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Banquete para adiar o fim do mundo marcou a posse de Ailton Krenak na AML

A proposta da equipe coordenada por Sílvia Herval foi oferecer experiências de expansão sensorial na cerimônia realizada na Academia Mineira de Letras


07/03/2023 04:00 - atualizado 07/03/2023 00:53

A equipe do banquete, comandada por Sílvia Herval. Em pé, Leda Nardelli, Jaqueline Delmondes, Kenny Mendes, Janis Dellarte, Laís Velloso, Bárbara Ribeiro e Lissandra Firace. Isabel Cassimira está sentada. Agachados: Joseane Jorge, Silvia Herval, Maria Ambuá, Jon Olier e Bárbara Tortato
A equipe do banquete comandada por Sílvia Herval. Em pé, Leda Nardelli, Jaqueline Delmondes, Kenny Mendes, Janis Dellarte, Laís Velloso, Bárbara Ribeiro e Lissandra Firace. Isabel Cassimira está sentada. Agachados: Joseane Jorge, Silvia Herval, Maria Ambuá, Jon Olier e Bárbara Tortato (foto: Benedikt Wiertz/Divulgação)


Para marcar posse tão importante como a de Ailton Krenak na Academia Mineira de Letras, nada mais emocionante do que o banquete sensorial idealizado por Silvia Herval, que convidou Bárbara Tortato, Bárbara Ribeiro de Vargas, Isabel Casimira, Janis Dellarte, Jaqueline Delmondes, Jonatas Olier, Joseane Jorge, Kenny Mendes, Lais Velloso, Lêda  Nardelli, Lissandra Firace e Maria Ambuá para prepararem o cardápio, com base nos respectivos trabalhos e pesquisas autorais. O resultado impressionou Krenak e os convidados.

O grupo apresentou seis instalações gustativas que levaram ao público experiências de expansão sensorial comestível, por meio de proposições voltadas para o universo alimentar sazonal e local, muito próprio dos indígenas. Ao centro da sala e no chão, a mesa de beiju trazia diversos recheios, como salada de banana-da-terra, pasta de feijões, refogado de jaca e tomate verdes. Para beber, chás de plantas de quintal como pariri, folha de pitangueira, erva-cidreira e capim-cidreira.

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Barcas de maxixe suspensas por esculturas de madeira ofereciam queijo de amendoim, fitas de chuchu fermentado com hibisco e limão-siciliano e compota de umbigo de banana. Outra mesa reuniu pitayas, melancias, melão com sagus saborizados de pequi e beterraba, copinhos de maracujá com manga e carambola, goiabas com creme de coco, flores de quaresmeira e flamboyanzinho, além de atemoias ao doce frio de banana e cacau, chamando a atenção do público.

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Não faltaram rolinhos de capeba e folha de uva recheados com arroz de urucum e matos de comer, causando explosão de sabores junto do chutney de goiaba. Paçoca pisada no pilão com fubá, melado de cana, jatobá e amendoim, e outra com farinha de mandioca, folhas de picão e batata-doce também fizeram parte do banquete.

Foto oficial da posse de Ailton Krenak. Em pé, os acadêmicos Luís Giffoni, Olavo Romano, Caio Boschi, Carlos Bracher, Márcio Sampaio, Patrus Ananias, Angelo Oswaldo e JD Vital. Sentados: Jacyntho Lins Brandão, Antonieta Cunha, Maria Esther Maciel, Ailton Krenak, Padre José Carlos Brandi Aleixo, Rogério Faria Tavares e José Fernandes Filho
Foto oficial da posse de Ailton Krenak. Em pé, os acadêmicos Luís Giffoni, Olavo Romano, Caio Boschi, Carlos Bracher, Márcio Sampaio, Patrus Ananias, Angelo Oswaldo e JD Vital. Sentados: Jacyntho Lins Brandão, Antonieta Cunha, Maria Esther Maciel, Ailton Krenak, Padre José Carlos Brandi Aleixo, Rogério Faria Tavares e José Fernandes Filho (foto: Guto Cortes/divulgação)


A posse de Ailton Krenak na cadeira de número 24 lotou o auditório da Academia Mineira de Letras, na sexta-feira passada (3/3). Estavam na plateia a mãe do escritor, dona Lucy, de 92 anos, a esposa Irani, o filho Nakatâ, a irmã Miraci e o cunhado José Siqueira. A mesa contou com o cacique da tribo krenak, Rondon Krenak, e a presidente da Funai, Joenia Wapichana, que veio de Brasília para a cerimônia. Os acadêmicos Caio Boschi, Carlos Bracher e JD Vital conduziram Ailton até o palco.

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Os termos de posse e do diploma foram lidos pelo secretário-geral da AML, Jacyntho Lins Brandão. O distintivo foi entregue ao novo acadêmico por Angelo Oswaldo de Araújo Santos, e o diploma, por Patrus Ananias. O discurso de recepção foi pronunciado por Maria Esther Maciel.

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