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Estado de Minas MEMÓRIA

No final dos anos 1980, a Cidade Nova era referência na balada em BH

Por cinco anos, a boate Baturité mudou o foco da moçada da capital mineira, que saía da Zona Sul para se divertir na Zona Norte


02/02/2022 04:00 - atualizado 02/02/2022 02:56

Foto da antiga boate Baturité, na Cidade Nova, em BH
Nos anos 1980/1990, a boate Baturité funcionou no segundo andar do prédio no bairro Cidade Nova (foto: Reprodução)

O trecho entre as ruas Coronel Pedro Paulo Penido e Júlio Pinheiro Silva, no Bairro Cidade Nova, parece mesmo ter vocação para centro comercial. No final dos anos 1980, o comércio daquela região era variado. Os registros fotográficos são raros, como mostra a foto acima, na qual é possível identificar uma farmácia e a loja da Água de Cheiro. Trinta e três anos depois, as duas lojas da foto não existem mais, mas o movimento comercial cresceu e se diversificou. O que parece ter ficado para trás é o talento para vida noturna. Foi ali, no segundo andar daquele prédio, que funcionou a Baturité, boate que foi o maior sucesso na capital mineira. Situada na Região Norte de Belo Horizonte, ela atraía a moçada da Zona Sul, que, naquela época, “atravessava” a cidade para curtir a balada. Quem frequentou lembra e curte as memórias da época. Mas quem veio depois dos anos 1990 nem faz ideia da importância daquele espaço para a história da vida noturna de BH.

***

Em relato no Facebook do Grupo Baturité Disco Club, o empresário Wandy Wladyrjs conta que a ideia de criar o espaço surgiu em 1987, depois de ele conhecer um empresário em Santa Catarina, apaixonado por Belo Horizonte. “Vamos abrir uma boate lá”, disse, em tom de brincadeira. “Para minha surpresa, o cara respondeu prontamente: Eu topo. Escolha o lugar e vamos lá!”. De volta a BH, Wandy começou o trabalho de pesquisa. “Naquele tempo, só tinha a Savassi, mas eu queria uma coisa que mexesse com toda a cidade”, observa no depoimento à rede social. Por sugestão do irmão, eles foram a uma lanchonete na Cidade Nova, que aos domingos, segundo ele, “ficava lotada de gatinhas, termo da época. Fomos pela Cristiano Machado e quando entramos na Feira dos Produtores, fiquei encantado. Devia ter umas cinco mil pessoas. A ideia veio na hora: é aqui, é aqui!”.

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A boate funcionou por cinco anos, de sexta a sábado, das 22h às 4h, sempre com lotação máxima de 800 pessoas. Na programação da casa havia também o concurso anual Garota Baturité. O prêmio era uma viagem para conhecer Camboriú, em Santa Catarina, onde fica a Baturité, “a praia mais bonita do Brasil”, segundo Wandy. Aos domingos, das 16h às 19h, a casa funcionava para menores de 15 anos. “Sem venda de bebida alcoólica, era o maior sucesso”, relembra Wandy. Pouca coisa sobrou da Baturité. Atualmente, uma igreja funciona naquele espaço.

Foto do local onde funcionava a boate Baturité, em BH. Hoje há lojas e igrejas no mesmo local
Atualmente, igreja e lojas funcionam no prédio onde a Baturité agitava a noite da capital (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


NA BALADA
A NOITE NÃO TEM FIM

Desde janeiro, com a publicação da reportagem que deu origem à seção “Envelheço na cidade” desta coluna, o leitor é peça fundamental para ampliar a lista de casas noturnas de BH. Na reportagem, o recorte foi feito a partir de 1970. Apesar da pesquisa cuidadosa, confirmando e reconfirmando informações, algumas ficaram de fora.

***
 
Mas o leitor, sempre antenado, dá o seu recado. Por meio da rede social, Bobby Marcelinho (@inparcerimonial) cita a Boate Eros, no quarteirão fechado entre Rua Rio de Janeiro e a Avenida Álvares Cabral; a Justin, próxima d'A Obra; e a Erótica, no Barro Preto. “Tinha a Soluna, que ficava na Rua Itambé, e o Stúdio 95, no Barreiro. Todas funcionaram nos anos 2000, exceto a Studio 95, nos anos 1990.”

.ÀS QUARTAS-FEIRAS, A COLUNA HIT PUBLICA A SEÇÃO “ENVELHEÇO NA CIDADE”, QUE TRAZ HISTÓRIAS DE CASAS NOTURNAS QUE MARCARAM A BALADA NA CAPITAL MINEIRA

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