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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Jogo da vida ou da morte do Cruzeiro

"Chegou a hora de dizer que o Cruzeiro é um gigante, que passa por uma fase ruim, mas que saberá dar a volta por cima"


postado em 04/09/2019 04:00 / atualizado em 03/09/2019 21:11

Grupo do Cruzeiro tem um grande desafio na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, contra o Inter(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Grupo do Cruzeiro tem um grande desafio na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, contra o Inter (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


Miami – Envolvido em denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro, o Cruzeiro tenta salvar o ano, na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, enfrentando o Internacional pela Copa do Brasil para chegar à terceira final consecutiva e em busca do hepta. Depois de perder tempo com Mano Menezes e uma retranca monstruosa, que descaracterizou o time azul, a diretoria enxergou, o demitiu e contratou Rogério Ceni – um técnico jovem, talentoso, em busca do seu espaço na nova função. Só em pensar o jogo de forma ofensiva, já tem o meu apoio. Uma conquista da Copa do Brasil dará ao Cruzeiro dinheiro para saldar as dívidas, vaga na próxima Libertadores e prestígio, como o único a ganhar a taça sete vezes, sendo três seguidas. Porém, para que tudo isso aconteça, será necessário superar o Internacional, no Beira Rio, onde o time colorado é fortíssimo. Tem uma das melhores defesas dos times brasileiros e muita força no meio-campo. Seu ataque me parece fraco, mas fez três gols na última partida. Não será fácil para o Cruzeiro, que precisa fazer o placar mínimo para levar a decisão às penalidades ou vencer por dois gols de diferença. Ao time da casa, o empate basta. Se for para as penalidades, você já sabe que o melhor goleiro do Brasil, Fábio, estará lá para garantir mais uma final.

O Cruzeiro contratou pessimamente. Eu escrevi e gravei no Blog do Jaeci, no Superesportes, que apenas Edílson era uma boa aquisição. E nem ele foi. Dos reforços contratados e propagados aos quatro cantos, nenhum deles é titular, e outros já deixaram o clube. Sinal de que realmente as contratações foram pífias. E o Cruzeiro ainda gastou um dinheiro que não tinha confiando num suposto empréstimo que seria feito por banqueiros dos Estados Unidos. Porém, com as denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro, os americanos desistiram e o clube ficou com as dívidas, atrasando salários, sem alternativa no mercado. Os clubes e os dirigentes precisam ter responsabilidade fiscal. Por isso, sou a favor de que todos virem empresas, com CEOs contratados para darem taças e lucros. Os clubes brasileiros vivem de pires na mão, mendigando cotas de TV antecipadas, para conseguirem manter as folhas salariais, imorais e irreais em dia. E, mesmo assim, não conseguem cumprir seus compromissos. Estamos em 2019 e tem clube que já adiantou cota de TV até 2022. Isso é uma lástima.

O Cruzeiro sempre foi um clube equilibrado, com dívida pequena e que jamais frequentou páginas policiais. Hoje, deve mais de R$ 500 milhões, uma dívida impagável, e tem sido lido, constantemente, nas páginas policiais, o que é uma vergonha. É preciso, como escrevi outro dia, que a polícia e a Justiça deem uma definição para as graves denúncias contra os dirigentes. Ou os condenam ou os inocentam, para que o clube tenha a tranquilidade de seguir sua trajetória. Não sei o que será do Cruzeiro, caso não consiga chegar à final da Copa do Brasil. E, se isso não ocorrer, não me venham culpar Rogério Ceni. Ele assumiu agora, pegou o barco à deriva, deixado sem timoneiro, pelo retranqueiro Mano Menezes. E saber que o Palmeiras o contratou. Êta futebol brasileiro que não se emenda. Tirando Renato Gaúcho, Vanderlei Luxemburgo e Fernando Diniz, o resto é tudo a mesma coisa. Felizmente, Flamengo e Santos optaram por técnicos estrangeiros, que estão dando aula de competência e qualidade. Nossos treinadores são arrogantes, preguiçosos e sem conhecimento tático. A maioria engana há tempos, e ganha fortunas.

A torcida azul está esperançosa. O Brasileirão já era. Vai ter que brigar para não cair, embora haja muita gente ruim abaixo do Cruzeiro. Portanto, esse é o jogo da vida ou da morte do time azul. Se vencer e chegar à final, terá fôlego técnico e financeiro. Se for eliminado, vai viver dias de fúria da torcida, financeiramente e tecnicamente. Um clube da grandeza do Cruzeiro não pode, e não deve, frequentar páginas policiais e se ver envolvido em denúncias graves. É preciso dar um basta nisso, retomar o caminho das vitórias e da redenção financeira do clube. Para isso, repito, a Justiça precisa dar uma satisfação ao torcedor. Jogadores: vencer ou morrer, está nos pés de vocês. Chegou a hora de dizer que o Cruzeiro é um gigante, que passa por uma fase ruim, mas que saberá dar a volta por cima. O alvo é o Inter, no Beira Rio, onde ele é fortíssimo. A escolha é de vocês!

Segundona

Parece que o Fluminense finalmente vai pagar a Segunda Divisão que não pagou há algum tempo, quando houve virada de mesa. Ele, que subiu da Terceira Divisão para a Primeira, tem que pagar o que deve. Pelo jeito, com 12 pontos em 17 jogos, teria que vencer 10 jogos daqui pra frente, e empatar uns quatro para escapar. Não vejo o tricolor com futebol e jogadores para isso. “A justiça tarda, mas não falha”, diz o velho ditado. Espero mesmo que o time das Laranjeiras volte para a Segundona. Aliás, os times cariocas, exceto o Flamengo, estão com o pires na mão. O Fluminense deu certo quando tinha um “mecenas”, que, aliás, voltou ao clube, porém, com menos dinheiro e as velhas ideias. Isso nunca deu certo.

Galo

Rodrigo Santana faz um belo trabalho, apesar dos resultados ruins no Brasileirão nas últimas rodadas. O Atlético perdeu de forma injusta para o Corinthians. Mas a equipe está jogando muito bem. Só espero que, se a equipe continuar caindo, o treinador não seja demitido, como fizeram com Thiago Larghi. O imediatismo do futebol brasileiro queima técnicos jovens e competentes. Prefiro eles aos famosos, que em nada contribuem para o nosso futebol.

Dorian

O furação perdeu força, caiu para categoria 2, e Miami, onde a Seleção Brasileira joga na sexta-feira, contra a Colômbia, não parece ser ameaçada nem mesmo pelas tempestades tropicais, que deverão ser causadas quando o furacão tocar o solo.


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