. Sinceramente, acho muito melhor uma postura de defesa, fora do cargo, do que nele. Os torcedores são impiedosos e cruéis, não darão trégua. Os 9 milhões que gostam do clube de verdade, sem interesse nenhum, cobram providências, e o Conselho Deliberativo, único capaz de agir, continua inerte, mudo, calado. Não há a menor dúvida que o time caiu de produção após as graves denúncias. A dívida aumentou para mais de R$ 500 milhões, os salários estão atrasados. O Cruzeiro quis pagar uma folha de R$ 20 milhões mensais, achando que tinha o mesmo dinheiro de Flamengo e Palmeiras. Uma irresponsabilidade. Thiago Neves, por exemplo, segundo me informou um empresário, tem um salário astronômico, baseado em premiações, números de jogos e outras coisas mais. Um descalabro.


A derrota para o Palmeiras, sábado à noite, já era esperada. O time até não jogou mal, porém, não tem forças para reagir. Não é respeitado por ninguém. O Cruzeiro não consegue se encontrar, reagir, mostrar o motivo de ser campeoníssimo em Minas Gerais. A gente sabe da potência que é o Cruzeiro, mas nenhum clube sobrevive com uma dívida desse tamanho e uma crise tão grave. Onde estão os chamados cruzeirenses de verdade, que amam o clube e que por ele fazem tudo? Será que não tomarão providência nenhuma e vão deixar tudo como está? Uma hora o time não sai mais da zona de rebaixamento. Vejo muitas equipes em situação técnica pior que o Cruzeiro, mas quando a coisa não engrena, é triste. Ainda há tempo de salvar, porém, com a diretoria atual se afastando para se defender. Se forem inocentados, que os dirigentes voltem aos seus cargos, com força total e um atestado de idoneidade. Se isso não acontecer, que uma nova eleição seja marcada e que o clube tome um novo rumo. Do jeito que está, não dá mais!

Outra derrota

O Atlético, com time titular, enfrentando o Inter, reserva, levou de 3 a 1, ontem, no Independência. Aqueles que sonharam com o título brasileiro já perceberam que foi uma ilusão de inverno. O Galo está a 15 pontos do líder, Flamengo, sem a menor chance de chegar à conquista, e dificilmente ficará entre os seis primeiros, já que está em queda livre. Foi a quinta derrota seguida no Brasileirão e resta apenas a Sul-Americana, competição fraquíssima, que o Galo pôs como prioridade, embora a tenha chutado ano passado. Eu continuo com a minha coerência: competição fraquíssima, sem apelo, com equipes que a gente jamais ouviu falar o nome. Uma segunda ou terceira divisão da Libertadores. Que pena do futebol mineiro nesta temporada. A falta de organização é latente. O Atlético está entregue ao diretor de futebol, Rui Costa. Não o conheço, mas as informações dão conta de que no Grêmio, onde ficou oito anos, nada ganhou. Assim que Renato Gaúcho assumiu e o tirou, o time gaúcho passou a ganhar tudo. Fracassou na Chapecoense e chegou ao Atlético com força total. Até agora, nada fez de bom. E, se por acaso ganhar a Sul-Americana, que o torcedor não faça festa. O Galo tem duas em sua galeria, a antiga Conmebol, e as jogou no lixo. Por que agora ela valeria tanto? O futebol brasileiro é mesmo uma “Alice no país das maravilhas”. Saber que há jogadores medíocres no banco ganhando R$ 400 mil mensais é mesmo uma aberração. Como Kalil, prefeito mais bem avaliado do Brasil, não voltará, o Atlético terá que se virar para ser vencedor novamente. A diretoria é séria e honesta, mas isso apenas não garante títulos e taças. O que garante isso é um time formado por R10, Tardelli, Jô e Bernard. E esses também não voltarão mais!

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